"Sei que o que estou a fazer é arrojado": Beatriz Rosário apresenta disco
Trabalho de estreia é uma homenagem à avó que morreu no ano passado.
Tinha Beatriz Rosário apenas cinco anos e já trauteava fados da Amália Rodrigues, "os mais alegres e popularuchos", diz. "A sua voz arrebatadora foi uma coisa fantástica que me aconteceu", lembra. A mãe, apercebendo-se do jeito da filha para a música, ainda a inscreveu em aulas de piano, mas aos 12 anos, Beatriz lá disse à professora: "Eu quero é cantar fado." Conheceu depois uma promotora que a convidou para fazer alguns espetáculos e foi assim que começou a andar pelos palcos do País, "uns melhores do que outros", recorda. Agora, no próximo dia 7, dá o seu primeiro grande espetáculo em Lisboa, cidade para onde se mudou há dois anos, deixando Coimbra onde nasceu (ali formou-se em Economia). O concerto que terá lugar no Capitólio e servirá de apresentação ao EP ‘Rosário’ acontece um ano depois do lançamento do primeiro single ‘Ficamos Por Aqui’, "uma música sobre uma relação passada".
O disco mistura sons urbanos com fado e resulta de uma "descoberta de personalidade", diz. "Comecei a desbravar caminho, a absorver outros músicos e a misturar o fado com outras sonoridades, como a eletrónica. Eu sei que o que estou a fazer é arrojado", reconhece. O disco é dedicado à avó que morreu no ano passado, "uma mulher que tinha um timbre lindo, mas que não cantava em público por timidez". Morreu quando Beatriz estava a iniciar este seu caminho na música, mas ainda conseguiu ouvir a primeira canção. Para sempre ficará um último conselho: "Vê lá os teus estudos e cuidado com os rapazes!".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt