O músico cabo-verdiano deu um concerto na cidade da Praia e apresentou um repertório que agradou aos mais jovens, mas também aos graúdos.
Dieg: “A minha música faz a união entre gerações”
Dieg é de São Vicente, em Cabo Verde. A música sempre esteve presente no seio familiar e aos nove anos de idade, o seu irmão, Kiddye Bonz, ensinou-o a tocar uma música, que o deixou confiante para a primeira aula de flauta.
Alem do percurso a solo, que ganha agora forma, Dieg atua também com músicos que conhece há muito. Uma das bandas que fazem parte do percurso do cantor são os Metralhas, um grupo formado com outras jovens estrelas da música cabo-verdiana, Khaly Angel, Ivan Medina, Magik Santiago e Wilson Silva. “Foi um grupo importante, foi quando saí de São Vicente para viver na cidade da Praia. Encontrei essa comunidade de músicos e ainda continuamos a encontrar-nos e a trabalhar juntos. Fizemos também o projeto Azagua, com a Fattu Djakité e o Alberto Koenig. Somos uma geração que tem vindo a crescer junta, a ver a evolução uns dos outros. É algo muito especial, inclusive agora, na minha banda, o Khaly faz parte. Conhecemo-nos desde os treze anos e estivemos numa bolsa dada pela Cesária Évora para a formação de jovem em piano”, lembra o cantor e compositor.
Dieg lançou, em 2018, o seu primeiro single, ‘Nka Kre’, que o apresentou como cantor. Depois de quatro anos em digressão com Élida Almeida, o cantor teve mais tempo para estar em casa com os filhos, e nessa altura criou o projeto Azagua, juntamente com a sua mulher, Fattu, com o Alberto que é nosso compadre, com o Ndu e o Djodje Almeida. Azagua foi algo muito importante para nós, porque não tínhamos manager e tivemos que aprender a enviar emails, a enviar propostas. Tínhamos a Fattu, que é a nossa ‘master’ em performance, eu produzia as músicas juntamente com o Ndu, ou com o Djodje Almeida, o Alberto também escrevia, sem dar conta já éramos uma equipa completa. Quem sabe, podemos reativar o Azagua, porque vem tudo da amizade antes de um contrato”, informa o músico.
Os temas que Dieg tem gravado retratam a vida em Cabo Verde, o que o inspira ou desagrada, e temas de amor. “Tenho uma nova versão da música de Cabo Verde. Inspiro-me em tudo o que já foi feito na nossa história, Bulimundo, Tubarões, Cesária, Tcheka, Hernani Almeida, são todos artistas que fazem parte de mim também. O meu papel, cada vez mais, é traduzir a nossa identidade, para que os jovens consigam também absorver, e não haja uma distância entre o que os jovens ouvem e a nossa identidade, única no mundo”, revela Dieg.
O concerto do Atlantic Music Expo, na capital cabo-verdiana, ilha de Santiago, foi aplaudido e correspondido por um público de todas as idades. “Sinto que o meu público tem um ‘range’ muito grande, a minha música faz a união de gerações. Tínhamos crianças na frente, mas umas 'vovozinhas' também, umas senhoras com a idade da minha mãe. Isso para mim diz muito, é um bom sinal para continuar e melhorar o que estou a fazer”, sublinha Dieg, que se sente grato para com o imenso público que o tem ouvido.
O último single lançado por Dieg foi o tema ‘Aldina’: “fala de uma relação entre duas pessoas mais velhas, mas que, tu, como jovem, te consegues inspirar neles. Eles têm uma química, uma amizade, uma relação saudável, mesmo depois de muitos anos. Fico contente porque as pessoas estão a recebê-lo de coração. Fui também nomeado pelos Cabo Verde Music Awards em quatro categorias, e isso diz-me que o processo tem de acontecer. Tenho de deixar sair e partilhar, é o que tenho feito em casa e as consequências serão naturais”, conclui o cantor.
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