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António Colaço quer dar mota a Berardo

Ex-assessor do PS é agora um artista reputado, conhecido por transformar lixo em arte.

26 de março de 2017 às 09:41

Estudou para padre, quis entrar em Belas-Artes (falhou no exame de admissão), foi jornalista e esteve 21 anos no Parlamento – como assessor de imprensa do Partido Socialista. Hoje, já reformado, António Colaço não fala de política. Prefere concentrar-se na paixão de sempre: as artes plásticas. Entre as suas peças mais famosas está uma mota Sachs Lebre que comprou em 1975 ("por dois contos e duzentos") e com a qual fez sensibilização sindical logo a seguir ao 25 de Abril. Agora está pintada de bordeaux e dourado, escrita de alto a baixo. Chama-se ‘A Quadriga’ e tem sido estrela de todas as exposições do artista.

"Já houve um tipo que me ligou a perguntar quanto dinheiro é que eu queria por ela. Acho que a queria desmontar para peças", diz António Colaço com brilho nos olhos. "Era o que faltava. Mas se o tio [Joe] Berardo a quiser para a coleção dele, é já..."Além da escrita com que decora as peças (que designa de "qualigrafia"), o criador é conhecido por pegar em objetos comuns que perderam o seu uso quotidiano e lhes dar nova vida. Uma velha balança, uma trituradora, pedaços de madeira de um barco de pesca, quase tudo serve. No projeto de arte ao domicílio, António Colaço está disponível para ir a casa das pessoas "revolver-lhes tralhas" que possam vir a ser belas. Por um "preço acessível". Basta dizer que as suas obras mais baratas custam 200 euros e a mais cara que vendeu é uma serigrafia que está na Assembleia da República. Rendeu 700 euros.

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