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Exposição celebra vida de Alice Vieira

Evento na Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva até 5 de setembro.
Manuela Guerreiro 8 de Agosto de 2021 às 09:47
Alice Vieira com o comissário da exposição
Alice Vieira com o comissário da exposição FOTO: Sérgio Lemos
Tem sido uma vida muito preenchida, de que guardo as melhores memórias. Entrei para o jornalismo em 1961. Estive onde era preciso estar e onde eu quis estar - Maio de 68, 25 de Abril, Queda do Muro de Berlim, Timor, etc. Entrevistei meio mundo, conheci o Neruda, o Jorge Amado, o João Cabral de Melo Neto, o Thiago de Mello, o Pedro Bloch... Como escritora também não me posso queixar.” É impossível reduzir a carreira de Alice Vieira a breves linhas, e nem a própria o conseguiria. Por isso, aconselha-se a exposição que este fim de semana foi inaugurada na Ericeira.

‘Retratos Contados’ está patente na Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva até dia 5 de setembro, com entrada gratuita. Marca o início das comemorações dos 60 anos de jornalista e 41 de obra literária de Alice Vieira. Segundo o comissário da exposição, Nelson Mateus, os visitantes vão poder “ver um pouco do muito que é a vida e obra de Alice Vieira”: fotos de infância, de família, com colegas de trabalho, capas de livros, retratos de uma vida. Um deles é a capa de ‘Diário de uma avó e de um neto - confinados em casa’, livro escrito por Alice Vieira e Nelson Mateus no início do ano.

A obra só chega ao mercado no fim do mês mas está em pré-venda na exposição. É um grito contra o abandono dos idosos, e recupera memórias e estórias de Portugal. “Queremos que este seja um livro para ser lido pela famílias”, diz a escritora, que o irá divulgar pelo País, em tertúlias, “para apelar à valorização dos mais velhos”.
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