Encenadora disse ter ficado bastante chocado com a morte do ator esta quarta-feira, aos 63 anos.
O encenador Filipe La Féria lamentou esta quarta-feira a morte do ator Rogério Samora considerando que era um ator "de exceção, obcecado com o que fazia e que dava sempre tudo ou nada" em cada interpretação.
"Sempre que um ator morre é uma luz que se apaga", disse Filipe La Féria à agência Lusa, sublinhando ter sido consigo que Rogério Samora se estreou, nos finais dos anos 1970, a interpretar o papel de Giuseppe Pelosi, na peça "A Paixão Segundo Pier Paolo Pasolini" com que, em 1981, o ator conquistou o Prémio Revelação.
Apesar de Rogério Samora se encontrar gravemente doente desde que, em 20 de julho último, sofreu uma paragem cardiorrespiratória, Filipe La Féria disse ter ficado bastante chocado com a morte do ator esta quarta-feira, aos 63 anos.
"Era um ator brilhante e uma pessoa muito interessante", sublinhou, acrescentando que "ficará sempre preso" ao jovem que lutou para fazer o papel do assassino de Pier Paolo Pasolini, que desempenhou "extraordinariamente bem e de forma inesquecível".
Rogério Samora era "um ímpeto, um condenado da sensibilidade que explodia no palco, mas era também um excelente ator de cinema e televisão", acrescentou.
Samora, que morreu aos 63 anos, contava mais de 40 anos de carreira, tendo como mais recente projeto a telenovela "Amor, Amor", na qual contracenava com Rita Blanco e Ricardo Pereira, entre outros pares.
Nos últimos anos, participou em várias telenovelas do canal televisivo SIC, como "Nazaré", "Mar Salgado" e "Sol de Inverno", depois de participações anteriores na estação TVI, em produções como "Flor do Mar", "Equador" e "Casos da Vida".
A sua estreia em televisão, feita na RTP, remonta a 1982, à telenovela "Vila Faia", na qual contracenou com Rui de Carvalho, Glória de Matos, Mariana Rey Monteiro e Nicolau Breyner, seguindo-se, ainda na televisão pública, "A Banqueira do Povo" (1993), ao lado de Alexandra Lencastre, Eunice Muñoz, Raul Solnado, Diogo Infante e João Perry.
O percurso de Rogério Samora teve, porém, início no teatro, na antiga Casa da Comédia, e apresenta alguns dos seus mais importantes papéis nos palcos, assim como no cinema, em filmes de Fernando Lopes e de Manoel de Oliveira.
Nascido em Lisboa, em 28 de outubro de 1958, fez o curso de Teatro do Conservatório Nacional, e estreou-se no final da década de 1970, na peça "A Paixão Segundo Pier Paolo Pasolini", de René Kalisky.
Trabalhou também com Carlos Avilez, diretor e fundador do Teatro Experimental de Cascais, e com outros encenadores como Fernanda Lapa, Luís Miguel Cintra e Solveig Nordlund.
No cinema conta com mais de meia centena de títulos de realizadores como Manoel de Oliveira, José Álvaro Morais, João Mário Grilo, João Botelho, Manuel Mozos, Miguel Gomes, António-Pedro Vasconcelos, Maria de Medeiros, Luís Filipe Rocha, Margarida Cardoso, Rosa Coutinho Cabral, José Fonseca e Costa, Joaquim Leitão, Raoul Ruiz e Jorge Cramez.
Foi ainda dirigido por Fernando Lopes em "O Delfim", "Belarmino", "Matar Saudades", "98 Octanas" e "Os Sorrisos do Destino".
Em 2019, participou no filme "Amadeo", de Vicente Alves do Ó, com estreia prevista para o ano passado, adiada, entretanto, devido à pandemia e com o músico Rodrigo Leão, participou também em várias sessões de poesia, nomeadamente no antigo bar Frágil, em Lisboa.
Em 2020, num trabalho com a fotógrafa Margarida Dias, posou nu, no contexto do confinamento, para um calendário cujas vendas se destinavam a apoiar a Rede de Emergência Alimentar.
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