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Greve encerra pelo menos 10 museus e monumentos nacionais em todo o país

De acordo com o sindicato, os trabalhadores recebem, em dias de feriado, "cerca de 18 ou 19 euros" líquidos, um valor que consideram manifestamente insuficiente.

01 de novembro de 2025 às 14:37

A greve ao trabalho em dias feriados dos trabalhadores dos museus e monumentos nacionais encerrou este sábado, pelo menos, 10 equipamentos em todo país, incluindo Mosteiro dos Jerónimos, Palácio de Mafra e Fortaleza de Sagres.

Segundo o balanço feito à Lusa pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), ao final da manhã estavam encerrados, pelo menos, 10 equipamentos devido à paralisação que se prolonga há mais de um ano.

Em Lisboa, a adesão à greve levou ao fecho do Mosteiro dos Jerónimos, Museu Nacional dos Coches e Palácio Nacional da Ajuda.

Estão também encerrados, segundo a dirigente sindical Catarina Simão, o Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, o Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, o Museu de Lamego, o Museu Nacional Resistência e Liberdade, em Peniche, o Real Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, o Palácio Nacional de Mafra e a Fortaleza de Sagres.

Os trabalhadores de portaria e vigilância dos 38 museus, palácios e monumentos nacionais, tutelados pela empresa pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP), regressaram este sábado à greve, para exigir a "justa compensação" do trabalho prestado em dias de feriados. A paralisação em dias de feriados, convocada pela FNSTFPS, decorre desde a Páscoa, em abril, mas os trabalhadores já tinham estado em greve durante vários meses em 2024 pelo mesmo motivo.  

"Estes trabalhadores estão de pedra e cal nesta reivindicação até que o Governo apresente uma proposta justa", sublinhou Catarina Simão, relatando que os profissionais estão dispostos a manter o protesto em 2026.

De acordo com a dirigente sindical, os trabalhadores dos museus, monumentos e sítios arqueológicos de tutela pública recebem, em dias de feriado, "cerca de 18 ou 19 euros" líquidos, um valor que consideram manifestamente insuficiente.

"Eles não negam trabalhar ao dia feriado, porque sempre trabalharam, querem é um pagamento justo", insiste Catarina Simão, que afirma que continuam a aguardar respostas da parte da tutela.

"Só temos uma informação da senhora secretária de Estado da Administração Pública de que o Governo estará disponível para apresentar novas carreiras (...) para os trabalhadores dos museus, mas foi dito assim a título de nada numa reunião", relatou.

Nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais geridos pela MMP trabalham cerca de mil funcionários, estimou, em abril, o sindicato. 

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