Primeira noite do Caixa Alfama juntou os amantes do fado no bairro lisboeta.
Lisboa propunha uma festa memorável dedicada ao fado e as largas centenas de pessoas que na sexta-feira acorreram à segunda edição do Caixa Alfama, com dezenas de estrangeiros à mistura, não ficaram desiludidas. No primeiro dia do festival Aqui Mora o Fado, o histórico bairro alfacinha reuniu em dez palcos alguns dos fadistas do momento para uma noite que se queria inesquecível.
Katia Guerreiro foi uma das estrelas a brilhar num ambiente espetacular, onde também não passaram despercebidos António Zambujo, Ana Moura, Cuca Roseta, Ana Bacalhau e Gisela João, entre muitos outros. Certo é que a maior dificuldade do público passava pela impossibilidade de estar presente nos vários palcos onde os cantores atuaram, devido à sobreposição de horários.
O dueto António Zambujo e Ana Moura apresentavam-se como as principais estrelas do festival, numa noite em que o cantor alentejano recebeu um merecido ‘Parabéns a Você’ pelos 39 anos ontem feitos. No Palco Caixa, onde se concentrava uma pequena multidão, o duo passeou os temas mais conhecidos de ambos, com evidente destaque para ‘Desfado’ e ‘Algo Estranho Acontece’, numa atuação segura, mas algo pouco emotiva.
Antes já tinha passado pelo mesmo cenário Ricardo Ribeiro, num concerto afetado na parte final pelo valente aguaceiro que se abateu durante alguns minutos sobre Lisboa. O fadista lisboeta apoiou-se em alguns temas recolhidos no último disco ‘Largo da Memória’, para além de um merecido tributo a Fernando Maurício, o seu principal mentor.
Katia Guerreiro abriu o palco principal com brilhantismo, numa noite que a cantora considerou como "muito especial por poder fazer parte deste novo ciclo do fado que honra a memória de Amália Rodrigues". Com novo disco agendado para novembro, sob produção de Tiago Bettencourt, a fadista nascida na África do Sul adiantou dois temas novos: ‘Até ao Fim’, com letra de Vasco Graça Moura e música do ex-líder dos Toranja, e o castiço ‘Mentiras’.
No Largo das Alcaçarias, uma pequena multidão enchia o apertado espaço – afortunados os moradores que puderam vê-la à janela das suas casas – para ver Cuca Roseta em mais uma atuação sentida, mas muito divertida, onde não foi esquecida Amália Rodrigues com versões de ‘Estranha Forma de Vida’ e ‘Barco Negro’, rematadas pelo contemplativo ‘Fado do Silêncio’, "em homenagem à cidade de Lisboa", afirmou radiosa.
Gisela João demonstrou, no Centro Cultural Dr. Magalhães Lima, porque é um dos nomes a reter na nova geração de fadistas, com um espetáculo sóbrio a realçar todas as qualidades da vencedora dos prémios Amália Revelação, em 2013, e José Afonso, já este ano. Já uma Ana Lains muito divertida animou no Palco Amália as dezenas de pessoas que se acotovelavam na Rua da Judiaria.
O festival encerra hoje com concertos dos consagrados Carminho, Vicente da Câmara, Maria da Fé, Aldina Duarte e Frei Hermano da Câmara, sem esquecer um tributo especial a Fernando Maurício.
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