Maestro lança novo disco a solo, ‘III’, um álbum através do qual procura a tranquilidade.
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Um maestro de formação clássica lançar discos num mercado mais pop nunca é bem visto pelos puristas. Como vê essas críticas?
- Lido bem com elas. Eu tenho formação clássica mas não faço música clássica. A minha música insere-se num movimento neoclássico com muitas outras influências e referências. Este disco, por exemplo, até faz uma rutura com o meu trabalho anterior. Agora, junto a eletrónica ao acústico. Alguns chamam-me ‘maestro pop’, mas eu não me importo.
- Há dois anos tinha ‘fugido’ para o ambiente bucólico de Sintra para fazer o seu segundo disco a solo. Qual foi agora o destino escolhido para compor este novo trabalho?
- Este disco, ‘III’, nasceu primeiramente no estúdio, em minha casa, mas passou por vários locais. Começou no Porto, passou por Berlim e acabou em Nova Iorque. Foi um triângulo inspirador [risos].
- Diz que a melancolia da sua música dá para refletir. Sobre o que é que andou a refletir neste último ano?
- O que eu pretendo com a minha música é passar alguma coisa sobre mim. O primeiro single, por exemplo, ‘The Tree’, aponta muito para a família, para os amigos e para as minhas memórias de infância. Mas há também um tema sobre a fé e sobre as coisas em que acredito.
- E em que é que acredita?
- Acredito, por exemplo, que tenho de ser sempre melhor filho e melhor pai, da mesma forma em que acredito que tenho um lugar no Mundo.
- O Rui é tão tranquilo como a sua música faz adivinhar?
- Não. Eu sou muito desassossegado e por isso é que faço música, para tentar a tranquilidade. Quando olho para trás é isso que vejo: procuro a serenidade e esta coisa, quase utópica, de atrasar o tempo.
- A música instrumental continua a ter pouca visibilidade. Isso é frustrante?
- Não. O som é tudo. E acho que cada vez mais a música instrumental acompanha as pessoas no seu quotidiano. Ainda andamos a partir pedra, mas ter público é uma delícia. O piano, no meu caso, é a minha voz.
PERFIL
Rui Massena nasceu em Vila Nova de Gaia em 1972. Começou a estudar piano com seis anos. Formou-se como maestro na Academia Nacional Superior de Orquestra de Lisboa. Em 2000 foi convidado para maestro e diretor Artístico na Orquestra Clássica da Madeira, onde esteve até 2013. Ajudou a transformar Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura num sucesso. Dirigiu cerca de 30 orquestras em 14 países e foi o primeiro maestro português a dirigir no Carnegie Hall. Lançou o primeiro disco a solo em 2015.
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