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Jorge Palma faz a festa e traz orquestra com Rui Massena

Músico juntou-se ao maestro e 50 instrumentistas para comemorar 45 anos de carreira.

04 de outubro de 2017 às 19:54

Corria o ano de 1972 quando um ‘puto’ de 22 anos, com formação clássica no Conservatório e que já tinha passado por algumas bandas de rock, lançava o seu primeiro single a solo, ‘The Nine Billion Names of God’. Hoje, esse miúdo é um dos mais prestigiados músicos, autores e compositores portugueses. Jorge Palma, assinala na próxima semana os 45 anos de uma carreira ímpar com dois concertos nos coliseus, dia 5 de outubro em Lisboa e dia 7 no Porto.

E como a data merece uma celebração especial, Palma contará em palco com a participação da Orquestra Clássica do Centro, liderada por Rui Massena, o maestro irreverente. "O Jorge ligou-me um dia a dizer que eu tinha o perfil indicado para fazer isto. Ao Palma era impossível dizer que não. Para mim é um orgulho porque eu próprio cresci a ouvir as músicas dele. Este espetáculo é uma justa homenagem", diz Rui Massena, que conheceu Jorge Palma em 2009 na Madeira num espetáculo onde, na altura, tocaram apenas cinco músicas. Desta feita o espetáculo abrangerá o vasto repertório do cantautor, dos temas mais novos, aos mais antigos. "As canções do Palma não têm data e também por isso é que aceitei fazer isto. Posso dizer que este será um espetáculo muito bonito em que as mensagens das canções estarão completamente salvaguardadas".

O espetáculo que, além dos 50 membros da orquestra contará com a própria banda de Jorge Palma, está a ser montado há três meses com "uma componente de preparação muito grande", remata Massena.

"NUNCA ESCREVI CANÇÕES PANFLETÁRIAS"

Com tantas canções no currículo como é que se monta um espetáculo ilustrativo de 45 anos de carreira? Deve ser ingrato!

Epá! Essa dos 45 anos faz-me sentir um bocado velho (risos). Na verdade, até são mais anos. O primeiro single é de 1972, mas antes disso eu já fazia música.

Ainda consegue redescobrir-se e emocionar-se com as suas canções ao fim deste tempo todo?

Todos os dias. Quando estou em palco estou sempre a vivê-las de novo, como se fosse a primeira vez. Eu acredito que nunca ninguém toca ou canta duas vezes da mesma maneira.

Tendo o Jorge Palma formação de Conservatório, que gozo é que lhe dá ver as suas canções neste registo orquestral?

Dá-me um gozo enorme. Já nos anos 70 eu fazia orquestrações para muita gente, incluindo a Amália. Isto é uma das coisas que eu mais gosto em música. Eu já tinha tido uma experiência na Madeira com uma grande orquestra, mas no continente é a primeira vez.

E porquê o Rui Massena?

Por várias razões, porque é uma pessoa com uma cultura musical muito vasta, porque tem formação clássica e porque é um porreiraço. E também é um rocker.

Que alinhamento preparou?

A ideia é criar novas dinâmicas e aproveitar as potencialidades da orquestra. Por isso escolhemos as canções que achámos que se enquadravam melhor independentemente do ano em que foram feitas.

O Maestro diz que as suas canções são intemporais!

Sim, e são. Nunca escrevi canções panfletárias. Sempre quis que as minhas músicas fossem abrangentes. O segredo é gostar muito disto.

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