Com 22 anos de carreira, a banda lança novo disco, ‘Anarchytecture’.
Anarchytecture’ é o vosso sexto álbum de estúdio desde 1995. É fácil encontrar motivações para continuar a fazer novos discos depois de tantos anos ligados à música?
Sim, é, basta olharmos à nossa volta... [risos]. Quando as pessoas me perguntam onde é que eu vou buscar inspiração para escrever novas canções, eu repondo sempre: ‘Estão a brincar comigo?!’ Com tudo aquilo que está a acontecer no mundo, é impossível ficar indiferente. Todos nós temos a nossa perspetiva sobre as coisas e, no caso dos Skunk Anansie, é só uma questão de a passar para a música.
O som dos Skunk Anansie continua a ser inconfundível, um rock duro e direto mas que soa sempre a algo fresco e novo. Este disco, aliás, tem muitos elementos eletrónicos. Vocês sentem a necessidade de se reinventarem ou as coisas surgem naturalmente?
Eu acho que todos os artistas têm sempre a vontade de fazer uma espécie de ‘upgrade’ ao seu trabalho. Nós andamos cá há 22 anos. Sabemos que é importante soarmos a Skunk Anansie por causa daqueles que sempre seguiram o nosso trabalho, mas não somos nada nostálgicos. Sabemos que não podemos parar no tempo, até porque há muitas pessoas a descobrirem agora os Skunk Anansie. Além do mais, aquilo que nós vamos fazendo também é influenciado por aquilo que vamos ouvindo. Nós não escutamos só rock. Também temos ouvido muita música eletrónica.
Este é o vosso disco mais cerebral?
Não sei. Os nossos discos sempre foram muito pensados. O que eu acho é que este novo trabalho é um disco para o futuro. Por outro lado, acho que é o nosso álbum mais melodioso até ao momento.
As tendências e os públicos mudaram muito em relação aos anos 90. Vocês sabem quem são os vossos fãs neste momento?
Os nossos fãs sempre foram variados, até porque nós nunca fizemos aquele som puramente rock. Temos muitas influências no nosso trabalho e, por isso, sempre chamámos a atenção de outros públicos. Isso é percetível nos nossos concertos.
E lá encontram mais fãs da geração dos anos 90 ou novos fãs?
Vemos de tudo, e é engraçado, porque vemos muitos miúdos nos nossos concertos. Há uma ideia errada de que as novas gerações não se interessam por bandas mais antigas, mas a verdade é que há muita gente nova a ir à procura desse tipo de projetos.
Sim, vão à procura no YouTube, mas já poucos compram discos. Vocês alguma vez se questionaram sobre se ainda vale a pena gravar?
Eu acho que sim. Primeiro, porque as pessoas continuam a gostar de música, e há sempre quem compre discos; e depois porque nós gostamos muito deste processo, de ir a estúdio e registar o que fazemos.
Mas em nenhum momento se sentem frustrados pelo facto de hoje em dia a música se trazer de forma impessoal num telemóvel?
Não. Quem ouve música no telemóvel são mais os miúdos. Nós sabemos que as coisas são muito diferentes do que eram nos anos 90, mas é perfeitamente natural que estas mudanças aconteçam. Por nós está tudo bem, desde que as pessoas ouçam música e continuem a sentir-se apaixonadas por aquilo que a música consegue transmitir.
Os Skunk Anansie vão dar início a uma digressão europeia de apresentação deste novo disco, mas ainda não há qualquer data marcada para Portugal. Ainda vos vamos ver este ano?
Esta é uma primeira digressão muito curta de apresentação do disco. É aquilo a que nós chamamos uma digressão de aquecimento [risos]. Certamente iremos acabar por passar por Portugal com o novo disco.
Os vossos espetáculos em Portugal sempre foram épicos. Que memórias guardam?
As melhores. É difícil dar um mau espetáculo em Portugal [risos], porque o público envolve-se muito com o artista, e isso só empolga quem está em palco. Em Portugal as pessoas são muito viradas para a cultura e por isso, para nós, é um dos locais mais interessantes para tocar. É com grande expectativa que esperamos sempre voltar.
Os Skunk Anansie estão a cumprir 22 anos de carreira. Sabendo que uma banda é quase uma família e um casamento, como é que é manter a amizade no trabalho?
É fácil. Nós estamos juntos há muito tempo e somos mesmo todos bons amigos. Sabemos o que queremos e o que temos de fazer para o conseguir. Este é o nosso trabalho.
Sente saudades dos anos 90?
Não [risos]. Nada mesmo. Acho que as coisas até são mais fáceis e melhores agora.
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