Os Amália Hoje atuam este sábado, às 21h30, em Alcobaça (frente ao mosteiro), num concerto que será "o encerrar de um ciclo do projeto", revela ao CM Sónia Tavares. O grupo recupera assim uma data que estava marcada "ainda antes da pandemia para celebrar o centenário da diva do fado e para assinalar os 10 anos do projeto", mas que acabou por não acontecer. Agora, diz a cantora, em Alcobaça (sua terra natal) não se fala noutra coisa.
"Estamos a montar um grande palco e as pessoas já falam. Está tudo preparado e, assim de repente, nem estou a ver cenário mais bonito". A entrada é livre.
Formados por Sónia Tavares e Nuno Gonçalves (The Gift), Fernando Ribeiro (Moonspell) e Paulo Praça (Plaza), os Amália Hoje nasceram de um desafio lançado pela Valentim de Carvalho em 2009. Sónia Tavares não conhecia os fados todos que viriam a fazer parte do projeto, mas ainda se recorda que Nuno Gonçalves lhe pediu "para não ouvir os originais muitas vezes", porque a queria descolada do fado. "Nós não tínhamos grandes expectativas mas hoje acho que posso dizer que saiu melhor do que a encomenda".
Lançaram um único disco, numa abordagem pop contemporâneo ao fado de Amália, e conquistaram rapidamente o País. Sónia Tavares partilha, no entanto, os louros do projeto com a diva do fado. "Tenho de ir ao Panteão agradecer à Amália a vida que me pôs à frente. Penso sempre nela antes de entrar em palco e espero que ela olhe para mim com orgulho."