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The Waterboys em Lisboa: uma noite cheia de memórias

Mike Scott e a sua trupe encerraram digressão europeia no Campo Pequeno, 30 anos após a sua estreia nacional na praça de touros.

29 de novembro de 2019 às 23:47

Há pouco mais de 30 anos, uns The Waterboys no auge da fama "aterraram" em Lisboa, a 22 de Julho de 1989, para oferecerem um concerto caótico-inesquecível na praça de touros do Campo Pequeno.

Três décadas passadas, o grupo britânico regressou esta quarta-feira ao lugar do "crime" para fechar a digressão europeia do álbum ‘Where the Action Is’.

Apenas com Mike Scott e Steve Wickham a repetirem a presença na atual formação, os The Waterboys revisitaram os clássicos de uma forma que poucos esperariam.

Os sons célticos que marcaram os primeiros (e mais conhecidos) quatros discos do grupo ganharam novas sonoridades, ambientados pelo ‘blues rock’ e pelo ‘country rock’.

A voz de Mike Scott parece quase a mesma, e o violino de Steve Wickham mantém-se imparável em canções como as quase irreconhecíveis ‘This Is the Sea’ ou ‘Fisherman’s Blues’.

Aliás, foram os álbuns a que esses temas dão o título que construíram metade do alinhamento, a que se somou ‘A Girl Called Johnny’, do primeiro disco ‘The Waterboys’. Surpresa? Nenhuma!

‘The Whole of the Moon’, antecedida por ‘The Pan Within’ fizeram rejubilar os fãs, e, pelo meio houve tempo para homenagear o Peter ‘Ginger’ Baker’, o monumental baterista dos Cream de Eric Clapton e Jack Bruce, com um ótimo solo de bateria de Ralph Salmins.

Não seria apenas esse tributo a marcar o concerto, já que para o final estava guardado em ‘encore’ uma fantástica versão de ‘Purple Rain’, de Prince.

Ao fim de mais de duas horas de música, os The Waterboys despediram-se do público que não arredava pé.

As luzes da praça de touros acenderam-se de imediato ainda com os membros a fazerem vénias, não tivessem eles a tentação de continuarem o concerto.

Pelo ar de todos eles, vontade não lhes faltava. Isso mesmo foi confirmado já esta quinta-feira, com um ‘twitt’ de Mike Scott a agradecer aos fãs com uma fotografia a mostrar o ambiente que se viveu.

"Um momento em Lisboa", escreveu o líder dos The Waterboys. "Que multidão incrível!". Foi o melhor elogio que poderia fazer.

Do lado do público, foi uma noite que irá perdurar na memória por largas semana; muitos não estariam à espera de uma atuação tão poderosa.

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