Tribunal recusa-se a prender pirata Rui Pinto
Domiciliária mantém-se contra vontade do Ministério Público.
O tribunal de segunda instância húngaro rejeitou mandar o pirata informático Rui Pinto para prisão preventiva e manteve-o em prisão domiciliária.
Em causa estava o recurso do Ministério Público da Hungria, que pretendia que o português aguardasse na cadeia a decisão sobre o processo de transferência para Portugal.
Segundo o acórdão, o tribunal considera que o risco de fuga é mínimo e explica que Rui Pinto, suspeito de roubar os emails do Benfica, vive no mesmo apartamento em Budapeste desde maio de 2017.
Acrescenta ainda que o pirata informático tem usado a identidade verdadeira, nomeadamente para fazer o aluguer dessa casa. Para a defesa do português, Rui Pinto deveria ficar sujeito apenas à medida mínima, ou seja, ficar em liberdade, mas proibido de sair da capital da Hungria.
A decisão do tribunal de segunda instância de manter a prisão domiciliária - decretada a 18 de janeiro - foi tomada há uma semana mas só ontem os advogados foram notificados. Logo após a detenção de Rui Pinto, a defesa afirmou que é contra a transferência para Portugal, por considerar que o julgamento não seria justo.
O mesmo foi manifestado pelo pirata informático, em entrevista recente à revista alemã ‘Der Spiegel’. A decisão tem agora de ser tomada até 18 de março.
Rui Pinto foi detido em Budapeste na sequência de um mandado de detenção europeu relacionado com a tentativa de extorsão à Doyen Sports.
Entretanto, já admitiu a ligação ao Football Leaks, plataforma online onde foram revelados milhões de documentos relacionados com o futebol.
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