António Oliveira deu apenas uma pista para o jogo de hoje com a Polónia: nos 15 minutos de treino abertos ao público, o seleccionador reuniu-se no centro do relvado com João Pinto e Rui Costa e teve uma longa conversa. O camisola 10 ouviu atentamente, enquanto o avançado do Sporting esbracejou e pareceu incomodado. Entretanto, as portas do campo de treino voltaram a fechar-se e a história ficou sem epílogo.
O episódio parece indicar que João Pinto vai mesmo regressar ao banco de suplentes onde passou a maior parte do último Europeu. No entanto, António Oliveira nunca o assumiu publicamente. Pelo contrário, questionado sobre as possíveis mudanças, fez questão de elogiar toda a equipa, incluindo Vítor Baía. O guarda-redes vai mesmo jogar apesar da fraca exibição com os Estados Unidos. A notícia foi bem recebida entre os polacos. O treinador-adjunto Edward Kleindienst reagiu imediatamente: "O Baía é o ponto fraco de Portugal e certamente iremos explorar isso de todas as formas."
O jogo psicológico intensificou-se nas últimas horas, até porque os polacos estão bem informados sobre o nervosismo que o guarda-redes do FC Porto tem revelado nas duas últimas épocas. Apesar destes sinais, confirmados no jogo de estreia, António Oliveira já clarificou que vai manter a aposta. Disse-o de forma explícita numa conversa informal, onde contou que logo a seguir à derrota reviu o encontro até às duas da manhã e não descobriu defeitos no desempenho de Vítor Baía. Também Jorge Costa está quase certo na equipa, apesar de ter falhado nos dois primeiros golos americanos e de ter deixado a impressão de que lhe falta velocidade nas pernas. O facto de os adversários terem no ataque o rápido Olisadebe - nigeriano naturalizado polaco - poderá, em última instância, influenciar a decisão do seleccionador.
O substituto natural é Jorge Andrade, que aliás já marcou Olisadebe quando o FC Porto jogou com o Panathinaikos. No entanto, a dúvida vai manter-se até à hora do encontro. Convém no entanto recordar que Oliveira não deu qualquer indicação neste sentido. Pelo contrário até fez questão de dizer que Portugal até pode ganhar o jogo se repetir os titulares.
Há, no entanto, uma certeza: ao contrário do que aconteceu com os EUA, desta vez o onze português é mesmo uma incógnita. Há quem espere uma revolução, mas o perfil de Oliveira é mais conservador. É provável que Petit e Paulo Bento preencham o meio campo; que Beto dê o lugar a Frechaut na lateral-direita; e que João Pinto saia da equipa.
Mas são apenas suposições que, para Oliveira, encerram uma vantagem competitiva: a Polónia só descobrirá a estratégia portuguesa quando entrar no relvado. Ou seja, ao contrário do que aconteceu no encontro de estreia - onde o seleccionador americano pôde preparar a táctica à exacta medida de Portugal, como se fosse um alfaiate - desta vez as interrogações são mais fortes. Chegados ao ponto em que a vitória é essencial para evitar a derrocada final, todas as vantagens que Oliveira contabilizar podem ser importantes.
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