Filipe Soares Franco garante que não vai ser candidato à presidência do Sporting em 2006 nem admite integrar a próxima admnistração da SAD do clube.
O dirigente abandonou as cargos na actual SAD e nas empresas participadas – mantêm apenas a vice-presidência da direcção – por divergências de fundo com Dias da Cunha: Soares Franco quer um clube só de futebol. “Sou do Sporting por causa do futebol e não tenho empatia pelo ecletismo”, diz.
Não quer sócios, accionistas maioritários no actual modelo. “Quero um clube só de futebol, sem sócios mas com adeptos que não se intrometam na gestão nem tenham voto nas eleições dos corpos sociais”. Porque o futebol “é um negócio que precisa de investidores e porque para se ser bom há que ser especialista”. Consciente de que a implementação do modelo que defende é difícil – “ e porque não quero criar inimigos”– abandona os cargos referidos. Fica na direcção “para não criar instabilidade até porque Dias da Cunha merece ser o presidente do centenário”. Defende e assume o teor do manifesto assinado por Dias da Cunha e Vieira mas considera que foi um flop”.
E faz xeque-mate a Paulo Andrade, a propósito da demissão de Carlos Freitas. “Desejo as maiores felicidades a Paulo Andrade. Se ele ganhar há que reconhecer que ele tem razão. Repito: mas é preciso que ele ganhe”.
Soares Franco teceu ainda elogios a Ernesto Ferreira da Silva, mas diz que ainda é cedo para manifestar apoio a uma candidatura.
PESEIRO DEVE TER FORMAÇÃO
Defensor da continuação de José Peseiro, Soares Franco não foge, quando confrontado com a capacidade de liderança do técnico: “Peseiro tem algumas lacunas que podem e devem ser colmatadas com a formação profissional. Como qualquer profissional, ele também precisa, e como é sério sei que é capaz de reconhecer menos habilitações em algumas áreas. As grandes empresas não podem deixar de propor essa qualificação.”
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