Cerca de uma centena de pessoas esteve no Aeroporto de Lisboa para receber as jogadoras.
Seleção feminina de futebol de regresso após concretizar sonho 'de muitos anos'
A seleção portuguesa feminina de futebol foi esta sexta-feira recebida em festa por cerca de uma centena de pessoas no aeroporto de Lisboa, depois da qualificação inédita para um Mundial, que representa o trabalho "de muitos anos e gerações".
A comitiva portuguesa saiu do aeroporto Humberto Delgado pelas 12h30, perante uma pequena multidão à sua espera para congratular pelo feito histórico, mas o tempo era escasso e a pressa era muita, rumo ao Palácio de Belém, onde, pelas 13h00 horas, foram recebidas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Uma emoção muito grande, foram lágrimas de muitos anos e gerações. Representa muito para o futebol feminino português. Sabíamos a responsabilidade que tinha este jogo. Alcançar este feito, fazer história e representar Portugal é incrível. Participar pela primeira vez num Campeonato do Mundo é indescritível", frisou a capitã Dolores Silva.
Sem o selecionador Francisco Neto, que ficou mais uns dias na Nova Zelândia, a equipa das 'quinas' deu autógrafos e tirou fotografias com as pessoas presentes naquela zona do aeroporto, enquanto a jogadora do Sporting de Braga expressava o sentimento vivido dentro do grupo.
"É indescritível, uma sensação fantástica poder partilhar isto com o grupo de trabalho, com todo o esforço que viemos a fazer. Foi uma caminhada longa, chegámos até aqui e conseguimos o nosso objetivo. É o momento mais alto das nossas carreiras. Agora, é desfrutar e preparar o que aí vem", sublinhou a centrocampista.
A futebolista, de 31 anos, assumiu ser "um orgulho muito grande" ser capitã de um grupo de trabalho "fantástico" e realçou que, sendo as primeiras a conseguir o apuramento para um Mundial, estão "a abrir portas para as futuras gerações".
"Oxalá haja cada vez mais meninas a querer jogar e que o futuro seja risonho. Portugal tem muito talento", frisou.
Também Carole Costa, autora da grande penalidade que deu o triunfo a Portugal, já no período de compensação da partida com os Camarões (2-1), falou aos jornalistas e lembrou o trabalho "de clubes, federação e de jogadoras" para que tenha sido dado este passo.
"É uma enorme alegria, têm sido dias de grande loucura. Estamos muito contentes por estar no Mundial, é um objetivo de todas e estamos a festejar desde que aconteceu", salientou a experiente defesa central, de 32 anos, que representa o campeão Benfica.
A ficha só "está a cair agora", mas Carole Costa realçou que a grande penalidade que apontou "não é um momento fácil, é de grande responsabilidade", permitindo às lusas disputar uma prova com um grupo "difícil": Estados Unidos, Países Baixos e Vietname.
Por seu lado, a diretora da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) Mónica Jorge disse que a história feita na Nova Zelândia, na quarta-feira, "representa uma modalidade em crescimento, que a federação aposta há algum tempo, e com resultados positivos a todos os níveis".
"Foi mais uma página que se escreveu, muito bonita e consistente, pois é um processo de vários anos. Houve muitas jogadoras que começaram connosco aos 15 anos, para um dia chegarem aqui, a uma final destas -- porque para nós foi uma final -, e poderem marcar o sonho", explicou a dirigente federativa, que já foi selecionadora portuguesa.
Sobre os objetivos para o primeiro Mundial da história, Mónica Jorge apontou a que a seleção faça o seu melhor, continuando a "fazer mais e a querer mais".
A seleção portuguesa feminina de futebol qualificou-se quarta-feira para o Mundial de 2023, ao vencer os Camarões por 2-1, na final do Grupo A do Play-off Intercontinental, em Hamilton, na Nova Zelândia, graças à grande penalidade cobrada por Carole Costa.
O golo da defesa central, apontado aos 90+4 minutos, selou a inédita qualificação lusa, após a camaronesa Ajara Nchout ter anulado, aos 89, o tento de Diana Gomes, aos 22.
As comandadas de Francisco Neto juntam-se, no Grupo E, aos vice-campeões em título Países Baixos (23 de julho), ao Vietname (27) e aos Estados Unidos, atuais detentores do troféu (01 de agosto), de 20 de julho a 20 de agosto, na Austrália e Nova Zelândia.
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