Benfica até esteve a perder frente ao Estoril mas conseguiu um triunfo tranquilo que deixa a equipa com um pé e meio na final do Jamor.
O Benfica venceu (3-1) esta quarta-feira de forma tranquila o Estoril e está muito perto de marcar presença na final da Taça de Portugal. As águias até estiveram a perder, mas a superioridade foi tal que o resultado acaba por ser escasso pela produção ofensiva dos encarnados.
Jorge Jesus procedeu a várias mudanças e o Benfica, como se esperava, foi sempre dominador, mas com uma enorme ineficácia. Com Pedrinho nas costas de Darwin e os laterais bem projetados no apoio aos alas, a equipa encarnada conseguiu encostar o Estoril (II Liga) à sua defesa. Rafa, regressado após lesão, teve aos 13’ uma jogada genial, tirando vários adversários do caminho. De cara para a baliza atirou ao lado. Quase a seguir, o mesmo jogador, após passe de calcanhar de Pedrinho, atirou à barra.
Contra a corrente do jogo e perante a apatia defensiva das águias, o Estoril chegou à vantagem por intermédio de Vidigal, que só teve de encostar perante a passividade (inexplicável) do conjunto encarnado.
Não sentiu o golo o Benfica. Continuou a carregar e a desperdiçar, agora em tiros de meia distância. Pedrinho e Pizzi atiraram forte, mas a bola saiu ao lado e por cima. Jesus começava a desesperar pela ineficácia dos seus jogadores.
A terminar o primeiro tempo, Darwin Núñez em destaque. Primeiro, pela negativa, ao cabecear à figura, quando tinha tudo para marcar. Depois, no lance seguinte, o uruguaio acabou por ser mais feliz e fazer o empate, após desvio de cabeça de Gabriel. Empate que sabia a pouco para as águias pela produção ofensiva até então.
O regresso dos balneários trouxe a mesma toada. Um Benfica dominante e, mais uma vez, a desperdiçar golos. Rafa, de novo ele, falhou uma chance para dar vantagem à equipa.
Jesus refrescou e a equipa, ao contrário de outros jogos, manteve-se fresca e intensa. O suíço Seferovic, que entrou nesse período, atirou ao poste, antes de fazer o 2-1, num remate forte sem hipóteses para Thiago Silva, guarda-redes do Estoril . Estava feita a reviravolta perante o segundo classificado da II Liga, que mostrava cada vez mais fragilidades. Aos 77’ Taarabt recuperou a bola, correu uns bons metros e assistiu Darwin para o 3-1 final. O Estoril ainda esboçou uma reação no final, mas Helton Leite mostrou-se seguro. Bom jogo e um resultado que praticamente deixa as águias na final do Jamor.
"Não tivemos a sorte do jogo"
"Não tivemos a sorte do jogo, senão tínhamos chegado ao intervalo a ganhar por 3 ou 4-0", foi desta forma que Jorge Jesus abordou a exibição da sua equipa no triunfo por 3-1 sobre o Estoril. O treinador do Benfica enalteceu a primeira parte da sua equipa. "Estou satisfeito pelo resultado e pelo jogo. Tivemos uma intensidade alta, mas sofremos um golo na primeira vez que o adversário veio à nossa baliza", explicou Jesus, acrescentando: "Na segunda parte tivemos menos qualidade e apontámos dois golos . O futebol não tem lógica nenhuma."
Jorge Jesus lembrou ainda que fez várias mexidas, dando minutos a jogadores menos utilizados. "Isto é como fazer uma pré-época. No fundo, é como mudar um pneu com o carro em movimento", disse. Sobre o facto de ter recuperado da Covid-19 lembrou: "Já posso gritar. Tenho os pulmões bem abertos. Já não tenho falta de ar... Sei bem o que é a Covid."
Bruno Pinheiro: "Ainda há mais um jogo, vamos tentar fazer melhor"
"Ainda há mais um jogo, vamos tentar fazer melhor. Ir para o intervalo a ganhar seria um prémio justo, mas não nos podemos esquecer que o Benfica construiu um plantel para a Champions", disse ontem Bruno Pinheiro, treinador do Estoril. O técnico deixou ainda alguns elogios à exibição dos seus jogadores: "Nunca se entregaram. Jogam até ao fim, sempre com vontade de reduzir ou de vencer. Estão de parabéns pela qualidade e pela entrega."
Análise do jogo
Positivo: Rotatividade importante
Jorge Jesus mudou vários jogadores no onze inicial e depois refrescou a equipa no segundo tempo, sem perder intensidade e objetividade na procura da baliza. Contra o Moreirense, domingo, Jesus terá uma equipa mais confiante e descansada.
Negativo: Enorme desperdício
Rafa voltou a todo o gás após lesão. Teve três grandes chances para marcar, mas falhou de forma clamorosa para desespero do próprio e de Jesus. Seferovic e Darwin também desperdiçaram ocasiões, mas redimiram-se com golos.
Arbitragem: Rápido nos amarelos
António Nobre quis ser rápido a controlar o jogo, algo que não estava assim tão difícil. Algum exagero nos amarelos iniciais mostrados a Diogo Gonçalves e Clóvis. De resto, com poucos lances complicados, teve uma noite tranquila.
Análise aos jogadores
Darwin - A frase é de CR7, mas aplica-se a Darwin. Os golos custaram a sair, mas agora não param. O avançado do Benfica "abriu o ketchup" e bisou na Amoreira. Podia ter feito mais golos.
Helton Leite – Duas defesas de grau elevado na 2ª parte. Sem culpas no golo.
Diogo Gonçalves – Boas arrancadas e bons cruzamentos para Darwin.
Otamendi – Deixou-se antecipar por André Vidigal no golo dos canarinhos.
Vertonghen – Passividade no golo do Estoril. Mesmo assim melhor do que Otamendi.
Grimaldo – Limitou-se a defender. Não desequilibrou. Melhorou na 2ª parte.
Gabriel – Mexeu com o meio-campo. É ele quem assiste Darwin no golo.
Pizzi – Apagado e sem passar a bola a Darwin.
Pedrinho – Isolou Darwin, que desperdiçou e marcou o canto que deu golo.
Everton– Boas jogadas individuais mas quase sempre inconsequentes.
Rafa – Desperdiçou várias ocasiões de golo claras. Tem uma jogada individual vistosa, mas o remate saiu ao lado. Destaque ainda para um chapéu que bateu na trave.
Seferovic – Entrou e atirou ao poste. Não perdoou à segunda e fez o 2-1.
Taarabt – Esforçado. Boa arrancada, que culminou na assistência para o segundo golo de Darwin. o Weigl – Refrescou.
Gilberto – Nem se viu.
Cervi – Sem bola.
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