Adepto ferrenho de bancada é agora atleta da equipa principal, mas a ligação ao Benfica começou como apanha-bolas.
Correio Sport - Depois de mês e meio ausente por lesão, como foi regressar aos relvados [na Taça da Liga]?
André Horta - Já tinha saudades, confesso, mas é sempre muito bom, porque a equipa foi-me dando muita confiança e sinto-me muito bem.
– Qual é o balanço que faz da primeira metade da época?
- Muito positivo. Estamos muito bem e isso reflete-se nos resultados. Estamos na liderança do campeonato, passámos a fase de grupos da Liga dos Campeões e continuamos em quatro competições.
– Qual é a importância de Rui Vitória na sua adaptação?
- É claro que teve um grande impacto. Foi uma pessoa sempre muito próxima de mim na pré-época e ajudou-me a assimilar as ideias que pretendia de mim e o estilo de jogo da equipa.
- Sentiu pressão ao ser contratado para o lugar que pertencia a Renato Sanches ?
- Não, claro que não. Sou mais um para ajudar. Não sou mais nem menos que ninguém.
- Foi formado no Benfica, mas já era adepto do clube. Uma ligação que começou quando era apanha-bolas…
- Sim, é verdade. Quando estava nas camadas jovens, acho que fui durante três anos consecutivos apanha-bolas.
Ganha-se um pouco mais de ligação e afeto ao clube. Quando se é jogador e adepto, acho que é um pouco mais fácil sentir o clube e, se calhar, dentro de campo, defender a camisola com muito mais amor.
- O que seria capaz de fazer pelo Benfica?
- Isso é uma pergunta muito difícil. Acho que nem consigo responder agora [risos]. Mas acho que era capaz de fazer tudo pelo Benfica.
- Jogar de borla?
- Não neste momento, mas talvez uns anos mais tarde, quando tivesse uma estabilidade financeira que pudesse dar algum conforto à minha família, sim, era capaz de jogar de borla pelo Benfica.
- No dia em que assinou pelo Benfica, disse que se sentia uma criança. Continua a sentir o mesmo?
- Sim, claro que sim. Acho que é uma boa maneira de lidar com a pressão que se vive neste clube, a pressão de ganhar. Mas é uma pressão boa, porque é um clube que nos exige dar tudo e ganhar títulos.
- Sente que os adeptos o veem de outra maneira?
- Acho que não. Eu quero ser julgado como um jogador normal. Não é por ser benfiquista que têm de me passar a mão pelas costas ou dizer que está tudo bem quando eu jogo mal. Não é por ser adepto que sou mais que os outros jogadores.
- Já cumpriu o sonho de chegar ao Benfica. O próximo é o tetra?
- O próximo é lutar jogo a jogo para conseguir a vitória. Claro que temos o objetivo do tetra. Queremos ser campeões, ganhar as competições internas e chegar o mais longe possível na Liga dos Campeões.
- Até onde pode chegar?
- É como eu digo, nós estamos sempre focados jogo a jogo. Não pensamos no futuro.
-Mas o Benfica lidera o campeonato. É o favorito na luta pelo título?
- Não, não pensamos que somos favoritos. Sabemos que é um campeonato muito longo. São 34 jornadas e ainda nem chegámos a meio.
- Com tantas lesões, qual é o segredo do sucesso?
- É o coletivo. O forte da nossa equipa é mesmo o espírito de união perante as dificuldades que vamos sentindo com essas lesões.
- Como é que vê a eventual saída de jovens jogadores do clube agora em janeiro?
- Se acontecer, é mais uma prova de que a formação do Benfica está muito bem cotada a nível mundial, com jovens a saírem para grandes clubes. O nosso plantel tem 27 jogadores. Todos são importantes.
Se houver alguma saída, o treinador e a estrutura saberão colmatar essa ausência.
- Esta pode ser uma época histórica ?
- Penso que sim, mas não estamos a pensar em quebrar recordes e fazer épocas históricas, estamos preocupados em dar o nosso melhor e atingir os nossos objetivos.
- Já festejou um título no Marquês de Pombal como adepto. Já se imaginou a fazê-lo agora como jogador?
- Sinceramente, não penso muito nisso. Sei que um dia irei fazê-lo, não sei se vai ser no próximo ano ou no seguinte. Cada jogo é uma final, depois o futuro logo se vê.
- Como é que antecipa o próximo ano?
- Espero que seja mais um ano glorioso do Benfica, mas, como eu disse, estamos focados jogo a jogo e em maio logo se verá.
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