Águias marcaram cedo (3’) e nunca deixaram de visar a baliza adversária, construindo um resultado histórico.
Uma noite mágica culminou esta quarta-feira com um triunfo justo do Benfica sobre o Barcelona, por 3-0, num Estádio da Luz ao rubro com uma vitória sobre os catalães que fugia há 60 anos.
A equipa de Jorge Jesus entrou forte e com vontade de surpreender o Barcelona nos momentos iniciais. E conseguiu. O técnico do Benfica até já tinha avisado Koeman na antevisão da partida ao dizer que o holandês iria "partir a cabeça" para conseguir uma solução para travar Darwin e Rafa. Koeman não conseguiu.
A águia entrou com tudo e colocou-se em vantagem aos três minutos, após um passe em profundidade de Weigl para Darwin, que recebeu a bola, fletiu para dentro e rematou para o 1-0. A Luz explodiu de alegria.
Mas a vantagem não fez o Benfica encolher-se. Antes pelo contrário. Manteve a pressão sobre a bola na zona de construção e Yaremchuk (5’) podia ter ampliado a vantagem. O Barcelona estava ferido, mas não deixou de ser perigoso. Correu atrás do prejuízo. Luuk de Jong viu Lucas Veríssimo tirar-lhe um golo. O Barça cresceu e sucederam-se as bolas de perigo junto da baliza das águias. Mas a defesa encarnada mostrou-se à altura dos desafios apresentados por Depay e De Jong.
Na etapa complementar, o Benfica voltou a entrar mandão. Sem medo deste Barça,, Darwin e Rafa foram quebra-cabeças para os defesas catalães. Darwin ficou perto de bisar, quando tirou Ter Stegen do caminho e rematou, ainda de fora da área, ao poste.
Os adeptos vibravam e a equipa acreditava que podia reeditar aquele triunfo na final da Liga dos Campeões de 1961 (3-2). Há 60 anos. E o segundo golo chegou numa jogada de insistência e com os catalães a tremerem. João Mário tentou o golo, mas foi Rafa que na recarga à defesa incompleta de Ter Stegen fez o 2-0. O terceiro golo chegou de penálti. Dest travou um cabeceamento de Gilberto com a mão. Darwin não tremeu e fez o resultado final nuns históricos 3-0.
Benfica chega aos 41 milhões amealhados
A vitória desta quarta-feira valeu 2,8 milhões de euros ao Benfica, o valor pago pela UEFA por cada triunfo na fase de grupos. Como as águias encaixaram 37,3 M € só com a entrada na liga milionária e 0,9 M € com o empate na 1ª jornada frente ao Dínamo Kiev, o total de prémios na Champions já vai em 41 M €. A este valor serão somados os direitos televisivos e a receita de bilheteira. O FC Porto já ganhou 40,5 M € e o Sporting 27 M €.
"Fomos muito fortes"
"Sabíamos que íamos defrontar um grande adversário e que teríamos de ser fortes no processo defensivo. A equipa foi gerindo bem os momentos do jogo. Fomos muito fortes nas saídas", disse Jesus, que elogiou o "grande trabalho coletivo e individual dos seus jogadores". "Sabia que para ganhar tínhamos de marcar mais do que um golo", salientou o treinador, que não quis eleger o homem do jogo: "Foi a equipa". "Ganhei um jogo. Não ganhei mais nada", concluiu.
Análise ao jogo
Positivo: Darwin europeu
Darwin tem o mérito de ter lançado o Benfica neste triunfo histórico. Não desperdiçou a primeira oportunidade que teve e fez o 1-0. Fez renascer o trauma dos catalães e impulsionou os encarnados para uma noite mágica no Estádio da Luz.
Negativo: Ronald Koeman
O treinador holandês mostrou que não tem ‘mãos’ para este Ferrari que é o Barcelona. Os jogadores parecem desmotivados e sem capacidade de praticar um futebol vertical. Estão amarrados a uma imitação do ‘tiki-taka’.
Arbitragem: Vermelho perdoado
O juiz italiano acabou por perdoar um segundo amarelo a Piqué por falta dura sobre Rafa ainda na primeira parte. Bem no lance do penálti, embora tenha recorrido à ajuda do VAR.
Análise aos jogadores
Darwin Núñez - Entrou a pedalar numa finta para o golo, aos 3’. Correu, lutou e atirou ao poste de uma baliza aberta, antes de assinar o 3-0 de penálti. Não foi barato, mas também já dá milhões.n
Odysseas – Atento ao sair da baliza, aos 29’, 31’ e 63’, apenas algo atrasado aos 37’. Até nem teve de suar muito.
Lucas Veríssimo – Se Odysseas jogou pouco foi por causa de Lucas e companhia. Corte incrível a evitar o golo aos 10’.
Otamendi – Outra exibição de sonho, com incontáveis interceções, mesmo depois de amarelado por protestos.
Vertonghen – Menos vistoso do que os colegas, mas não menos certeiro na defesa.
Lázaro – Nervoso com a bola e com dificuldades a defender, saiu lesionado.
Weigl – Essencial no passe para o 1-0. Depois de estabilizar perante Pedri, dominou o meio-campo na totalidade.
João Mário – Mestre da posse de bola, grande segunda parte. Criou o 2-0 de Rafa.
Grimaldo – Sempre de pé no acelerador, excelente a atacar e bem a defender.
Rafa Silva – Que máquina! Acelerações constantes a dar cabo do juízo aos catalães e um golo de trivela.
Yaremchuk – Imponente e importante a segurar a bola. Falhou o golo por pouco.
Gilberto – Entrou muito bem e está no penálti do 3-0.
André Almeida – Centro acabou no penálti.
Taarabt – Foi não estragar. o Pizzi – Para a festa.
Gonçalo Ramos – Igual.
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