Águias regressam às vitórias e recuperam o terceiro lugar da Liga, após um triunfo sobre o Portimonense.
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O Benfica voltou às vitórias e recuperou o terceiro lugar da Liga com uma goleada sobre o Portimonense, por 5-1, depois de ter estado a perder.
A equipa de Jorge Jesus até entrou mal no jogo. Lenta no processo ofensivo e com dificuldades em segurar o meio-campo. Em parte devido à troca de Weigl (foi pai e abandonou o estágio) por Gabriel. O treinador do Benfica voltou ao sistema de três centrais. Teve ascendente, mas sem criar perigo para a baliza de Samuel Portugal.
Os algarvios cerraram linhas e mostraram-se confortáveis a defender, mas nunca deixaram de explorar o contra-ataque. Aí Beto e Aylton Boa Morte criaram problemas. Aliás, foi o Portimonense quem se colocou em vantagem após uma arrancada de Beto, que deixou os defesas encarnados para trás. Rematou forte e sem hipóteses para Helton Leite.
O golo foi um murro no estômago do Benfica. A equipa acordou da pior forma.
Rafa começou a combinar com mais frequência com Pizzi e com isso surgiram os lances de perigo. Pizzi empatou ainda antes do intervalo, após uma assistência de Grimaldo.
A etapa complementar começou como terminou a primeira... com golo do Benfica. Insatisfeito com a exibição, Jesus trocou Gabriel por Darwin. E o uruguaio marcou logo aos 50’, embora o lance tenha sido precedido de falta que passou impune pelo VAR.
Estava consumada a reviravolta e começava o festival de Seferovic. A muralha algarvia estava deitada a baixo. E o suíço sentiu que podia aproveitar para destronar o sportinguista Pedro Gonçalves da lista dos melhores marcadores da Liga. Fez o 1-3 a passe de Diogo Gonçalves e o 1-4 com assistência de Grimaldo, depois de um toque de calcanhar de Rafa. Seferovic bisava e fazia o 18º golo da Liga, mais um do que o sportinguista.
Jesus já geria o esforço do plantel quando surgiu o quinto golo, através do recém-entrado Everton. Grande arrancada, tirou o guarda-redes do caminho e fez o resultado final.
Weigl inflexível abandona estágio
Julian Weigl deixou esta quinta-feira o estágio do Benfica antes do jogo com o Portimonense, depois de se ter mostrado inflexível na sua decisão de acompanhar o nascimento da filha. Fonte oficial dos encarnados garantiu que o jogador foi devidamente autorizado a regressar a Lisboa, devido a complicações no parto, mas o CM sabe que essa permissão foi consequência da insistência do alemão.
Por volta das 4h da manhã de esta quinta-feira, Weigl soube que a mulher, Sarah Richmond, entrou em trabalho de parto - o nascimento da primogénita do casal estava inicialmente agendado para amanhã. O jogador pediu ao treinador para ser dispensado de imediato, mas Jorge Jesus tentou demovê-lo, tendo em conta a importância do jogo desta quinta-feira, dizendo-lhe que depois poderia estar com a família.
Weigl mostrou-se irredutível em voltar à capital o mais rápido possível, para não deixar a mulher sozinha durante o parto - face aos constrangimentos impostos pela Covid, só o pai pode acompanhar a parturiente. “Temos de deixar os atletas ir, óbvio. Foi com autorização”, disse Jesus após o jogo.
Beto, avançado do Portimonense, de 23 anos, fez um golo e revelou pormenores de qualidade. É possante, veloz, habilidoso e tem golo. Qualidades que justificam a cobiça dos três grandes.
O Benfica entrou mal no jogo, com dificuldades em ganhar o meio-campo e em ultrapassar a defesa algarvia. Faltou ritmo, criatividade e objetividade no jogo. Só acordou depois do golo de Beto.
Artur Soares Dias optou por um critério largo no capítulo disciplinar. Deixou a bola rolar. O maior erro terá sido o golo de Darwin (50’), quando o uruguaio, numa tentativa de ganhar posição entre os centrais, atinge Fabrício com a mão na cara. O lance é muito rápido, mas o VAR não podia ter deixado passar em claro a falta.
seferovic faminto no banquete da águia
Helton Leite – Grande defesa a evitar um segundo golo de Beto. Nada podia fazer no primeiro.
Lucas Veríssimo – Beto causou-lhe alguns embaraços, mas foi subindo de rendimento.
Otamendi – Alguma passividade no golo do Portimonense. Teve muito trabalho.
Vertonghen – Procurou os passes a rasgar a defesa. Apareceu com frequência na zona de finalização. A defender, tremeu com Beto e Boa Morte pela frente.
Diogo Gonçalves – Subiu de rendimento na segunda parte, com desequilíbrios e cruzamentos. Assistiu o suíço Seferovic no 1-3.
Gabriel – Substituiu Weigl no onze, mas revelou dificuldades para segurar o miolo. Sem criatividade. Saiu ao intervalo.
Taarabt – Irregular. Tem vontade e talento. Tentou desequilibrar, mas nem sempre com êxito. Assistiu Darwin na reviravolta (1-2).
Grimaldo – Não subiu tanto como esperado. Quando o fez criou perigo. Assistiu Pizzi no empate.
Rafa – Endiabrado, foi a gazua do Benfica para arrombar a fechadura da defesa algarvia. Nota artística no passe de calcanhar para a assistência de Grimaldo no 1-4.
Pizzi – Boas combinações com Rafa. Mérito ao fazer o golo do empate ainda antes do intervalo. Bom regresso.
Darwin – Entrou com fome. Tem um remate perigoso (46’) e marcou aos 50’. Imparável.
Gilberto – Ganhou ritmo.
Everton – Uma arrancada e um golo, depois de tirar o guarda-redes do caminho.
Pedrinho – Refrescou.
Chiquinho – Sem tempo.
O avançado suíço é agora o melhor marcador da Liga com 18 golos. Bisou num jogo em que o Benfica só acordou na segunda parte e mostrou boas combinações com Darwin.
Suíço lidera os marcadores
Com os dois golos apontados esta quinta-feira em Portimão, Seferovic regressou ao topo da lista dos marcadores da Liga. Tem agora 18 finalizações certeiras, mais uma do que Pote (Sporting). Seguem-se Mario González (Tondela) e Sérgio Oliveira (FC Porto), com 12 golos cada.
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