Manutenção da atividade foi consumada na terça-feira, depois de um acordo com os credores em tribunal, tendo evitado o seu encerramento.
O Boavista inaugurou esta quinta-feira uma campanha de angariação de fundos para ajudar a revitalizar o clube, cuja manutenção da atividade foi consumada na terça-feira, depois de um acordo com os credores em tribunal, tendo evitado o seu encerramento.
"Uma campanha para preservar um clube, uma causa que pertence a todos. O Boavista lança oficialmente a campanha 'Boavista Sempre', uma iniciativa aberta a todos aqueles que acreditam que o clube é mais do que futebol: é história, identidade, resiliência e um pilar da comunidade", vincou a direção 'axadrezada', numa nota enviada à agência Lusa.
Além da campanha financeira em curso, cujas ofertas podem ser consultadas através do sítio oficial do clube na Internet, o Boavista, que deixou de ter em outubro uma equipa de futebol sénior, invocou a responsabilidade da comunidade desportiva e da sociedade em geral na preservação de "um património com impacto nacional e projeção internacional".
"O Boavista precisa dos seus amigos, adeptos e sócios, tal como de todos aqueles que, mesmo não sendo boavisteiros, acreditam nos valores social, cultural e desportivo de um clube centenário. O clube apela igualmente ao envolvimento de parceiros e investidores alinhados com valores de abertura, participação e compromisso de longo prazo", vincou.
A campanha apresenta quatro formas de participação e permite que, a partir de um valor mínimo de 40 euros, "todos possam aderir e contribuir" para o futuro do clube portuense.
"O Boavista é um monumento vivo, que foi erguido por gerações de pessoas que nunca desistiram. Um clube que sobreviveu a momentos particularmente exigentes e que está pronto para se erguer de novo, mantendo-se fiel aos seus valores e identidade", indicou.
A campanha surgiu numa altura em que a direção presidida por Rui Garrido Pereira tem estado em negociações com entidades públicas e investidores privados, na tentativa de efetivar um plano de recuperação financeira, de maneira a garantir o futuro do Boavista.
Na terça-feira, a proposta apresentada pelo clube foi aceite em assembleia de credores, realizada no Tribunal de Comércio de Vila Nova de Gaia, possibilitando que a instituição prossiga em atividade, sob o compromisso de cobrir o défice corrente da sua exploração.
"A direção sublinha que este acordo não constitui uma solução definitiva, mas representa um passo determinante para preservar a atividade do Boavista, assegurar a sua função social e criar condições para a construção de uma solução sustentável", disse a direção, salvaguardando a prática desportiva de cerca de 2.000 atletas em diversas modalidades.
Em novembro, a administradora de insolvência do Boavista tinha solicitado ao tribunal o fecho do clube - cuja liquidação já tinha sido aprovada dois meses antes -, por estar a ocasionar prejuízos para a massa insolvente, com o consequente acumular das dívidas.
O clube detém 10% do capital social da SAD, que deveria disputar a II Liga em 2025/26, mas deixou de ter uma equipa profissional no verão e foi relegada por via administrativa para o principal escalão da Associação de Futebol do Porto (AFP), sendo 17.ª e penúltima colocada e estando a jogar como anfitriã no Parque Desportivo de Ramalde, a 2,5 quilómetros do Estádio do Bessa.
O clube inscreveu-se na quarta e última divisão distrital, mas, uma vez que está solidário com as dívidas da SAD, que contabiliza seis impedimentos de inscrição de novos atletas junto da FIFA, abdicou de competir em outubro, sem efetuar qualquer partida esta época.
A SAD, liderada pelo senegalês Fary Faye, tem alinhado com antigos e atuais atletas da respetiva equipa de sub-19, integrada na II Divisão nacional desse escalão, e ainda não resolveu as restrições da FIFA - duas incidem sobre três períodos de inscrição e quatro apresentam duração ilimitada -, que vigoraram em anos anteriores e reapareceram em março, impossibilitando, para já, a utilização dos reforços oficializados durante o verão.
O clube tinha lançado no verão uma equipa sénior independente da SAD, afetada pela ausência de pressupostos financeiros aquando do licenciamento para as competições nacionais e cujo direito de apresentar um plano de recuperação foi aprovado por maioria pelos credores, que votaram por unanimidade a continuidade da atividade 'axadrezada'.
Despromovido à II Liga em maio, após ter fechado a edição 2024/25 da I Liga no 18.º e último lugar, o Boavista concluiu um trajeto de 11 épocas seguidas no escalão principal, sendo um dos cinco campeões nacionais da história, face ao título vencido em 2000/01.
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