Treinador saiu do relvado emocianado após o último jogo pelo Sporting frente ao Sp. Braga.
O treinador Rúben Amorim agradeceu este domingo a "aventura incrível" de quase cinco anos que viveu no Sporting e mostrou-se orgulhoso por rumar aos ingleses do Manchester United como "produto do futebol português".
"Foi uma aventura incrível. Sempre pareci ter as certezas todas e saber bem o caminho, mas tive fases com algumas dúvidas. Tive muita gente que me ajudou. Vivi um contexto muito difícil quando cheguei, mas muito especial. Este contexto é difícil de repetir noutro sítio. Talvez não seja possível recriar o que tivemos aqui. O que posso dizer aos sportinguistas é obrigado por esta aventura fantástica", disse, após o triunfo por 4-2 perante o Sporting de Braga, no seu jogo de despedida pelos 'leões'.
Vencedor de dois campeonatos (2020/21 e 2023/24), de duas edições da Taça da Liga (2020/21 e 2021/22) e de uma Supertaça (2021) pelo clube de Alvalade, o técnico de 39 anos considerou que a vitória de hoje, em Braga, foi "um momento ainda marcante" do que a vitória de terça-feira sobre o Manchester City (4-1), para a Liga dos Campeões.
Rúben Amorim confessou até que a reviravolta na segunda parte é difícil de explicar, como que consumada pelo "espírito" de todos os jogadores que orientou nos 'leões' desde março de 2020, tendo dado como exemplos os nomes de Coates, Luís Neto, Antunes ou Matheus Nunes.
"Parece que toda a gente que passou por aqui nos últimos quatro anos estava lá. Já fui campeão pelo meu clube do coração [Benfica], mas este resultado foi muito especial, muito mais do que na terça-feira. Ganhámos o jogo todos juntos na minha despedida. Tinha de ser assim", sublinhou.
Apesar dos erros que cometeu e das teimosias que exibiu, Rúben Amorim diz que o Sporting "esteve sempre em primeiro lugar" até à proposta do Manchester United para substituir o neerlandês Erik Ten Hag no comando técnico dos 'red devils'.
"Esta foi a única vez em que pensei mais em mim do que na equipa, mas senti que esta era a hora de seguir o meu caminho. Se estou num sítio, sinto que tenho de estar de corpo e alma", especificou.
Além de agradecer a Frederico Varandas, Rúben Amorim também agradeceu ao presidente do Sporting de Braga, António Salvador, e ao coordenador da formação dos arsenalistas, Hugo Vieira, pela aposta para render Ricardo Sá Pinto como treinador dos bracarenses em dezembro de 2019, num período de três meses que valeu uma Taça da Liga para os minhotos e antecedeu a mudança para Alvalade.
À espera de que o Sporting bata o melhor arranque de sempre no campeonato na próxima jornada, quando receber o Santa Clara, para a 12.ª jornada da I Liga portuguesa, em 30 de novembro, e que o plantel possa rumar à Praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, para celebrar o bicampeonato, Rúben Amorim expressou ainda apreço pelo futebol luso antes de se mudar para a 'Premier League'.
"Tenho muito orgulho de ser um 'produto' do futebol português. O facto de um benfiquista ter este sucesso no Sporting mostra que o futebol português é saudável. No início, 'refilava' mais com os árbitros do que agora. Também evoluí nessa questão", referiu, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga.
O técnico avisou, contudo, que uma das situações que o frustrava como treinador era a inevitabilidade de vender jogadores, época após época, e alertou para a crescente disparidade de orçamentos entre equipas no principal escalão luso.
"Algo que me deixava muito frustrado era ter de vender jogadores. Queria dar passos em frente, porque é uma limitação do nosso futebol. Os orçamentos das equipas pequenas e das equipas grandes começam a fazer uma grande diferença no campeonato. Se não nos desenvolvermos todos, vamos ficar ainda piores. Não sei se o futebol português fica mais 'pobre' com a minha saída. Diverti-me imenso", concluiu.
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