FC Porto elimina Juventus e soma 75,9 milhões de euros na edição deste ano da liga milionária.
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Épica, difícil, feliz e muito saborosa. Assim foi a derrota (sim, derrota, 2-3) do FC Porto, esta terça-feira, em Turim, que ainda assim valeu a passagem aos ‘quartos’ e que já garantiu ao dragão 75,9 milhões de euros nesta edição da Champions. Os portistas, depois do triunfo (2-1) em casa, perderam, mas mereceram eliminar uma débil Juventus, com Ronaldo em mais uma noite não.
Na máxima força, Sérgio Conceição voltou a dar ‘baile’ a Pirlo na primeira parte em Turim. Não contou com uma prenda da defesa contrária, logo a abrir, mas apresentou uma tática de pressão alta, a criar ocasiões e mais uma vez a vulgarizar, em alguns momentos, a Juve.
Ainda assim, logo a abrir, os dragões assustaram-se com Morata, mas Marchesín esteve gigante. Depois, só deu FC Porto. A jogar na profundidade, com Marega a ganhar quase sempre perante os centrais italianos e Taremi no sítio certo para atingir a baliza contrária. Primeiro, rematou, com Arthur a cortar em cima da linha de golo e no lance seguinte atirou ao poste. Estava dado o aviso para o que viria a acontecer. Em mais uma jogada em profundidade, Marega viu Taremi na área, que acabou por ser tocado por Demiral. Penálti que Sérgio Oliveira converteu sem tremer.
A Juve, com Ronaldo muito apagado, pouco ou nada conseguiu fazer, apesar de ter mais bola. Até porque pela frente teve uma defesa de betão comandada pelo impenetrável Pepe à frente da parede Marchesín.
Tudo mudou após o descanso. A Juve, por Chiesa, marcou, após assistência de Ronaldo (o melhor que fez no jogo). Ainda em vantagem, Taremi cometeu dois pecados em dois minutos e acabou expulso. A partir daí a equipa italiana empurrou os portistas para a sua área. Marchesín conseguiu evitar quase tudo, exceto o bis de Chiesa, que igualou a eliminatória.
No prolongamento e quando se esperava pelos penáltis, Sérgio Oliveira, de livre, empatou, perante a desorientação da barreira, onde estava Ronaldo. A festa portista rebentou. Rabiot ainda fez o 3-2, mas a Juventus não conseguiu o 4-2, que lhe dava a passagem, até porque pela frente teve, mais uma vez, Marchesín e Pepe.
Sérgio Conceição volta a estar no sorteio (dia 19) dos quartos de final da Champions depois da época 2018/2019 em que caiu aos pés do Liverpool, campeão Europeu nessa época. Em grande na Champions.
Análise ao jogo
Positivo: Muro aguentou quase tudo
Se Sérgio Oliveira fez a equipa acreditar, Marchesín e Pepe evitaram que a Juve encontrasse o caminho para mais golos. Uma equipa abnegada, mesmo com dez, que sofreu quando teve de sofrer e atacou quando teve hipóteses para o fazer. Bravo.
Negativo: Milhões sem qualidade
Muitos milhões gastos e pouca qualidade. A Juve venceu, mas mais uma vez ficou pelo caminho na Champions na 1ª fase a eliminar. Ronaldo, muito apagado, foi uma sombra daquilo que já fez e mais uma vez falha o sonho de vencer a Champions com a Juve.
Arbitragem: Dúvidas nas áreas
Bem ao assinalar o penálti sobre Taremi. Depois em poucos minutos deu duplo amarelo e vermelho a Taremi. Dúvidas na mão de Uribe na área portista. No prolongamento, Marchesín toca na bola, mas depois acerta a em CR7 (61’). Juiz mandou seguir.
Análise aos jogadores
Sérgio Oliveira - Importante na guerra do meio-campo. Não tremeu no penálti. Depois foi buscar forças para fazer o golo de livre direto que colocou o FC Porto nos quartos de final da Champions.
Marchesín – Um punhado de defesas de grande nível. Manteve acesa a esperança.
Manafá – Elo mais fraco da defesa. Deu muito espaço.
Mbemba – Um corte de cabeça importante.
Pepe – Gigante. Remou contra a maré. Um guerreiro.
Zaidu – Boas arrancadas na primeira parte. Deixou Cuadrado de olhos trocados.
Uribe – Bateu-se bem no miolo. Foi o motor.
Otávio – Irreverente e desequilibrador. Um remate em jeito, mas Sczesny defendeu.
Corona – Boa arrancada e remate à figura. Agitou no prolongamento.
Taremi – Tem um cabeceamento ao ferro e sofreu a falta do penálti, mas estragou tudo com a expulsão. Em dois minutos viu dois amarelos, o segundo por chutar a bola para longe. Imperdoável.
Marega – Criou várias situações de perigo, mas ficou patente o seu desacerto. Perto do golo nos descontos.
Sarr – Acreditou. Uma bomba para defesa com os punhos do guarda-redes.
Luis Díaz– Tentou dar poder de fogo, mas ficou a defender.
Grujic – Refrescou o miolo. Desperdiçou uma boa ocasião nos descontos.
Toni Martínez – Sem bola.
Diogo Leite – Defendeu.
Loum – Refrescou.
"Preparados para sofrer"
"Vínhamos preparados para sofrer e criar dificuldades à Juventus. Fomos uma verdadeira equipa. Fizemos um trabalho fantástico." Foi desta forma que Sérgio Conceição caracterizou o desempenho da sua equipa, que garantiu a passagem aos quartos de final da Liga dos Campeões, apesar de perder 2-3.
O técnico do FC Porto destacou ainda que com a "expulsão de Taremi (55’)" os dragões foram "buscar o ADN do FC Porto". "Sofremos os golos, mas acreditámos sempre que podíamos passar. Só tenho de dar os parabéns à equipa pelo jogo fantástico", prosseguiu.
Conceição abordou ainda o livre que valeu o golo a Sérgio Oliveira e a passagem. "Temos três soluções para um lance naquela zona. Ele optou por rematar rasteiro e ainda bem", explicou o treinador, revelando o que disse antes do prolongamento: "Era preciso um pouco mais de cada um e disputar todos os lances."
Dragão é 4.º da Europa com maior dívida a curto prazo
No final da época passada, o FC Porto era o 4º clube europeu com a maior dívida financeira a curto prazo, conclui um relatório da consultora KPMG a que o CM teve acesso. Os 120,4 milhões de euros que, a 30 de junho de 2020, os dragões tinham por pagar no espaço de um ano em empréstimos (bancários, obrigacionistas e pelo avanço de receitas futuras) só são superados por Barcelona (268,5 M €), Tottenham (193,3 M €) e Juventus (134,3 M €). Em relação a todo o montante que os clubes terão de pagar nos próximos anos, os azuis-e-brancos descem para o 8º lugar da lista, com 251,7 M €. Refira-se que, entretanto, no fim do primeiro semestre da época em curso (a 31 de dezembro de 2020), os montantes dos empréstimos do FC Porto por liquidar já tinham aumentado para 141,6 M € (a pagar em 12 meses) e 297,3
M € (valor total).
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