Vendas de Galeno e Nico garantem mais-valias que compensam o défice operacional
O jackpot no mercado de transferências de janeiro, com as vendas de Galeno e Nico González, permitiu ao FC Porto fechar a época 2024/25 com um lucro recorde de 39,2 milhões de euros. Eis o resumo essencial das contas apresentadas esta quarta-feira à CMVM.
Os proveitos operacionais baixaram 14%, para 149,5 milhões, devido à ausência da Liga dos Campeões. A presença no Mundial de Clubes, que rendeu 17 milhões líquidos, permitiu atenuar essa quebra. A despesa, por sua vez, teve uma redução superior, de 17%. O corte nos custos com pessoal (de 89,4 milhões para 81,9 milhões) e nos fornecimentos (menos 10 milhões, para 46,7 milhões) baixaram os gastos para 147,1 milhões. Daí que o resultado operacional seja positivo em 2,4 milhões.
Só que as contas são penalizadas por outras categorias. A amortização das compras de jogadores custou 34,4 milhões, enquanto as operações financeiras implicaram perdas de 23,5 milhões. Os impostos levaram outros 4 milhões e os interesses minoritários outros 1,7 milhões. Tudo somado, seria um prejuízo de 61,2 milhões.
Só que a alienação de jogadores compensa este buraco. Depois de descontados custos de 71,1 milhões (como comissões e percentagens de outros clubes) numa receita bruta de 171,5 milhões, a mais-valia com jogadores (vendas, empréstimos ou bónus de negócios antigos) é de 100,4 milhões. Galeno (34,9 milhões líquidos dos 50 milhões pagos pelo Al Ahli) e Nico González (30,9 milhões de mais-valia face aos 60 milhões entregues pelo Man. City) são os negócios mais impactantes que ajudaram a chegar ao lucro final de 39,2 milhões.
A reestruturação financeira, com troca de dívida de curto prazo por créditos mais longos, melhorou o fundo de maneio (o valor negativo baixou de 243,3 milhões para 31,2 milhões). Contudo, o valor dos empréstimos aumentou 25 milhões, para 272,5 milhões. Como o valor em caixa era de 18,4 milhões, a dívida líquida aumentou 4% para 254,1 milhões.
Défice de 35 milhões no mercado de verão
José Pereira da Costa, administrador financeiro da SAD do FC Porto, aproveitou a apresentação das contas de 2024/25 para fazer um balanço do mercado de transferências de verão (a maioria das operações foram feitas já no atual exercício). Os dragões gastaram 112 milhões em contratações (estão previstos gastos extra de 11 milhões) e receberam 77 milhões pelas saídas (mais 5 milhões em bónus). É um défice de 35 milhões permitido pelo balanço positivo das duas janelas de transferências anteriores. Pereira da Costa assegurou ainda que a SAD cumpre o fair-play financeiro da UEFA e destacou a melhoria nos capitais próprios (o valor negativo baixou de 113,7 milhões para 10,4 milhões).
Ambição na Liga Europa e central em janeiro
“Na Liga Europa gostaríamos de ir mais longe [face ao play-off da época passada] ou até ao fim, porque quanto mais longe formos melhor para as contas”, respondeu José Pereira da Costa sobre a importância da Liga Europa para as contas da SAD do FC Porto. Já o presidente portista admitiu contratar um central em janeiro. “Não tem de ser obrigatoriamente uma compra, mas potencialmente um empréstimo. O técnico irá decidir”, explicou André Villas-Boas.
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