João Gabriel diz que Bruno de Carvalho adota uma atitude que é prejudicial para o futebol.
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Correio Sport – Após 8 anos a trabalhar na comunicação do Benfica, saiu de forma inesperada. Porquê?
– Pode ter parecido inesperada para fora, mas internamente foi tudo preparado atempadamente. Desde fevereiro que o presidente e o Domingos [Soares Oliveira] conheciam a minha decisão. Aliás, não apenas conheciam como compreenderam.
– No ar ficou a ideia de uma saída mal explicada. Saiu desgastado com alguma situação ou com alguém?
– Não sei de onde é que essa ideia pode ter surgido. As razões da minha saída têm que ver apenas com o desgaste destes 8 anos. Nada mais do que isso. Ninguém pode questionar nem o trabalho, nem a dedicação que dei ao Benfica nestes últimos anos.
– Luís Bernardo foi uma boa escolha para lhe suceder?
– Sem dúvida. Tem a competência e a experiência necessárias para fazer o lugar sem quaisquer dificuldades. Vai dar um cunho pessoal diferente, como ele já teve oportunidade de o dizer, e é normal que assim seja, cada pessoa tem uma visão e ideias próprias. Mas no final do dia o que conta é a defesa do clube, e nesse capítulo nada vai mudar.
– O que está a fazer agora?
– A escrever, a ver séries, a ir ao cinema, a ler um livro por semana, coisa que já não fazia há anos, embora continue longe da média do presidente Marcelo [risos], a ver oportunidades no Médio Oriente, num mercado que vai ter o Mundial em 2022, a Expo em 2020, e onde o futebol é uma aposta forte.
– Saiu com o Benfica tricampeão. Qual a sua quota-parte nesse êxito?
– A mesma que qualquer um dos mais de 400 funcionários do Benfica. Fiz parte de um enorme puzzle em que cada um à sua medida foi relevante naquilo que fez para o sucesso do clube. No Benfica, o sucesso é fruto do coletivo. É evidente que quem ganha o campeonato são os jogadores, mas não se pode ignorar tudo o que ao longo do ano é feito de forma invisível por centenas
de pessoas no Estádio da Luz
e no Seixal.
– A comunicação no futebol dos grandes clubes é hoje um fator fundamental e decisivo?
– É importante porque, na verdade, tudo o que fazemos hoje é comunicação. Mesmo quando não falamos, estamos a comunicar. Hoje em dia, tudo é comunicação. Uma organização, seja um clube de futebol, seja o governo, seja uma empresa, é uma rede comunicacional. Se a comunicação falha, a organização também vai falhar.
– Portanto, sem uma boa comunicação, é mais difícil atingir os objetivos desportivos, nomeadamente ser campeão?
– Sem dúvida. Mas, repito, o papel e a importância da comunicação valem para o futebol como para qualquer outra área de atividade.
– Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, disse que o futebol tem
quatro componentes extremamente importantes: 25% treinador, 25% plantel, 25% comunicação social e 25% o que envolve a arbitragem. Concorda com a afirmação?
– Não vou comentar, até porque isso foi dito num contexto crítico para justificar o facto de o Sporting não ter ganho o campeonato. Mas pela entrevista desta semana do seu treinador acho que a proporção devia ser 95% treinador, 5% plantel e tudo o resto 0% [risos]. O que vale a pena dizer é que, por muito boa que seja a comunicação, nenhum clube vai ganhar campeonatos, nem sequer atingir os seus objetivos, se não tiver uma excelente equipa de futebol. Portanto, sim, a comunicação é importante, mas sem bons jogadores, sem uma boa equipa técnica e uma estrutura capaz, não há comunicação que resulte.
- Considera-se um profissional da comunicação que trabalhou no Benfica ou um benfiquista que fez a comunicação do clube?
- Considero-me um profissional da comunicação que é benfiquista e que teve a felicidade de trabalhar no seu clube no período de maior sucesso desportivo e financeiro das últimas quatro décadas.
- A história dos vouchers foi bem gerida no Benfica do ponto de vista da comunicação?
- Foi um ano atípico, e não foi bom para o futebol português o clima de crispação que se gerou. Quando o presidente de um clube se assume, ao mesmo tempo, como pirómano mediático, os jornais têm matéria praticamente diária, e o nível de ruído que se gera é incontrolável. Havia duas opções: ou intensificar o incêndio e seguir o caminho por onde o Sporting tinha entrado, ou manter a serenidade e assumir uma postura responsável. Não foi fácil, mas optámos pela segunda. Se o Benfica tivesse respondido com o mesmo nível de agressividade teria sido uma fórmula perigosa para o futebol português. Creio que o Benfica fez o que tinha de fazer e agora os tribunais farão a sua parte.
- Defendeu, como Luís Filipe Vieira, que o silêncio era a melhor resposta?
- Defendi que era o mais sensato. E não mudei de ideias. Este ano, por exemplo, teria do muito fácil ao Benfica explorar a questão de o filho do presidente do Conselho de Arbitragem ter sido contratado pelo Sporting, e, mais uma vez, e bem, não o fez.
- Mas acha que o filho do presidente do CA deva ser prejudicado pelas funções do pai?
- Nada disso. A única coisa que estou a dizer e que vale a pena sublinhar é que se esta situação se passasse com o Benfica, o que é que já não teria sido dito e escrito... Onde é que já andaria o nível de suspeição? Pessoalmente, estou convencido de que este episódio não afeta a independência do presidente do CA.
- Aceitaria um convite de Bruno de Carvalho para trabalhar no Sporting?
- Tenho o maior respeito pelo Sporting enquanto instituição, mas esse é um cenário que nunca se colocará, porque há uma incompatibilidade inultrapassável que seguramente é mútua.
- Ficou surpreendido por o Sporting e Jorge Jesus terem lutado pelo título até à última jornada do campeonato logo no primeiro ano no clube?
- Sabe o que me deixa verdadeiramente surpreendido? Não, não foi o facto de o Sporting ter discutido o título até ao fim, até foi algo que valorizou mais o ‘tri’ do Benfica e que foi normal em função
do investimento que fizeram. O espírito crítico desapareceu no Sporting, e isso é verdadeiramente surpreendente.
- Que quer dizer com isso?
- Não acho normal que um treinador diga que antes dele o clube era zero e depois dele será o caos e que ninguém lhe recorde que o Sporting é uma instituição centenária com uma história riquíssima. Ou que ninguém lhe recorde que a sua legitimidade não vem das urnas e que é um funcionário remunerado principescamente e que veio para o clube não por paixão, não por espírito de missão, mas, sim, por um contrato de vários milhões que até já foi melhorado, numa renovação antecipada. Não entendo como é que alguém que é treinador se veste de presidente e todos acham normal. A começar pelo presidente eleito.
- Jorge Jesus diz que há perfeita sintonia com Bruno de Carvalho...
- Creio que será mais correto falar de uma tolerância recíproca. Que vai passar fatura no futuro.
- Dava-se bem com Jorge Jesus quando ele treinava o Benfica?
- Vou responder de outra forma. Nos anos em que Jesus treinou o Benfica, nunca lhe faltei com nada, contou sempre com o meu apoio e total empenho, e vivemos algumas situações bem difíceis. Se alguém disser o contrário, está a mentir.
- O treinador do Sporting garante que Bruno de Carvalho lhe deu tudo o que pediu para reforço da equipa para este ano. Se o Sporting falhar, é uma derrota pessoal do treinador?
- Vão cobrar-lhe isso apenas por uma razão: pela quantidade de vezes que usa o ‘eu’ no sucesso, nas mudanças, na melhoria da estrutura, portanto, é normal que, em caso de não ganhar, todos aqueles que foram excluídos na partilha de méritos lhe recordem que deve continuar a falar no ‘eu’.
- Jesus foi o melhor treinador da história do Benfica?
- É normal que ele pense que sim, mas não é. É um treinador que ganhou o seu lugar
na história do Benfica, como
o Rui Vitória também já o conquistou. Mas, face a todas as condições que teve ao longo de seis anos, deveria ter deixado mais títulos na Luz.
- Acha que não tem capacidade para treinar um grande clube europeu?
- Tem muitas qualidades, mas também muitas lacunas que não tem corrigido. E, pelos vistos, acha que não precisa de corrigir. Não é um treinador exportável, pelo menos para os clubes que
ele acha merecer.
- A forma de comunicar de Bruno de Carvalho é o seu calcanhar de Aquiles? Que conselho lhe daria para ter melhor desempenho, se é que acha que ele deve ter melhor desempenho?
- Não vou fazer esse exercício de análise. Acredito que ele pense que aquilo que fez até agora foi a melhor forma de afirmar a sua liderança e de defender o clube. Ele, melhor do que ninguém, fará essa análise com a ajuda daqueles que o rodeiam, mas o nível de ruído que trouxe ao futebol português no ano passado é perigoso e prejudicial para a indústria que ele tantas vezes diz que quer valorizar.
- Alguma vez falou com o atual presidente do Sporting?
Se a memória não me falha, uma vez, a seguir ao jogo Benfica-Sporting, em 2014, que foi interrompido pelo problema na pala da bancada. No dia seguinte, houve uma reunião na Luz com os presidentes dos clubes, delegados, polícia, bombeiros e o responsável da Martifer de forma a fixar o dia para a repetição do jogo. Chegou-se a um entendimento, que foi consensual, já não me lembro que dia da semana é que foi escolhido, mas lembro-me de que houve acordo entre todos. Na manhã seguinte chegou um fax à Luz, de 6 ou 7 páginas, em que se dizia que o presidente do Sporting tinha sido coagido a aceitar aquela data.
- Luís Filipe Vieira telefona-lhe a pedir conselhos ou sugestões?
- Falamos de vez em quando, mas nada de conselhos, que para isso há quem lhos possa dar em Lisboa. Destes 8 anos ficou uma sólida amizade e por isso é normal falarmos.
- Algumas vezes esteve em desacordo com o presidente do Benfica?
- Quando se trabalha com uma pessoa com uma personalidade e caráter tão fortes como tem o presidente do Benfica, se estamos ali sempre para dizer sim, não estamos a fazer nada. O papel de qualquer um dentro daquela estrutura é dar a sua opinião. Às vezes não coincide, mas é esse o nosso papel. O de Luís Filipe Vieira é decidir.
- Disse há meses que Vieira é a única pessoa que não pode sair do Benfica. É insubstituível?
- Não, ninguém é insubstituível. Mas creio que o projeto de Luís Filipe Vieira não está concluído. Ele deve ter a oportunidade de deixar o Benfica como o imaginou quando chegou. O caminho feito até aqui foi extraordinário, mas sei que o projeto não está concluído. Ele, melhor do que ninguém, terá a noção do tempo certo para sair.
- Admite voltar ao Benfica?
- Ninguém que trabalhou no Benfica sai do Benfica. Logo, não posso voltar a um lugar de onde não saí [risos].
- Acredita ter criado um estilo na forma de fazer comunicação nos clubes?
- Não tive essa preocupação. Quando entrei no Benfica, tinha passado pela política e pela comunicação empresarial. Os princípios são transversais, mas é evidente que há sempre coisas muito específicas e no futebol essa especificidade acentua-se. Se há uma marca pessoal? Naturalmente que sim, porque cada um de nós tem características próprias que transportam para aquilo que faz. Há 8 anos, a comunicação não era vista como uma componente essencial na vida dos clubes, essa visão alterou-se radicalmente. Hoje todos têm noção do peso e da importância que a comunicação tem. Creio ter contribuído para essa mudança de perceção.
- Mas nem sempre conseguiu ser consensual entre os benfiquistas…
- Está enganado. Isso é algo que nunca se consegue num clube com a dimensão do Benfica. Uns achavam que nunca devíamos responder às insinuações e acusações que nos faziam, outros entendiam que devíamos ser mais agressivos e responder a tudo. Procurei sempre não ir a nenhum desses extremos, mas reconheço que o espírito crítico e a diversidade de opiniões que há no Benfica são enormes, e essa também é uma das suas principais riquezas.
- Os seus ‘tweets’ eram uma forma mascarada de dizer o que ao Benfica ficava mal dizer institucionalmente?
- Nunca pensei nisso dessa forma, mas apenas porque era um meio mais imediato
e menos formal de reagir em determinados momentos.
- Há quem tenha adotado procedimentos idênticos. Que acha disso?
Não tenho nada que achar, mas as cópias valem sempre menos.
- O seu clube de infância era o Benfica?
- Em fevereiro do próximo ano recebo o emblema de prata do clube.
- O Benfica está hoje muito à frente dos rivais em termos de organização interna?
- Não conheço a realidade do Sporting e do FC Porto, sei o que é a organização do Benfica, os permanentes desafios internos que se colocam, a forma como ao mesmo tempo inovam e absorvem as melhores práticas de outros clubes, uma estrutura que não para de crescer mas continua a manter a mesma agilidade e a ambição do primeiro dia em que entrei no clube. E, quando temos uma organização motivada que mantém a fome de excelência, é mais fácil alcançar os objetivos.
- Rui Vitória é um bom comunicador?
- Quando alguém consegue manter o rumo que definiu quando chegou ao Benfica, ignorando todo o ruído,e era muito, que havia à sua volta, convicto do seu trabalho e ‘arrasta’ toda a equipa atrás dele, só pode ser um bom comunicador.
- O que falta ao Benfica para ser campeão europeu, após ter recuperado a hegemonia no futebol português?
- Temos de ter a noção do que estamos a falar. Discutir o título máximo do futebol europeu com clubes com orçamentos 10 vezes superiores ao do Benfica não é fácil, pode acontecer, e é por isso que o futebol é apaixonante, mas no campo das probabilidades é evidente que é mais difícil o Benfica ser campeão europeu do que um Real Madrid, Barcelona, Bayern, Manchester United, City e por aí fora. Acho que o Benfica deve ter a ambição de chegar lá, mas a noção da dificuldade que é!
- A venda de Renato Sanches por 35 milhões (mais 45 por objetivos) é o maior triunfo da recente aposta do Benfica na formação?
- Não. O maior triunfo da formação é ter finalmente conseguido que jogadores das camadas jovens do clube tenham alcançado a primeira equipa, e ter provado que se consegue ganhar com jovens dentro de campo. Haverá mais jovens já identificados nos escalões de formação do Benfica, e, como o mais difícil já está feito – foi feito na época passada –, creio que teremos boas surpresas nos próximos anos. Um dos livros que li recentemente fala precisamente dos jovens e do eterno debate sobre se é viável ganhar ou não com miúdos na primeira equipa, o livro chama-se Liderança e é de Alex Ferguson. Diz ele o seguinte: "Os jovens injetam um espírito fantástico numa organização, nunca se esquecem da pessoa ou organização que lhes deu a primeira grande oportunidade. Para os jovens jogadores, nada é impossível, e vão tentar atravessar uma vedação de arame farpado, enquanto os jogadores mais velhos procuram o portão. Nunca se consegue ganhar nada sem miúdos." O mais importante foi deixar chegar estes jovens à primeira equipa. Se for necessário, vão atravessar o arame farpado.
- Mas faz sentido pagar 22 milhões de euros por Jiménez, 16 por Rafa e 15 por Pizzi depois de se ter eleito como prioridade estratégica do clube a aposta na formação?
- Vamos por partes. Jiménez foi dos jogadores mais decisivos do tri; Pizzi, dos mais regulares, e Rafa, uma das revelações do campeonato. O Benfica tem capacidade para fazer o investimento e cumprir com o fair play financeiro, acredita nas capacidades dos jogadores e no retorno desportivo e financeiro que eles podem dar ao clube. Quanto à aposta na formação, ela vai manter-se. O Rui Vitória – já o demonstrou no ano passado – tem sensibilidade para gerir bem o equilíbrio entre jogadores formados e jogadores da formação. Havendo qualidade nas camadas jovens, e há, o Rui irá dar oportunidades aos mais jovens. Há muitas competições, e a época é longa.
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