Treinador desvaloriza possíveis saídas de futebolistas e explica que para jogar numa equipa grande é preciso enfrentar a concorrência.
Confrontado com as notícias que apontam à saída de jogadores como Pizzi, Odysseas e Gonçalo Ramos, Jorge Jesus recusou a insatisfação dos jogadores. "Isso dá vontade de rir, a mim e aos jogadores nomeados. O Pizzi só não fez quatro jogos por problemas de Covid. De resto, jogou sempre. É o jogador do Benfica com mais minutos", disse o treinador encarnado na antevisão à receção de hoje (18h00) ao Boavista, da 23ª jornada da Liga.
Ainda assim, o técnico aproveitou o caso do guarda-redes para deixar um recado: "O Ody estava a jogar. As mudanças na baliza são mais sensíveis. Achei que era o momento de mudar e mudei. Está igualmente feliz e contente? Isso não existe, os jogadores são mais felizes quando jogam. Mas é assim numa equipa grande. Se queres jogar todos os domingos tens de estar numa equipa do meio da tabela para baixo. Se tens nível alto e queres uma equipa com concorrência, é assim."
Jesus também falou da estabilidade defensiva dada pela nova dupla de centrais e de como isso afeta Vertonghen, regressado de lesão: "Clinicamente está curado. Mas fisicamente está como antes? Nem pouco mais ou menos. Agora vai ter de recuperar o espaço dele. Lucas e Otamendi têm feito uma dupla forte. Temos vindo a melhorar defensivamente. Vai ter de esperar pela oportunidade dele."
Outro jogador que mereceu a atenção do técnico foi Darwin. "Vai a jogo, está convocado como o Vertonghen. O Darwin começou a temporada a um nível muito alto que nos surpreendeu. Nas últimas semanas teve um problema de lesão que o incomodou. Ele tem de saber suplantar a dor dessa lesão. Mas não estava habituado a esse processo e baixou um pouco. Agora estamos a puxá-lo para cima e está mentalmente mais equilibrado. Vai ser convocado. Temos de o recuperar", explicou o treinador.
PORMENORES
Alterações táticas
Jorge Jesus defende que o futebol "vai avançar para que as equipas tenham um sistema padrão e várias alternativas", com os treinadores a mudarem a tática durante os jogos, como no basquetebol ou no andebol.
Jogo diferente da 1ª volta
O Boavista foi a primeira equipa a derrotar o Benfica na Liga: a 2 de novembro, no Bessa, na 6ª jornada, os axadrezados venceram as águias por 3-0. Jesus diz que na Luz será um "jogo completamente diferente", pois o treinador é outro: Jesualdo Ferreira substituiu Vasco Seabra após a 9ª ronda.
Segurança defensiva
O Benfica não sofreu golos nos últimos quatro jogos para provas nacionais (3 partidas da Liga e 1 da Taça de Portugal). E se a série começou com um nulo frente ao Farense, os três encontros mais recentes, já com Lucas Veríssimo a titular, acabaram com a vitória das águias: 2-0 ao Rio Ave e 3-0 ao Belenenses SAD, para a Liga, e 2-0 ao Estoril na Taça de Portugal.
Portimão é caso único
O Boavista tem só uma vitória na Liga fora de casa (2-1 com o Portimonense), somando ainda sete empates e três derrotas.
Matic é sonho "muito difícil"
"Matic ainda está em grandes condições físicas e atléticas e tem qualidade técnica. Penso que é muito difícil ele regressar ao Benfica, porque é o tipo de jogador com contratos que as equipas em Portugal não têm possibilidade de dar", disse esta sexta-feira Jorge Jesus.
Fc Porto foi "brilhante"
"O FC Porto fez uma eliminatória brilhante contra a Juventus, que aumentou a pontuação no ranking para Portugal. Passou num estádio onde nós também já fomos felizes, na meia-final da Liga Europa. Parabéns ao FC Porto pelo feito", afirmou Jorge Jesus.
Descanso curto para "apagar más sensações"
Num longo artigo publicado no jornal oficial do clube, com o título ‘Benfica 2020/21, as razões’, os encarnados explicam cronologicamente o que motivou a crise de resultados, a começar pelo facto de os jogadores só terem tido sete dias de férias. "A época prolongou-se no tempo e não puderam ser apagadas as más sensações da temporada anterior", que "terminou em condições emocionais delicadas após se ter desperdiçado uma vantagem de 7 pontos na Liga e da derrota com o FC Porto na Taça de Portugal", escrevem as águias.
O Sporting é visado várias vezes. É referido o maior descanso dos leões entre o último jogo oficial de 2019/20 e o primeiro desta época (61 dias em vez dos 45 das águias) e que estiveram mais "relaxados" durante a época face à não participação na fase de grupos da Liga Europa. É relembrado que Palhinha jogou no dérbi e que ainda não cumpriu um jogo de suspensão por ter visto o 5º amarelo na Liga.
As arbitragens são outro motivo apontado para a crise, com os encarnados a queixarem-se de um prejuízo "mínimo de 6 pontos" devido a penáltis não assinalados. E é salientado que o Benfica não tem nenhum castigo máximo a favor, quando o FC Porto tem "em 50% dos jogos" e Francisco Conceição, "o fenómeno", sofreu "duas faltas para penálti em 40 minutos".
Volta a ser recordado que a Covid afetou o grupo de trabalho em vários momentos, com destaque para o "caos pós-Dragão com 28 casos" e para os três jogos sem Jorge Jesus no banco. Lamenta-se, ainda, a chegada tardia de Lucas Veríssimo, não só porque o Santos disputou a final da Taça Libertadores a 30 de janeiro, mas também devido aos voos suspensos.
Arranque com vários contratempos
O Benfica recorda que foi afastado da Champions numa eliminatória só a uma mão, no estádio do adversário e que nas semanas antes teve 13 jogadores nas seleções.
Lesão de André Almeida
As águias apontam problemas na defesa após a venda de Rúben Dias ao Man. City e a lesão grave de André Almeida. E Grimaldo também falhou alguns jogos devido a lesão.
Críticas a adversários no campeonato
O Benfica lamenta o "jogo dividido em dois dias" com o Santa Clara (1-1) devido ao mau tempo e critica o Nacional (1-1) por não ter adiado o jogo devido ao surto de Covid.
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