Detentor do troféu cai frente ao Sp. Braga sem brilho, passando grande parte do tempo encolhido na sua área após a expulsão de Bolasie.
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Foi um Sporting encolhido e de cabeça perdida que esta terça-feira foi derrotado pelo Sp. Braga (2-1) nas meias-finais da Taça da Liga, competição onde defendia o troféu.
Jorge Silas estava ciente das dificuldades para travar o ataque bracarense e apostou num ferrolho à frente da defesa, com Battaglia e Doumbia. Mas não resultou. Os leões atrapalhavam-se uns aos outros e revelavam uma dificuldade gritante para sair a jogar com a bola.
A pressão bracarense resultava com facilidade e foi precisamente numa dessas ações que Ricardo Horta inaugurou o marcador. Battaglia perdeu a bola e esta chegou aos pés de Ricardo Horta, que rematou em arco fora do alcance de Max.
Os leões acusaram o golo, mas era tudo muito difícil. Uma equipa sem rotinas, desconfortável com a bola no pé e sempre aflita no setor defensivo. Mas quem tem Bruno Fernandes tem talento. E foi o capitão leonino que inventou o golo do empate. Rápido na marcação de um livre, acabou por isolar Mathieu, que dominou e rematou perante a saída de Matheus para o 1-1.
Chegou o intervalo e uma ligeira reação do Sporting. A conversa de Silas parecia ter surtido efeito e a troca de Doumbia por Bolasie até estava a resultar. Os leões até viviam o seu melhor período no jogo. Bruno Fernandes, num canto, colocou a bola na cabeça de Battaglia, mas Matheus fez a defesa da noite.
Uma entrada impetuosa de Bolasie sobre Sequeira acabou por deitar tudo a perder. O sportinguista quase escapava impune, mas o vídeo-árbitro confirmou uma entrada de sola. O extremo acabou expulso.
Silas assumiu demasiado cedo a pretensão de defender o empate. Tirou o ponta de lança Luiz Phellype e fez entrar o defesa-central Luís Neto. Numa tentativa de ganhar mais uma vez a lotaria dos penáltis, acabou por atirar a toalha ao chão.
O leão encolheu-se na sua área. Com medo de sofrer um golo. Foi resistindo a custo ao melhor futebol bracarense, onde Galeno e Paulinho eram os mais inconformados. O golo da vitória surgiu por Paulinho no último minuto. Um tento que repôs a justiça.
O leão encheu-se de brio e quis atacar. Não tinha cabeça nem capacidade. Mathieu teve uma entrada fora de tempo sobre Esgaio. Percebeu que seria expulso. Gerou-se um sururu com os suplentes e o guarda-redes minhoto, Eduardo, e o defesa leonino Borja também acabaram expulsos.
Galeno comandou tropas arsenalistas
Esgaio – Sempre projetado no ataque, deu que fazer a Acuña. Surpreendido pelo passe rápido no empate. Subiu ainda mais após o intervalo.
Tormena – Estava a fazer uma exibição competente, mas também foi surpreendido no golo de Mathieu.
Bruno Viana – Luiz Phellype deu pouco ou nada que fazer. Exibição tranquila.
Raul Silva – Bem nas dobras a Sequeira. Depois, já a lateral, assistiu Paulinho (2-1).
Sequeira – Criou vários desequilíbrios na defesa leonina. Boas combinações com o extremo Galeno.
Fransérgio – No equilíbrio de forças a meio-campo esteve sempre em bom plano. Grande passe no 1-0. Uma grande chance que Max defendeu.
Novais – Num papel mais defensivo, não comprometeu mas também não se destacou. Bateu dois livres que levaram perigo à baliza dos leões.
Ricardo Horta – Um grande golo logo a abrir. Acumulou alguns erros no plano defensivo. Perto do bis aos 58’.
Paulinho – Bem a jogar de costas para segurar a bola. De frente para a baliza na única chance que teve deu a final ao Sp. Braga.
Galeno - Já estava a ser o melhor no primeiro tempo. No segundo foi ainda mais importante. Deu cabo da defesa leonina. Merecia o golo.
Trincão – Entrou mal. Más decisões e até uma simulação na área dos leões.
Rui Fonte – Mais um na frente que teve pouca bola.
André Horta – Ajudou a equipa a encostar ainda mais o Sporting lá atrás.
Bruno a espaços no jogo do adeus?
Ristovski – Exibição pobre do lateral-direito macedónio. Estendeu a passadeira para Galeno passar.
Coates – Primeira parte fraca do uruguaio. Melhorou um pouco no segundo tempo, principalmente pelo ar.
Mathieu – Um golo pleno de oportunidade e de experiência. Depois, em cima do minuto 90’, deixou Paulinho fugir no 2-1. De cabeça perdida, varreu Esgaio e foi expulso.
Acuña – Deu espaço em demasia para Ricardo Horta marcar. Pouco rigor defensivo e sem atrevimento no ataque.
Doumbia – Mais avançado no terreno pouco se viu. Apenas um remate de primeira digno de registo. O primeiro a ser sacrificado.
Battaglia – Regresso com mais baixos do que altos. Perdeu a bola que resultou no golo de Ricardo Horta. Um cabeceamento perigoso.
Wendel – Algumas boas arrancadas que, a espaços, estenderam o jogo leonino. Após a expulsão apagou-se, tal como o resto da equipa.
Camacho – O primeiro remate com perigo foi dele. Ainda assim, tanto na esquerda como na direita pouco se viu, nem na ajuda defensiva.
Bruno Fernandes - Não fez um grande jogo, mas esteve nos principais lances. Um remate perigoso e a assistência para o golo do empate. Terá sido o adeus?
Luiz Phellype – Presa fácil para os defesas minhotos. Um remate por cima em mais uma noite para esquecer do avançado brasileiro.
Bolasie – Quinze minutos em campo e expulsão. Tudo o que o Sporting não precisava. Decisivo para a derrota.
Neto – Entrou para tentar levar o jogo para os penáltis. Sem sucesso.
"Expulsão não faz sentido nenhum"
ANÁLISE
+ Postura bracarense
O Sp. Braga assumiu o jogo. Nunca se intimidou com o estatuto de ‘grande’ do Sporting e foi à procura da vitória. Pressionou, causou desequilíbrios e acabou premiado com dois golos. Um triunfo justo da melhor equipa em campo.
- Sururu no final
Bolasie foi impetuoso e acabou expulso. Mathieu perdeu a cabeça, com uma entrada violenta para expulsão. Não se percebe é a confusão entre os jogadores e os suplentes, que conduziu ainda às expulsões de Eduardo e de Borja. O futebol não é isto. Bem nas
Expulsões
A arbitragem de Nuno Almeida foi positiva. Bem auxiliado na expulsão de Bolasie pelo VAR, bem no vermelho a Mathieu e igualmente em bom plano na resolução do sururu. Expulsou mais dois prevaricadores. Golo bem validado a Mathieu.
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