A edição de hoje
Emídio Guerreiro diz que candidatura demonstra a competência dos portugueses.
O secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, disse esta quarta-feira à agência Lusa que a candidatura do antigo futebolista Luís Figo à presidência da FIFA demonstra a competência dos portugueses.
"A candidatura de um português a um dos mais altos cargos do desporto mundial é sempre um motivo de relevo e demonstra que o nosso país tem quadros competentes e capazes que estão à altura de importantes desafios como é o caso de uma candidatura à presidência da FIFA", afirmou o governante.
"Desejo as melhores felicidades ao Luís Figo, esperando que consiga atingir o seu objetivo de presidir ao organismo que regula internacionalmente o futebol", concluiu Emídio Guerreiro.
Fernando Gomes diz que é "uma honra"
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, disse esta quarta-feira é "uma honra" para o organismo apoiar a candidatura à presidência da FIFA de Luís Figo, uma "pessoa capaz" de assumir o cargo.
"É uma enorme honra para a Federação Portuguesa de Futebol apoiar e suportar a candidatura de Luís Figo à presidência da FIFA. Dissemos no início do nosso mandato que tudo faríamos para que a FPF tivesse uma maior representatividade nos órgãos de decisão do futebol mundial. Este é mais um passo", disse, numa declaração ao sítio da FPF.
Garantindo o apoio total da FPF ao mais internacional dos futebolistas portugueses (127), Fernando Gomes elogiou a "enorme coragem [de Figo] em tomar esta decisão de se apresentar como candidato à FIFA".
"O Luís já demonstrou que é uma pessoa capaz. (...) Reconheço no Luís Figo enormes capacidades para poder desempenhar cabalmente a função, caso venha a ser eleito. É um processo que não é fácil. É uma eleição difícil, mas o Luís, com a sua tenacidade e com a sua capacidade, não deixará de fazer valer os seus pontos de vista sobre o que o futebol necessita", afirmou.
Para Fernando Gomes, esta é a altura de Luís Figo, como o próprio disse, "poder contribuir com o seu conhecimento, com a sua dedicação e com o seu trabalho para fazer alguma coisa pelo futebol", depois do muito que a modalidade lhe deu.
AFL ambiciona vitória do antigo jogador
A Associação de Futebol de Lisboa (AFL) disse esta quarta-feira ambicionar que Luís Figo seja eleito presidente da FIFA, no Congresso do organismo de 29 de maio, ambicionando que o português seja a voz do futebol amador no organismo.
"A AFL congratula-se pela mesma [candidatura], desejando que uma figura referencial do futebol português alcance a merecida e desejada vitória. A candidatura de Luís Figo não pode deixar de ser vista, pela AFL, como uma oportunidade única do futebol amador ter voz na mais alta instância do futebol internacional", lê-se num comunicado da estrutura lisboeta.
"A AFL não esquece que Luís Figo é, também ele, um produto do futebol amador de Lisboa, mas reconhece, igualmente, que Luís Figo não é património único do futebol português, mas, sim, um desportista do mundo", remata o comunicado.
"Em tudo o que Luís tiver necessidade não o deixaremos de apoiar. Mas acima de tudo é uma decisão dele próprio e será o Luís, com a sua enorme vontade e capacidade, que terá de desenvolver [contactos] e mostrar a todos os países que participam na eleição que tem condições para desempenhar cabalmente a função a que agora se candidata", concluiu.
Mourinho diz que Figo assegura melhor futuro para a FIFA
O treinador do Chelsea, o português José Mourinho, anunciou esta quarta-feira o seu apoio a Luís Figo na corrida à presidência da FIFA, considerando que o antigo futebolista assegura um melhor futuro para o organismo.
"Acho que a candidatura de Luís Figo é uma boa notícia para o futebol. A sua carreira no futebol é uma garantia para o futuro da FIFA", disse o técnico dos 'blues', em declarações à agência Lusa. Mourinho treinou Figo no Inter Milão, em 2008/09, depois de se terem cruzado no FC Barcelona, entre 1996 e 2000, quando o técnico coadjuvou Louis van Gaal e Bobby Robson nos catalães, e no Sporting, entre 1992 e 1994, também como adjunto do inglês.
"Conheço-lhe o carácter, a determinação e a sua paixão pelo futebol. Será um presidente focado no futebol, a pensar o jogo e tudo o que pode ser melhorado e um presidente próximo das federações", concluiu Mourinho.
Figo pode vir a ser "um bom presidente da FIFA", mas Guiné-Bissau apoia Blatter
O vice-presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Joãozinho Mendes, disse hoje à agência Lusa que o organismo apoia Joseph Blatter nas eleições da FIFA, apesar de considerar que Luís Figo pode vir a ser "um bom presidente".
O antigo internacional português posicionou-se esta quarta-feira, numa entrevista à cadeia de televisão CNN, como candidato à presidência do organismo que gere o futebol mundial nas eleições que terão lugar a 29 de maio.
O número dois da federação guineense de futebol, antigo jogador profissional em Portugal, notou que o ex-internacional luso "até pode vir a ser um bom presidente" da FIFA, mas o voto da Guiné-Bissau vai para Blatter, à luz de um entendimento entre federações africanas numa reunião realizada em junho, no Brasil. "Aquando do Mundial, no Brasil, todas as federações afiliadas na Confederação Africana de Futebol (CAF) prometeram apoiar Joseph Blatter. A Guiné-Bissau não pode faltar à palavra dada", afirmou Joãozinho Mendes.
O dirigente lembrou que o compromisso da CAF para com o atual presidente da FIFA "ficou selado" com o chumbo das propostas que visavam "não permitir a candidatura de Blatter", nomeadamente através da limitação da idade do presidente e do número de mandatos.
A Confederação Africana de Futebol votou contra os dois diplomas e a favor de Blatter, economista suíço de 79 anos que dirige a FIFA desde 1998.
Ronald Koeman vê na candidatura de Figo uma oportunidade de mudança para a FIFA
O treinador do Southampton, o holandês Ronald Koeman, disse hoje encontrar na candidatura do antigo futebolista português Luís Figo para a presidência da FIFA como uma oportunidade de mudança.
"Vejo na candidatura de Luís Figo uma oportunidade de mudança para a FIFA. Conheço Luís Figo, sei que foi uma decisão ponderada, assente numa visão reformadora e na necessidade de dar uma nova capacidade mobilizadora a uma instituição que durante os últimos anos sofreu um grande desgaste", afirmou Koeman.
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