Índice sobre transparência de centenas de organizações desportivas foi lançado, esta quarta-feira.
Emanuel Macedo de Medeiros, diretor executivo da Sport Integrity Global Alliance (SIGA), enalteceu, esta quarta-feira, o passo dado rumo à transparência na governação do desporto, com o lançamento do índice sobre centenas de organizações.
"Hoje desbravamos o caminho para a avaliação da Transparência na governação do desporto", começou por dizer o português, que preside à estrutura da SIGA na Europa, sobre o lançamento do índice (Sport Transparency Índex) na Vrije Universiteit Brussel, Brussels School of Governance, por ocasião de um fórum sobre o tema ["The Sport Integrity Forum: Good Governance and Transparency in Sport"].
Para Macedo de Medeiros, esta apresentação "representa um avanço significativo numa jornada pioneira liderada pela SIGA Europe, que decorreu ao longo dos últimos 30 meses", feita com um consórcio de 10 parceiros e cofinanciado pela Comissão Europeia.
"Concebemos, desenvolvemos e implementámos uma forma de avaliar, de forma objetiva e independente, a transparência na governação do desporto, em todos os níveis da indústria", explicou.
Entre as 650 organizações desportivas, constam 147 portuguesas, das quais 60 federações desportivas, cujas páginas na Internet foram analisadas quanto à disponibilização de 15 documentos referentes à sua organização, aos métodos operacionais e práticas financeiras.
"Afirmo com entusiasmo que este lançamento é apenas o início. O nosso objetivo é alargar o alcance e o impacto desta ferramenta independente de avaliação comparativa, aumentando progressivamente o número de organizações avaliadas, a profundidade da análise e introduzindo uma dimensão global. Acreditamos que, através desta avaliação objetiva, da disponibilização pública dos dados e de ações de capacitação, é possível promover reformas estruturais e fortalecer uma cultura de integridade e transparência em todo o setor desportivo", vincou.
Apesar de hierarquizar as organizações quanto à disponibilização dos referidos documentos, e por isso relativamente à sua transparência na gestão, o índice conclui que nenhuma das organizações avaliadas disponibiliza todos os 15 documentos.
No topo do ranking constam nove instituições com 14, quatro delas alemãs, casos da Bundesliga e das federações germânicas de remo, ténis e ténis de mesa, mas também os clubes italianos AC Milan e Juventus, a federação francesa de taekwondo e as federações de atletismo e de esqui da Eslovénia.
Com menos um documento disponibilizado (13), tal como o Real Madrid, por exemplo, constam os primeiros representantes lusos no índice, casos das federações portuguesas de golfe (FPG) e de ténis (FPT).
"A SIGA mantém-se fiel aos seus princípios fundadores. O nosso propósito é reconhecer e valorizar o mérito, não expor ou envergonhar. Estamos aqui para destacar boas práticas e incentivar todas as organizações desportivas a melhorar continuamente os seus padrões de governação", explicou.
Macedo de Medeiros salienta que este pode ser um "catalisador de mudança positiva e uma oportunidade concreta para transformar positivamente o desporto".
"Acreditamos que qualquer organização pode atingir a pontuação máxima no índice, em matéria de transparência, e reforçar a sua governação através do alinhamento contínuo com a SIGA - a maior coligação independente a nível mundial na área da integridade no desporto", rematou.
O Sport Transparency Índex procurou avaliar, de forma objetiva e externa, os níveis de transparência e boa governação em todas as esferas das organizações desportivas, assentes em 15 indicadores.
Entre as informações procuradas, e avaliadas, constavam seis do domínio organizacional, como a estrutura de governação, o código de conduta, a composição da administração, os seus membros, a lista de patrocinadores ou parceiros e a Assembleia Geral.
As políticas de igualdade de oportunidades e diversidade, de privacidade e segurança de dados, de proteção de denunciantes, de consulta e envolvimento de 'stakeholders' e a política sobre apostas desportivas eram os documentos de índole operacional, enquanto os aspetos sobre os dados financeiros visavam a conformidade com normas contabilísticas, a divulgação dos relatórios financeiros e as políticas de contratação pública e ainda anticorrupção.
Este índice, financiado pelo programa Erasmus+, e que teve um orçamento de 400 mil euros, vai ser atualizado anualmente.
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