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Artigo exclusivo

Medalhas de superação no desporto e na vida

Portugal terminou os Jogos Paralímpicos de Paris com a conquista de sete medalhas, embora uma esteja em risco por controlo positivo de doping.

15 de setembro de 2024 às 01:30

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Cristina Gonçalves
Cristina Gonçalves Duarte Roriz
Diogo Cancela
Diogo Cancela ANTÓNIO PEDRO SANTOS/lusa
Djibrilo Lafa
Djibrilo Lafa Jennifer Lorenzini/reuters
Miguel Monteiro
Miguel Monteiro Jose Gageiro/Movephoto
Sandro Baessa
Sandro Baessa ANTÓNIO PEDRO SANTOS/lusa
Carolina Duarte
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Miguel Monteiro foi o primeiro pódio em Paris nos Paralímpicos. Competiu no lançamento do peso F40, destinado a atletas de baixa estatura, e garantiu não só a medalha de ouro como estabeleceu um novo recorde paralímpico, com a marca de 11,21 metros. O treinador de sempre – que conheceu em Mangualde porque era o encarregado do pavilhão onde Miguel jogava futsal e tinha aulas de educação física – convenceu-o a experimentar atletismo e a dupla nunca mais se separou. João chama-lhe "baixinho" e Miguel responde que gasta "menos água do que as outras pessoas", uma relação descontraída mas muito focada quando o assunto é ganhar. Atleta e treinador viajaram até Itália para a primeira prova internacional quando Miguel tinha 15 anos e nunca mais pararam. Nos Jogos do Rio de Janeiro, Miguel ficou em quinto lugar; em Tóquio conseguiu a medalha de bronze; em 2022 estabeleceu um novo recorde mundial da modalidade nos Campeonatos Nacionais de atletismo de pista coberta; e em Paris ouviu a Portuguesa. Foi o coroar de um percurso com muitos sacrifícios - nos últimos meses os treinos foram bidiários – mas em que ainda arranjou tempo para os estudos universitários. Terminou recentemente o Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial na Universidade de Aveiro, apoiado financeiramente por uma bolsa atribuída pelos Jogos Santa Casa. Quanto ao desporto, os apoios são iguais aos dos atletas sem deficiência – uma bolsa para um atleta de alto rendimento no nível medalhado é de 1750 euros/mês.

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