Com os braços e as pernas amputados, Maria Vitória vivia num sótão sem janela. Hoje a sua vida mudou graças a António Sala que contou a história na rádio. É um poder que ele tem, e de que tem medo: “Se for mal utilizado, não vale a pena”
Imagine um microfone num estúdio de rádio e está a pensar nele: “As pessoas conhecem-me por António Sala, mas o meu nome completo é António Manuel Sala Mira Gomes. Sou casado com a Elizabeth Sala e tenho um filho de 28 anos, o Miguel Sala. O meu pai já morreu, chamava-se Arlindo Gomes. Construiu um piano, tocava acordeão, sem saber uma nota de música, e pintava muito bem sem ter tido formação. A minha mãe, Cármen Sala, é uma poetisa notável. Quando era miúdo sonhava ser realizador ou pianista. Não fui uma coisa nem outra. Tenho livros publicados. Vou fazer um grande musical com Filipe La Féria. O que mais quero é ser feliz. Se nós ajudarmos, não é tão difícil como parece.”
Hoje António Sala tem um cargo administrativo: é director-geral de Coordenação do Grupo Renascença. Mas aos fins-de-semana satisfaz o gosto pelas ondas hertzianas com entrevistas – já vai nas 300 emissões e é líder de audiências.
Consegue imaginar com quantos portugueses terá falado em 37 anos de carreira?
Não, mas penso que o mais importante é aqueles para quem falei e que não vi a cara. É essa a magia da comunicação, não sabemos ao certo quem está do outro lado. E no entanto, hoje está tudo tão segmentado que o jornal sabe para quem é que escreve, as televisões sabem quem as vê e nós sabemos quem são os nossos ouvintes: as profissões ou os seus escalões sociais.
… mas essa informação é baseada em estudos e, de alguma forma, abstracta.
Mesmo assim conseguimos ter consciência do público que temos e a linguagem que devemos utilizar. Antigamente, a comunicação não era sequer abstracta, era opaca. Preocupava-me com a linguagem que devia utilizar num programa matinal. E fazia aquilo que era comum a uma estação generalista: suficientemente simples para que as pessoas mais simples pudessem entender, mas não tão simples que pudesse tornar-se intelectualmente incómodo.
Pensava então na forma como se deveria dirigir aos ouvintes?
Sim, mas uma das coisas que fiz muito, e nisso terei sido um dos pioneiros, foi interagir com o ouvinte. Há 30 anos o telefone só se usava na rádio em programas de discos pedidos. Era impensável pôr um ouvinte a utilizar o telefone como se fosse um microfone. Fui um bocadinho responsável pela mudança de mentalidades. E, na altura, muito criticado por isso.
Pelos críticos. E muitos dos que escreveram coisas terríveis sobre mim, anos mais tarde disseram que tinha evoluído muito. Se não evoluísse era burro! Mas acho que mais que a minha evolução, houve uma evolução deles. Os críticos têm muitos complexos. E desagrada-os ter que dizer bem de uma coisa que as grandes maiorias também acham positiva.
Porque são coisas demasiadamente populares...
É. Os críticos de música gostam de determinados trabalhos enquanto são pouco conhecidos. No dia em que a empregada lhes diga, “Gosto muito do que o senhor leva aí”, salta-lhes o complexo social. Se a empregada gosta, pensam eles, há qualquer coisa que não está bem. É sinal de imaturidade. Também fui assim e já ultrapassei isso há muito anos. Se calhar é porque envelheci.
Críticas à parte, os seus programas foram sempre um sucesso…
Não gosto de medir a coisa pelo sucesso. Acho que me identifiquei com muita gente e muita gente se identificou comigo.
Porque sou um indivíduo normal. Talvez só não seja num aspecto: gosto muito de gravatas e de fatos. E o português não é muito dado a essa indumentária. É claro que, roupas à parte, tenho o meu universo, o tipo de livros e música de que gosto, mas isso são as coisas que faço na intimidade da minha casa. Nunca tentei transportá-las para o meu trabalho. O meu escritor preferido é o António Lobo Antunes e nunca o tentei impingir às pessoas porque sei que tem uma escrita difícil…
Os críticos provavelmente diriam que a sua obrigação de comunicador era a de instruir…
Tenho cumprido. Não o faço é em doses maciças e como se fosse um professor. Tive a sorte de, desde os nove anos, ter em casa um piano. Como não me deixavam mexer nele, descobri que sozinho conseguia abri-lo se pusesse uma faca na ranhura da tampa. O carregar nas teclas, o som, deixava-me fascinado. Aos 11 anos tocava mais ou menos bem. E ainda hoje toco. Claro que um indivíduo que saiba de música percebe que ali está…
… um 'self-made' pianista…
Um 'self-made' pianista mas o público em geral dirá: “Mas que bem que ele toca.” Estive ligado a coros de igreja e um dia formei um grupo de ‘gospel’. Um dos primeiros convites foi para ir a uma aldeia perto de Alcácer do Sal. Quando chegámos a casa do povo estava cheia, e a maior parte das pessoas tinha mais de 60 anos e era muito simples. Ficámos aterrorizados.
Depois decidimos que devíamos explicar o que era o ‘gospel’ e que deveria ser eu a fazê-lo. Disse-lhes que íamos cantar cantigas dos escravos negros, que trabalhavam de sol a sol. E que essas cantigas eram uma forma de desabafar. Na casa do povo, todos compreenderam: tinham sido escravos em muita coisa.
Pode dar-se quase tudo às pessoas, o que é preciso é encontrar a fórmula certa para o fazer – e isso é comunicação. Na rádio, a minha grande meta foi sempre essa. Ou melhor, quase sempre. Quando comecei fazia só o que gostava em FM, mas de repente comecei a descobrir outras coisas.
Como é que isso aconteceu?
Por mero acaso. Logo a seguir ao 25 de Abril, apanho um director da Antena Um da RDP, o Igrejas Caeiro, que disse uma coisa que me marcou para toda a vida: “Oh, Sala, você é duas pessoas diferentes. Quando se fala consigo é um tipo porreiro. Em antena tem a mania de fazer um certo estilo. Não diga 'bom dia' aos ouvintes de maneira diferente da que habitualmente diz na rua.”
Em que ano foi isso?
Em 1976/77. Mas já antes tinha tido uma experiência que me obrigou a pensar. Entre 1971 a 1973 estava na tropa e conduzia o programa militar. Foi então que percebi que rádio não era de plástico. Na altura não havia nenhuma família portuguesa que não tivesse alguém em Angola, Moçambique ou na Guiné e esse programa servia de ligação. Os rapazes escreviam mensagens, umas coisas chamadas aerogramas. Quando se dizia ao microfone, “do soldado fulano tal, número tal, que está no Lobito para a sua mãe, namorada ou irmã”, percebi que aquilo não era piroso, mas sim afectos.
Era um tipo que estava no meio do mato, a milhares de quilómetros de distância. Percebi-o com coisas tão simples como uma mãe vir trazer-me ao estúdio um queijo da serra e dizer-me: “Ontem foi um dos dias mais felizes da minha vida, quando ouvi o senhor falar do meu filho.” Só tinha 21 anos ou coisa parecida e achava aquilo uma coisa um bocado… Depois comecei a perceber que o mundo é feito dessas coisas. Aliás, acho que temos a sociedade que temos porque os afectos se diluíram. Comecei então a fazer rádio para as pessoas.
E nessa altura as pessoas eram certamente diferentes das que ouvem agora, por exemplo, o seu programa de entrevistas.
Sim. A sociedade hoje é aberta e informada. Mas é também uma sociedade desconfiada e insegura. Antigamente, dizia aos ouvintes para virem ao edifício da rádio para almoçar comigo. Apareciam centenas de pessoas e era um acto genuíno. Hoje quando se faz isso, as pessoas perguntam logo: “Não tenho de pagar nada? O que quer em troca?” Ninguém dá nada de borla.
Já não trazem o queijo da serra…
Já não vêm com o queijo da serra, não. A sociedade mudou. E como há mais informação, mais abertura, mudou-se para melhor. Mas temos o reverso da medalha: as pessoas estão mais fragilizadas, foram enganadas, são mais desconfiadas. Os profissionais de comunicação têm culpa, porque já as enganaram – todos nós já fomos obrigados a retratarmo-nos perante o público. Acresce que só agora estamos a atingir a idade adulta da comunicação em Portugal. Tivemos a censura e depois uma extraordinária mudança do País. Seguiram-se anos turbulentos, como se uma pessoa proibida de beber álcool pudesse apanhar uma bebedeira. Agora estamos na fase de aprender a dosear.
Na rua, as pessoas fazem-lhe queixas?
Sim. Apesar da desconfiança que hoje existe, as pessoas continuam a dar um grande crédito aos comunicadores – o jornalista é ainda visto com respeito. O político é visto com desconfiança por causa de promessas vãs. O nosso papel é o da voz que se levanta, para dizer o que está mal, as pessoas acreditam que podemos fazer com que algo mude. Nem sempre podemos. Podemos ser uma voz influente. É mau que um jornal pense que é poder – deve ser um contra-poder no sentido do ajuste da sociedade. O que não tem nada a ver com a investigação criminal e judicial.
Está a quer dizer que há ingerências por parte dos jornalistas?
Há sempre. É normal. Desde a coisa mais pequena à maior. Temos a tendência de tentar influenciar, mudar o rumo das coisas. Às vezes só com um telefonema.
Se calhar, já. Coisas tão simples como haver na rua onde moro umas obras que nunca mais acabam. O que já me levou a fazer telefonemas a colegas meus: “Eh, pá, escreve qualquer coisa.” Ou a um vereador amigo a dizer: “Oh pá mas que treta é esta!?” Quando faço isto, e não devo fazer, tenho de entender que o cidadão comum que não tem acesso às coisas que eu tenho, venha ter comigo para me pedir isto ou aquilo. Que me venha dizer que foi mal atendido, ou injustiçado no trabalho.
E tem sempre disponibilidade para ouvir?
Infelizmente não tenho. Sabe, o optimismo faz falta. A Rádio Renascença tem uma emissão só sobre coisas positivas. Faz falta, acredite. Eu próprio, às vezes pego nos jornais diários e tenho necessidade de procurar as coisas boas.
Tenho dificuldade. O país está atravessar uma fase má. A nossa auto-estima está pela rua da amargura. E nisso os comunicadores têm um papel a desempenhar: há coisas muito boas, às quais se dá pouco relevo.
É fácil de preencher o tal programa sobre coisas boas?
É mais fácil do que pensamos. É claro que uma linha telefónica para reclamar fica rapidamente entupida de pessoas que foram mal servidas, mal atendidas. Mas também há muita gente a telefonar para elogiar. Admito que não será o mesmo número de pessoas...
O português é pessimista?
É a nossa maneira de ser. Mas só somos assim em Portugal. Fora do País perante os grandes problemas, saltamos por cima mais facilmente. O português que está lá fora tem uma filosofia de vida completamente diferente do que está cá.
Não sei. Eu próprio sinto que sou diferente quando estou noutro país. Há cerca de dois anos, na Noruega, atirei um papel para o chão e voltei atrás para o apanhar. Ninguém me disse nada mas aquela é uma sociedade tão regrada... Em Portugal fazemos todo o tipo de coisas. É a nossa latinidade que por um lado é boa, mas por outro é terrível. E aquilo que se semeia, colhe-se.
Qual foi a pior coisa que teve de dizer aos microfones?
A pessoa que mais me marcou foi a minha avó. Num dia em que fazia o programa da manhã, pus uma canção e fui à casa de banho. E foi então que ouvi no corredor a voz da telefonista, a Joana, a dizer ao técnico Armando Rodrigues, que tinham telefonado a dizer que a minha avó tinha morrido e que era para não me dizer nada. Eram 8h30. Ainda tinha uma hora e meia de programa para fazer, em directo. O mundo tinha desabado, mas a minha avó só poderia morrer dali a uma hora e meia. E tentei fazer o programa com a maior naturalidade. Não sei se consegui. A coisa mais difícil que fiz foi dizer mentiras.
Durante hora e meia…
Durante hora e meia. E se calhar fiz mal. Um ano depois fui fazer o programa e tinha morrido na véspera um grande amigo. Liguei o microfone e disse que não era um bom profissional pois como tinha morrido um amigo não podia fazer o programa tão bem disposto como habitualmente. Foi surpreendente a reacção das pessoas. Ligaram--me a dizer que se tinham emocionado. Percebi que nós somos o que somos. E não somos actores.
E é necessário empatia…
Sim. Antigamente ia tomar o pequeno-almoço a uma pastelaria, aproveitando o noticiário das 8h00. O empregado já tinha o copo de leite, a sandes e a bola de Berlim no balcão. Dizia-lhe “bom dia” e ele respondia, até que uma vez me disse: “Hoje não está nos seus dias.” E realmente não estava e tentava disfarçar. As pessoas sentem os afectos, a raiva, a desconfiança. Já dei aulas e costumava dizer aos alunos que, teoricamente, na escola se aprende tudo. Depois é preciso olhar as pessoas e estar atento para aprender o resto. Já me preparei muito para uma entrevista e deixei de o fazer. Levo uma ou duas perguntas boas e espero que o meu interlocutor me dê pistas, caminhos que possa percorrer.
Qual foi a melhor entrevista que fez?
António Lobo Antunes.
Lá está a preferência do António Sala leitor…
Era um dos meus grandes sonhos. Um dia fui ter com ele e disse-lhe: “Tenho um grande sonho que é fazer-lhe uma entrevista. Antes de me dar uma resposta queria contar-lhe que tive um problema grave de saúde há sete anos e estive nos Estados Unidos, onde fui operado a um tumor. Quando comecei a recuperar via e ouvia muito mal e só me perguntava se voltaria a Portugal, para junto da minha família, se veria o Benfica jogar ou o filme ‘Casablanca’. E se leria os livros do Lobo Antunes.” Ele ficou muito comovido. Ficamos os dois com lágrimas nos olhos e abraçámo-nos. Foi uma entrevista muito emotiva. Mas não sei fazer entrevistas, só converso com as pessoas.
E que outras boas conversas teve na rádio?
Uma foi com um engraxador que tinha na sua caixa de engraxar os livros que vendia.
E houve o caso da Maria Vitória que mora numa aldeia de Santa Comba Dão. Ela tem uma doença rara que levou à amputação dos braços e das pernas. Um dia escreveu-me a pedir que os ouvintes lhe mandassem postais ilustrados das suas terras, para ela poder conhecer Portugal. Durante dois meses, recebia 800/900 postais por dia de todos os pontos do país. Mais tarde, uns miúdos que tinham um grupo de música e um projector, disseram-me que queriam ir ter com ela. Pedi aos ouvintes que lhes arranjassem transporte. Apareceram dezenas e dezenas de carros. Quando voltaram traziam um gravador com uma entrevista que pus no ar. Era mais uma conversa que uma entrevista, mas era linda. A certa altura, ela dizia que o seu maior sonho era ter uma janela no quarto para ver as pessoas passar. A Maria Vitória dormia num sótão. Aos microfones apelei ao presidente da Câmara de Santa Comba e aos construtores civis e o terreno apareceu, os materiais apareceram. Hoje, a Maria Vitória tem casinha nova e um quarto com janela.
Conseguir movimentar pessoas como o fez no caso da Maria Vitória, é uma espécie de poder.
É a tal história, se for mal utilizado não vale a pena.
Mas a sua carreira de radialista está cheia deste tipo de histórias.
Questão vocacional. O Carlos Fino é um excelente repórter de guerra; a Maria João Avillez conversa bem as coisas da política.
… comunico bem de uma forma simples com as pessoas. Não é armar-me ao pingarelho, nada disso. Gosto mesmo das pessoas.
Ainda recebe muitas cartas?
Sim, embora menos por estar relativamente afastado. Hoje sou sobretudo director-geral da Rádio Renascença, é um trabalho de bastidores. E ando a escrever…
Não. Estou a escrever um livro sobre a rádio dos afectos. Espero que daqui a um ano possa estar nos escaparates.
Basta escrever um livro? Não tem saudades dessa tal rádio dos afectos?
Já não aguentava. Andei mais de 20 anos a levantar-me às seis da manhã.
Lembra-se do último ‘Despertar’?
Foi muito difícil. Muito complicado. Senti que fechava um ciclo. Era a mesma coisa que você pensar que esta era a sua última entrevista e que não voltava a fazer mais nenhuma.
Mas o António Sala teve com certeza pessoas a protestar pelo fim do programa…
Não foi só protestar. Tive pessoas a chorar. Apareceu aqui uma senhora dos seus 70 anos para falar com a administração. Dizia que se o problema era dinheiro, ela fazia uma colecta. E isso é de uma simplicidade tão grande… E é tão bonito.
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