O café cheira a terra molhada – ao odor invocado à plantação. É timorense (importado). Repousa nas chávenas, de cor rosa em vidro transparente, que Nency, com 19 anos, e Milca, 18, depositam na mesa da sala. As bolachas achocolatadas são triviais. O pai, Vital Saldanha, 56 anos, emana palavras de rajada como se fugisse ainda da perseguição indonésia, calcorreando as matas fronteiriças do seu Timor.
Chegou a Portugal a 1 de Março de 1996; então por que ainda gagueja as memórias?
Recue-se a Agosto de 1975: “Os indonésios começaram a entrar pelas fronteiras de Batugade e Maliana. Os portugueses em Timor foram logo concentrados para evacuarem” – diz o então furriel miliciano. “Eu vinha a chefiar a última coluna de 23 portugueses, distribuídos por três viaturas Unimog (militares). Íamos de Maliana para Balibo, quando sofremos uma emboscada pela UDT (União Democrática Timor) – um dos três partidos criados após o 25 de Abril de 74; os outros são a Fretilin (Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente) e a Apodeti (Associação Popular Democrática de Timor).
“Fomos apeados.” Vital Saldanha levou destino diferente dos portugueses – levados para uma base da UDT. O líder da emboscada, com quem tinha andado na escola (apesar da hostilidade), desarmou-o e, a caminho de Atabae, um pelotão miliciano matou-o com duas rajadas secas. Vital salvou-se por ter, em tempos, treinado um deles.
Foi a primeira morte à minha frente, nesta guerra”, recorda, num português pausado. A seu lado, no sofá, está o filho mais novo. Célio, 15 anos, nasceu em Díli. Com a timidez de uma infância de guerra, segue a conversa do pai. Mas o olhar, tem-no vidrado na televisão.
Lá em casa, todos conhecem este novelo amargo que humedece as vistas de Vital. Combateu por três anos a invasão indonésia – pela Fretilin. Na guerra mataram-lhe o irmão. Só em 1979 se rendeu: “a luta armada já era difícil. Não tínhamos o que comer.
Então optámos por deixar só um ou dois no mato e vir para a vila. Fazíamos trabalhos clandestinos.” Entenda-se, dar apoio aos guerrilheiros e à população nativa.
Maria Elsa, com 49 anos, vivia por esta altura na vila de Ermera. Vital conheceu-a lá – no mato; era ela a responsável civil pela população local. “Com os bombardeamentos, evacuávamos a população.
Não havia água, comida, nada... Quando a minha mãe se preparava para se render, morreu com um tiro de canhão dos navios...” Maria Elsa namorava com Vital e, uma semana depois de também ela se ter rendido, foi presa. Três meses. “Escaldaram-me os pés, queriam-me violar...” Ainda hoje chora.
O casal reencontrou-se depois em Díli (a capital). Em 1982 casaram. “Tínhamos a liberdade condicionada. Praticamente sem direitos, embora eu trabalhasse na Administração Pública Indonésia. Era um disfarce para conhecer o inimigo.” – prossegue Vital. Por isso, foi preso três vezes: “levei choques eléctricos, bateram-me...”
“Até o meu filho mais velho ficou traumatizado (Natalino, 22 anos, a viver hoje em Inglaterra com a mulher timorense e um filho)”, dispara a mãe. “Uma vez foram buscar o meu marido a casa. E eu, grávida, andei a procurá-lo por Díli.
Eu tinha coragem.” Em 1989 não aguentaram mais. Pediram o repatriamento, que era concedido a antigos funcionários públicos. Mas só em 1996 veio a boa viagem. Nos 25 anos de luta pela independência, morreram entre 100 mil e 250 mil timorenses.
Chegaram a Portugal com roupa de Verão e muita sorte: o casal, cinco filhos, mais quatro famílias. “Viemos a pensar na continuidade desta luta, a pensar na formação dos nossos filhos”, justifica Vital.
Nency, Milca e Célio frequentam o ensino secundário. Todos dizem querer regressar. A casa é modesta, mas já não é a que lhes foi cedida temporariamente para se ambientarem ao clima, às gentes, à paz.
Este apartamento no Forte da Casa, Vila Franca de Xira, compraram com o ordenado dele, funcionário público, e dela, empregada das limpezas: 1500 euros mensais. Têm carro, mas nada de luxos.
Vital abandona a sala por segundos – a sua vida em Timor resume-se a duas bandeiras que foi buscar ao quarto. A da Fretilin; a de Timor-Leste. Cheiram à naftalina que conserva as primorosas recordações. “Foi por estas duas que muitos deram a vida.”
Dobradas com precisão. Só saem de casa para comemorar: a 20 de Maio, a fundação da Fretilin; a 28 de Novembro, a Proclamação da Independência de Timor-Leste. Aliás, prevê-se que seja por essa altura que o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, visite o povo maubere. Durante a última semana e, inclusivamente a 12 de Novembro –16 anos depois do massacre no cemitério de Santa Cruz, Díli, –o presidente timorense, José Ramos-Horta, visitou o nosso País.
ZITO SOARES
Viu a morte ceifar amigos. Zito Soares, com 36 anos – nascido em Baucau – não esquece o massacre ao qual sobreviveu. Estudava no seminário de Díli, a 500 metros do cemitério. Naquela terça-feira, dia da missa de 14 dias da morte do estudante Sebastião Gomes, havia uma manifestação de estudantes e jovens a caminho do sepulcro.
“Naquele momento começaram a chegar militares e polícias em vários camiões. Muitos deles saltaram para o cemitério militar – que fica em frente do civil, – em posição de combate” – recorda. O estudantes estavam em oração e, defende, começaram a ser atingidos indiscriminadamente. “Muitos tombaram naquele instante.”
Entre os colegas, Zito procura chegar à entrada do cemitério. Estava barrada por corpos inertes. Mortos. Quando corria para a pequena porta lateral sente uma “picada” no braço. Na sua fuga, há um amigo que lhe diz ter sangue na camisola... “tentei apalpar o corpo e apercebi-me que tinha levado com estilhaços no braço e na perna”. Escapou.
Já antes a sua vida não tinha sido fácil. “O meu pai foi tragicamente assassinado na nossa aldeia pelas forças da ocupação (indonésia).
”A partir daí, cada acção da família foi calculista. Tudo lhe trouxe a revolta. Até que, no terceiro aniversário do massacre, como elemento da Renetil (Resistência Nacional dos Estudantes de Timor-Leste), participou numa manifestação em Jacarta, a capital indonésia. “Participei na acção de ocupação da Embaixada norte-americana durante a II Cimeira da APEC (Cooperação Económica da Ásia e do Pacífico, sigla portuguesa). Bill Clinton era o presidente dos EUA e estava presente. “Ficámos, durante 12 dias, a dormir na garagem da Embaixada norte-americana, em Jacarta, para alertar o Mundo para a necessidade do regime dialogar com a resistência timorense, e para exigir a libertação incondicional de Xanana Gusmão, incluindo os prisioneiros políticos indonésios.”
Só lhe restou vir para Portugal como refugiado político.
Com Zito chegaram mais 28 estudantes. “Vim pela causa e depois decidi voltar a estudar.” Ingressou no curso de Psicologia em Coimbra e, mais tarde, foi para Lisboa, mudando de curso para Ciência Política.
HISTÓRIAS DE AMOR
Também há histórias de amor. Um jogo de futebol entre os estudantes timorenses em Coimbra contra os de Lisboa levou Fidélia Soares, com 25 anos, até à cidade boémia.
Conheceu Zito e, se ia para apoiar os rapazes da capital, apaixonou-se pelo sobrevivente do massacre. Um mês depois, em Abril de 2002, começaram a namorar. E com isso a viajar quinzenalmente, alternadamente, entre as duas cidades. “Ele é um homem reservado, inteligente, responsável”, conta a estudante de Língua e Cultura Portuguesa, na Faculdade de Letras, da Universidade de Lisboa.
Fidélia chegou a Portugal ao abrigo de um protocolo assinado entre os governos de Portugal e Timor-Leste, que traria 500 estudantes para cá.
Nunca foram muito além dos 400, garante Manuel Caldas, presidente da Associação para Timorenses (Aparati), com sede no bairro lisboeta da Picheleira. Mas a realidade desta natural de Díli – agora a viver em Lisboa numa residência universitária, a 15 mil km de casa – é bem diferente das gerações anteriores.
“Posso dizer que não gostava das tropas indonésias, mas estava bem integrada na ocupação.” Cresceu com a língua e a cultura indonésias.
Finalista do curso que poderá fazer dela professora de Português em Timor, Fidélia deseja que os colegas procurem fazer o mesmo: “Espero que todos os timorenses, que estão a estudar fora, tenham também este pensamento de voltar um dia para trabalhar em Timor.” Vê-se pelo brilho no olhar que cumprirá as promessas feitas à família.
Zito, o seu namorado, também pretende regressar. Embora hoje esteja em Inglaterra empregado na restauração (como muitos dos seus compatriotas), e o curso tenha a matrícula congelada.
Primeiro deverá voltar cá para se licenciar, só depois irá para junto dos irmãos num país que, em 1999, foi quase todo ele “queimado” pelos invasores – e que permanece em reconstrução.
ANTÓNIO RAMOS
‘Dr. timorense’: António Ramos, com 35 anos, licenciou-se em Relações Internacionais, em Coimbra; lá tirou uma pós-graduação em Direitos Humanos e Democracia; e agora está a fazer o mestrado em Ciência Política e Relações Internacionais, na Universidade Nova de Lisboa.
Chegou a Portugal juntamente com Zito. Só trazia os ténis, calças e a t-shirt que levava no corpo para a manifestação na Embaixada dos EUA, em Jacarta. Aceitou vir para Portugal apenas com o estatuto de repatriado.
Vive num prédio bem localizado, em Queluz de Baixo, concelho de Oeiras.
A sala tem apenas uma mesa e bancos brancos, e muitas caixas. António foi buscar uma salenda (cachecol típico timorense feito à mão, também conhecido por ‘tais’) e duas malas nas mesmas linhas. Recordar Timor é para ele mais um exercício político que atenua as saudades. É um “opinion maker” na Imprensa timorense.
“Neste momento, ao nível político, estou sempre em cima dos acontecimentos. Sou militante do partido democrático que está no poder.”
O seu trabalho actual, numa Fundação, alimenta a sua esperança de voltar e poder trabalhar na área da cooperação. Casado com uma timorense – finalista do curso de Farmácia, que chegou a Portugal muito antes de si, com a família – só esquece a revolta que sente pela sua privação de liberdade em Timor quando se lhe pergunta: Onde pensa criar os seus filhos, cá ou lá? “Em Timor!” – diz com uma voz grave, acentuada, demarcando fronteiras entre a fuga para Portugal e o regresso a Timor.
A memória de todos ficará eternamente ligada às visões do terror, ao “extermínio político, ideológico e físico”, ressalva António Ramos, num timbre de voz pouco protestante mas marcado pela privação de uma infância e adolescência feliz. “Vivia-se sempre ligado à guerra. Apanhei primeiro a guerra civil e depois a invasão indonésia.”
Serão felizes em Portugal? Vital – com cinco filhos criados longe do perigo – exprime que nenhum coração timorense esquece: “chegar a Portugal, em 1996, foi começar tudo pela segunda vez.
A primeira foi quando decidi render-me, já só nos restava a casa, embora tudo tivesse sido roubado. E desta última, foi quando só trouxemos a roupa.” Felicidade só quando o corpo abraça a família; quando os pés pisam a terra molhada; e o café não é importado.
4.000 A VIVER EM PORTUGAL
“Os timorenses em Portugal não são só os que vieram com a ocupação da Indonésia – em 1975/76. Muitos vieram antes e outros nasceram em Timor, filhos de não-timorenses” – diz o presidente da Aparati. “Vivem cá quase quatro mil pessoas nascidas lá.”
NO REINO UNIDO 1700
Ainda segundo as estimativas de Manuel Caldas, presidente da Associação para Timorenses (Aparati), com sede na Picheleira, Lisboa, “perto de 1700 passaram por cá, conseguiram a nacionalidade portuguesa, e imigraram para Inglaterra ou Irlanda”.
10.000 IMIGRARAM EM 76
Os primeiros a passar por Portugal e a imigrar – estima-se que sejam cerca de dez mil timorenses – foram para a Austrália, entre 1976 e 86. Este é um país muito próximo de Timor, permite que visitem a família com frequência.
A partir de 2001, ao abrigo de um protocolo entre Portugal e Timor-Leste, terão vindo estudar para cá cerca de 400 timorenses. Segundo Manuel Caldas, neste momento estão cá mais de cem, metade em Coimbra.
15 LICENCIADOS DE VOLTA
“Os estudantes que não tiveram sucesso imigraram para Inglaterra ou Irlanda; menos de 15 regressaram já licenciados e, pouco mais de 80, com cursos de formação profissional. Mas só meia dúzia conseguiram emprego.”
DESCENDÊNCIA DO "PARAÍSO PERDIDO"
Fidélia Soares, com 25 anos, é um dos exemplos de timorenses que vieram estudar para Portugal, ao abrigo do acordo entre os dois países.
Chegaram cá pouco mais de 400, mas muitos não concluíram a sua formação. Segundo o presidente da Associação para Timorenses (Aparati), com sede na Picheleira, Lisboa, a grande maioria também não encontra emprego em Timor.
Nos depoimentos recolhidos pela investigadora Célia Antunes, sobre a diáspora destes filhos do “paraíso perdido”, intui-se que paralelamente aos sentimentos de perda e ao receio pelo que irão encontrar no território, muitos adiam o regresso.
A autora do artigo “Os timorenses em Portugal: motivações e objectivos”, publicado na revista da Fundação Oriente, diz que mesmo longe da ilha, estes nativos lutaram pela independência do seu povo.
HISTÓRIA SANGRENTA ATÉ NASCER UM PAÍS
O 25 de Abril de 1974 prometia a libertação das colónias portuguesas – Timor estava na História de Portugal desde a rota do Oriente, mas só no séc. XVIII se tornara uma colónia. Em meados de 1975 é abandonada pelos portugueses, seguindo-se uma breve guerra civil, até que, a 28 de Novembro, a Fretilin declara a independência de Timor-Leste. Uma semana depois, aquela região da ilha é invadida pelos indonésios.
Nos 25 anos de luta pela independência, onde morreram entre 100 mil e 250 mil timorenses, relatam-se episódios sangrentos. Como o massacre no cemitério de Santa Cruz, a 12 de Novembro de 1999.
No terceiro aniversário do massacre, vários estudantes barricaram-se na Embaixada dos EUA, em Jacarta, para sensibilizar a opinião pública para a sua luta. Em 1999, quando 78 por cento dos timorenses manifestaram a sua vontade de obter a independência do país, o exército da Indonésia queimou grande parte do território.
Xanana é libertado nesse ano – preso desde 1992. Em Maio de 2002, Timor-Leste conquista a independência e é reconhecido como o mais novo país do Mundo.
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