Bancos cortam 18 mil empregos numa década
Banca dava emprego a 61 740 pessoas no fim de 2020, o número mais baixo de que há registo.
Os bancos portugueses perderam quase 18 mil funcionários (17 879) na última década, o que representa um corte de 22,5% da força de trabalho desde 2010.
A máquina da banca ‘encolheu’ também em número de balcões, a um ritmo ainda mais intenso. Se em 2010, os bancos nacionais tinham 8106 espaços, eram só 4868 no ano passado – uma redução de 40%.
Documentos
2021-08-25_00_20_32 P21_evolução_banca.pdfOs dados do Banco de Portugal, divulgados esta terça-feora, mostram que 2020 confirmou a tendência de quebra nestes indicadores. No espaço de um ano, o setor perdeu 2066 trabalhadores, empregando agora 61 740 pessoas. A maioria dos postos de trabalho extintos deu-se no negócio fora do País (1367 funcionários).
De 2019 para 2020, a banca portuguesa encerrou 655 balcões. Destes fechos, 453 foram no estrangeiro e os restantes 202 em Portugal.
A análise aos dados do supervisor bancário confirmam que, em 2020, se alcançou o número mais baixo de trabalhadores no setor de que há registo, desde 1992. Ou seja, há pelo menos 28 anos que o setor não dava emprego a tão pouca gente.
Já no que diz respeito ao número de agências, é preciso recuar até 1996 para encontrar o registo mais baixo, quando existiam 4844 espaços a formar a oferta dos bancos nacionais.
A redução de funcionários, seja por saídas voluntárias ou despedimentos coletivos, tem sido uma das estratégias da banca para aumentar a eficácia nos serviços e, assim, melhorar resultados.
Em 2020, os custos com pessoal representaram 3,03 mil milhões de euros, menos 143,2 milhões do que no ano anterior.
Há uma década, os bancos gastavam mais mil milhões com os seus recursos humanos: segundo os dados do Banco de Portugal, o custo desta rubrica estava nos 4243,5 milhões de euros no final de 2010.
2021 traz retrato ainda mais negro para funcionários
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt