Bolsas europeias em alta pendentes da guerra e da chegada de Joe Biden à Europa

Cerca das 09h10 em Lisboa, o EuroStoxx 600 subia 0,23% para 459,70 pontos, o petróleo Brent cotava-se a 116,57 dólares por barril e o euro trocava-se a 1,1012 dólares.

23 de março de 2022 às 09:49
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As principais bolsas europeias abriram esta quarta-feira em alta, pendentes da guerra na Ucrânia e da chegada à Europa na quinta-feira do presidente dos EUA, Joe Biden.

Cerca das 09h10 em Lisboa, o EuroStoxx 600 subia 0,23% para 459,70 pontos, o petróleo Brent cotava-se a 116,57 dólares por barril e o euro trocava-se a 1,1012 dólares.

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As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt avançavam 0,52%, 0,21% e 0,34%, bem como a de Milão, que se valorizava 0,31%.

Madrid era a exceção, já que descia 0,03%.

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Depois de abrir em alta, a Bolsa de Lisboa invertia a tendência, estando cerca das 09h10 o principal índice, o PSI, a cair 0,03% para 5.819,45 pontos.

Os investidores continuam pendentes da evolução da guerra na Ucrânia e à espera da chegada na quinta-feira de Joe Biden à Europa, onde juntamente com os aliados da Nato poderiam anunciar novas sanções contra a Rússia, e preocupados com a subida da inflação, acentuada pela nova subida dos preços da energia, incluindo o do petróleo.

O petróleo Brent, de referência na Europa, continuava hoje subir, depois de ter disparado 7% na segunda-feira e voltado a avançar na terça-feira.

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Neste contexto, a antecipação de uns números históricos da inflação desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia e a inversão mais agressiva para uma política monetária restritiva pelos bancos centrais continua a provocar acréscimos generalizados nos juros das dívidas soberanas.

Na segunda-feira, o presidente da Fed, Jerome Powell, abriu a porta a subidas das taxas de juro mais agressivas que as planeadas até agora, caso seja apropriado para combater a elevada inflação.

"Se concluirmos que é apropriado movermo-nos de forma mais agressiva subindo as taxas de juro oficiais mais de um quarto de ponto percentual, avançaremos", afirmou Powell.

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As palavras de Powell dispararam os juros da dívida na terça-feira para máximos desde a primavera de 2020.

Na segunda-feira, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reconheceu que a curto prazo o encarecimento da energia e a necessária aceleração da transição energética provocará uma subida dos preços, mas não prevê um cenário de estagflação (inflação com estagnação económica).

Lagarde assegurou que as políticas monetárias do BCE vão diferenciar-se das da Fed, porque a situação macroeconómica não é a mesma nos dois lados do Atlântico, bem como são diferentes as consequências da guerra na Ucrânia.

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A agenda macroeconómica de hoje inclui os dados da inflação no Reino Unido, bem como a confiança dos consumidores da zona euro, que poderia ter-se deteriorado devido à subida dos preços da energia e dos alimentos.

A bolsa de Nova Iorque terminou em alta na terça-feira, com o Dow Jones a subir 0,74% para 34.807,46 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.799,65 pontos, registado em 04 de janeiro.

O Nasdaq fechou a valorizar-se 1,95% para 14.108,82 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de novembro.

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A nível cambial, o euro abriu em baixa no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,1015 dólares, contra 1,1023 dólares na terça-feira.

O barril de petróleo Brent para entrega em maio abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 116,53 dólares, contra 115,48 dólares esta terça-feira.

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