"O valor final a Deus pertence": Mário Centeno sobre futura sede do Banco de Portugal

Ainda governador diz que o banco central "tem milhares de decisões para tomar sobre os acabamentos” do novo edifício.

26 de setembro de 2025 às 01:30
Mário Centeno
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“O valor final a Deus pertence”, disse Mário Centeno sobre a construção da futura sede do Banco de Portugal nos terrenos da antiga Feira Popular, em Lisboa. Numa audição no Parlamento, o ainda líder do banco central explicou que “esse custo não existe hoje porque as decisões que vão levar à constituição desse custo não foram tomadas”.

“É evidente que o banco tem milhares de decisões para tomar sobre os acabamentos”, atirou Centeno, quando confrontado com o facto de o investimento de 192 milhões de euros anunciado pela instituição só incluir as obras estruturais.

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Relativamente às 13 contingências de alto risco apontadas pelos relatórios técnico e jurídico, “duas foram ultrapassadas, três parcialmente ultrapassadas e as que estavam em aberto foram vertidas para cláusulas contratuais que protegem a posição do banco”.

Além de responder às questões sobre a futura sede, o ainda governador acusou o deputado do PSD Alberto Fonseca de revelar “o pior da sociedade” por se ter referido a Rita Poiares (que Centeno, em fim de mandato, nomeou para diretora do Departamento de Estatística do regulador bancário) como mulher do seu antigo secretário de Estado Ricardo Mourinho Félix.

“A Rita Poiares não é esposa de ninguém. É a senhora Rita Poiares. (...) É uma técnica altamente qualificada e foi promovida pelos últimos três governadores”, vincou Centeno. Já em relação à recondução de Álvaro Novo como seu chefe de gabinete, afirmou tratar-se de uma comissão de serviço que “termina no dia em que deixar de ser governador”.

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Questionado sobre se vai passar a consultor da instituição, Centeno assumiu que “é evidente” que vai “continuar no Banco de Portugal”, porque o seu caso “não é diferente” dos de “Hélder Rosalino, José de Matos ou Vítor Constâncio”.

Entretanto, os deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública aprovaram por maioria um parecer positivo à indigitação de Álvaro Santos Pereira como próximo governador, reconhecendo-lhe “competência e experiência técnica” para suceder a Centeno.

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