"African Growth and Opportunity Act", que expira em 30 de setembro, beneficia cerca de 30 países da África Subsaariana.
O acordo que permite a entrada de produtos africanos nos Estados Unidos sem tarifas expira na terça-feira, sem sinais de poder ser renovado, o que irá afetar diretamente a economia dos 30 países da África Subsaariana abrangidos.
Promulgado em 2000, o "African Growth and Opportunity Act" (Lei de Crescimento e Oportunidades para África [AGOA na sigla em inglês]), que expira em 30 de setembro, beneficia cerca de 30 países da África Subsaariana, em particular a África do Sul e o Quénia.
Só em 2024, as nações abrangidas exportaram para os EUA um total de oito mil milhões de dólares (6,8 mil milhões de euros), sendo o principal beneficiário a África do Sul (3,2 mil milhões de euros), seguida do Quénia (485 milhões de euros), segundo números do Congresso norte-americano citados pela agência noticiosa France-Presse (AFP).
Há meses que se levantavam dúvidas sobre o seu futuro, após a mudança de rumo da política comercial imposta pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, desde o seu regresso à Casa Branca.
Em reuniões realizadas esta semana em Nova Iorque, nos EUA, dirigentes e responsáveis da indústria africana receberam garantias de altos funcionários da administração Trump de que o AGOA seria renovado, declarou à AFP um dos participantes, Pankaj Bedi, diretor executivo da United Aryan, empresa sediada no Quénia que produz 'jeans' Wrangler e Levi's exportados para os Estados Unidos ao abrigo do AGOA.
"Todos os interlocutores do lado norte-americano consideram que sim, o AGOA deverá continuar, [mas] ninguém assumiu a nossa causa (...) Estão todos, essencialmente, à espera de um sinal da Casa Branca", lamentou.
Consequentemente, cerca de mil trabalhadores nesta fábrica serão "rapidamente despedidos", alertou.
O AGOA ainda poderá ser renovado retroativamente em novembro, talvez por dois anos, a fim de permitir uma transição para acordos bilaterais, preferidos por Trump, estimou Pankaj Bedi.
As nações africanas têm tido já impactos na sua economia devido às tarifas de Trump.
Um dos casos citados pela AFP é o reino do Lesoto, nação incrustada na África do Sul, alvo de tarifas de 50% nos seus produtos.
O Quénia tinha obtido as taxas aduaneiras mais baixas do continente, com 10%, mas, com a expiração do AGOA, estas deverão subir para 33%.
A África do Sul, em plena disputa diplomática com Washington, enfrenta igualmente milhares de despedimentos com o fim do AGOA e com os 30% de tarifas que atingem já os seus setores automóvel e agrícola.
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