A MFE – MediaForEurope, controlada pela família Berlusconi, quer reforçar a presença pan-europeia. A dona da SIC estará novamente no radar. A Impresa diz que “não deixará de analisar parcerias”.
Não é a primeira vez que a empresa de media da família Berlusconi demonstra interesse na Impresa. Já o fez no passado, mas depois avançou com a compra da ProsiebenSat1. Agora, diz o Il Messaggero, voltou a colocar a dona da SIC no seu radar para uma potencial aquisição. Ao Negócios, a cotada portuguesa diz-se aberta a parcerias, mas afasta a existência de qualquer informação que deva ser comunicada ao mercado.
De acordo com o Il Messaggero, na reunião do conselho de administração realizado para aprovar as contas do primeiro semestre da MFE – MediaForEurope, detida em 75% pela família Berlusconi, Marco Giordani, o administrador financeiro da empresa, terá dado conta do retomar das negociações relativamente a uma potencial aquisição da dona da SIC.
Terá “descongelado” o apetite pela empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão, colocando em hipótese a aquisição do grupo como um todo ou, alternativa, apenas da estação de televisão que conta com oito canais, além da plataforma digital OPTO, podendo avançar até ao final do ano. De qualquer das formas, teria de avançar com uma OPA sobre a cotada que está avaliada em cerca de 21 milhões de euros na bolsa de Lisboa.
“A Impresa é uma empresa cotada em bolsa, com um histórico de parceiros ao longo de mais de 50 anos. Perante o surgimento de vários rumores nas últimas semanas, a Impresa reafirma o que tem respondido à imprensa, reiterando que, como no passado, não deixará de analisar parcerias que contribuam para o crescimento e cumprimento dos objetivos estratégicos do Grupo como um todo”, diz fonte oficial da empresa ao Negócios.
“No caso da MFE, a Impresa mantém com esse grupo uma relação comercial há alguns anos”, acrescenta, demonstrando a proximidade entre ambas as empresas, o que dá à MFE visibilidade sobre este ativo.
Apesar da relação, a cotada afasta a existência, atualmente, de contactos no sentido de uma compra por parte da MFE, nem de outros eventuais interessados que ao longo dos últimos tempos têm surgido. Um dos últimos foi a Jerónimo Martins, algo que a dona do Pingo Doce rapidamente veio desmentir.
“Se existir informação que deva ser comunicada ao mercado nos termos legalmente previstos, a Impresa cumprirá, como sempre, os seus deveres de transparência”, remata a companhia de media fundada por Francisco Pinto Balsemão.
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