Quando o Governo deu o pontapé de saída para a privatização, a 10 de julho, a dona da Iberia e British Airways dizia ao Negócios que aguardava "com expectativa a oportunidade de analisar os termos da eventual venda da TAP.
E vai um, e vão dois e vão três. O International Airlines Group (IAG) formalizou o seu interesse pela compra de 44,9% da TAP junto da Parpública, encerrando o trio dos grandes que tinha demonstrado forte interesse pela companhia aérea. A entrega aconteceu a um dia do fim do prazo, marcado para este sábado, 22 de novembro.
"O IAG confirma que apresentou uma declaração de interesse à Parpública no âmbito do processo do governo para a privatização parcial da TAP. No entanto, é necessário esclarecer vários temas antes de o IAG poder propor um investimento", diz o grupo em comunicado.
Contudo, acredita que "a TAP terá um potencial significativo dentro do IAG. O nosso modelo descentralizado proporciona margens líderes no setor e está em consonância com a ambição do governo português de proteger a TAP". "O nosso historial demonstra como investimos para fortalecer as nossas companhias aéreas, beneficiando clientes, funcionários, economias locais e acionistas", sublinha ainda.
Apesar de o grupo anglo-espanhol se ter mostrado sempre comedido nas palavras que emitia sobre o processo de reprivatização da companhia aérea portuguesa, o interesse estava presente. "Já dissemos no passado que estamos interessados para ver se pode ser um bom acrescento ao grupo. A TAP pode crescer junto de um grupo como o nosso", disse o CEO do grupo, Luis Gallego, em agosto.
Quando o Governo deu o pontapé de saída para a privatização, a 10 de julho, a dona da Iberia e British Airways dizia ao Negócios que aguardava "com expectativa a oportunidade de analisar os termos da eventual venda da TAP e avaliar cuidadosamente todos os detalhes e condições do processo assim que estes sejam disponibilizados", algo que aconteceu a 22 de setembro.
Inclusivamente, no início do ano, e antes do arranque do processo ser colocado em "standby" por causa da queda do Governo, o IAG acenava aos governantes portugueses com a possibilidade de criar um "hub" duplo entre Lisboa e Madrid. Em março, o grupo liderado por Luis Gallego apontava que o objetivo era que Lisboa, mesmo com a aproximação à capital espanhola, viesse a ganhar importância nas rotas europeias e na ligação às Américas, onde a concorrência tem sido forte.
Em janeiro, a comitiva da dona da Aer Lingus levou um grupo de jornalistas portugueses até à sede da companhia irlandesa para mostrar que o grupo estava empenhado na compra da TAP, evidenciando ser o melhor parceiro para fechar o negócio. "Queremos que a TAP seja uma orgulhosa companhia portuguesa", disse Jonathan Sullivan, chief corporate developement officer (CCDO) do IAG, apontando que o interesse residia na aquisição de uma posição maioritária, embora a venda de um capital minoritário não os afastasse do jogo.
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