Resistiram a tudo. Desde o governo Sócrates, passando pela crise das dívidas soberanas, até ao resgate da troika. Os 25 mais ricos de Portugal mais do que duplicaram a sua fortuna nos últimos 15 anos.
Segundo a lista da revista 'Exame', publicada desde 2004 (ano em que Belmiro de Azevedo era o homem mais rico de Portugal) os mais endinheirados tinham fortunas no valor de cinco mil milhões de euros (6,1 mil milhões tomando em conta a inflação). Passados 15 anos detém 12,8 mil milhões, cerca de 10% do Produto Interno Bruto.
Neste exclusivo grupo de portugueses destaca-se a família Amorim. A viúva e as filhas de Américo Amorim estão no primeiro lugar destacadas com mais de 3,8 mil milhões de euros, mais do dobro do segundo mais rico: Alexandre Soares dos Santos (maior acionista do Grupo Jerónimo Martins), que viu a sua riqueza diminuída em virtude de um ano menos positivo na Bolsa portuguesa.
O terceiro lugar é reconquistado pela família Azevedo. Paulo e Cláudia, recentemente escolhida em Assembleia Geral do Grupo Sonae para ser a nova CEO, acumulam 1,4 mil milhões de euros.
Dois nomes fazem a sua estreia absoluta nesta lista dos poderosos: Ana Rebelo de Mendonça, herdeira de Pedro Macedo Pinto de Mendonça, fundador da Cofina (dona do Correio da Manhã e da CMTV), que faleceu em 2015 aos 80 anos. Ana Mendonça tem ainda participações na Altri e na F. Ramada e ocupa a 22ª posição. Também Fernando Pinho Teixeira, fundador da Ferpinta (que atua no setor da metalomecânica) é uma estreia no 23º lugar da lista.
Apesar de tudo os ricos estão menos ricos este ano do que em 2017. Os dados da 'Exame' mostram que, em 2017, as fortunas acumuladas valiam 18,8 mil milhões de euros. Este ano esse número ficou-se pelos 17,9 mil milhões.
A maior subida do ano deu-se no património de Pedro Queiroz Pereira com as ações da Semapa a subirem de 17 para os 22,5 euros em 2018.