A edição de hoje
Trabalhadores ganham, em média, 1528 euros brutos, mais 87 do que há um ano. Função Pública com maior aumento do que no privado.
A remuneração dos trabalhadores em Portugal aumentou 6,1% em setembro, mês em que o salário médio (antes de descontos e incluindo todos os subsídios) subiu para 1528 euros. A conclusão é do Instituto Nacional de Estatística (INE), que analisou os dados dos 4,8 milhões de contribuintes, que levaram para casa mais 87 euros do que há um ano. Trata-se de uma melhoria real dos ordenados, uma vez que a variação continua a ser positiva (+3,8%), descontado o peso da inflação neste período.
É na agricultura, pecuária, caça e pesca que se ganha pior (987 euros), atividades que comparam mal com o setor da eletricidade, que tem as remunerações mais altas (2979 euros). Os profissionais de saúde e apoio social também estão bem colocados (1583 euros), tendo sido, de resto, os que viram o salário aumentar mais (+10,9%).
A Função Pública beneficiou de uma subida salarial de 7%: os trabalhadores ligados ao Estado ganharam, em média, 1975 euros, mais 128 do que um ano antes. No privado os salários são mais baixos (1446 euros) e aumentaram menos (+6,0%), com um acréscimo de 81 euros.
As desigualdades entre estes dois setores “refletem, entre outras, diferenças no tipo de trabalho realizado, na composição etária (com impacto na acumulação de capital humano e de experiência profissional) e nas qualificações”, explica o INE, que dá como exemplo os funcionários da Administração Pública terem, regra geral, níveis de escolaridade mais elevados. Nas empresas com 500 ou mais trabalhadores houve maiores aumentos.
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