A edição de hoje
Associação de fabricantes aponta queda de 4,5% nas exportações de componentes em 2024. Dirigente admite tempos “ainda mais conturbados”, levando empresas a fazer ajustamentos.
As exportações de componentes automóveis atingiram 11 785 milhões de euros no ano passado, uma queda de 4,5% relativamente a 2023. Este setor responde por quase 15% das exportações nacionais de bens transacionáveis, de acordo com dados divulgados ontem pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).
As vendas para a Europa concentram 88,5% das exportações de componentes automóveis, tendo caído no ano passado 5,1%, face a 2023. Espanha é o principal destino dos componentes fabricados em Portugal, com uma quota de 28,3%. Seguem-se a Alemanha, com 23,4%, e França, com 8,4%. Fora da Europa, destacam-se os Estados Unidos da América, que representam 4,9% das exportações.
Face à contração verificada em 2024, a associação sugere que a evolução nos próximos meses vai depender “da recuperação da indústria automóvel europeia, da estabilização das cadeias de abastecimento e das políticas comerciais globais”.
Mas não há otimismo, considera o presidente da AFIA, José Couto. “A redução das vendas de veículos no mercado europeu, juntamente com os sinais de queda, informados pelos clientes, que temos vindo a registar, deixam antever tempos ainda mais conturbados para o setor automóvel, o que fará com que, provavelmente, as empresas tenham de ajustar a atividade e a capacidade de produção que existe neste momento no nosso país”.
Em Portugal, a indústria de componentes para automóveis agrega cerca de 350 empresas e emprega 64 mil pessoas.
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