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BE propõe construir 1.300 habitações públicas em Braga durante o mandato

Executivo municipal de Braga é atualmente constituído por seis eleitos da coligação Juntos por Braga (PSD/CDS-PP/PPM), quatro do PS e um da CDU.

09 de outubro de 2025 às 18:44

O candidato do Bloco de Esquerda (BE) à presidência da Câmara de Braga defendeu esta quinta-feira que é possível construir 1.300 habitações públicas no concelho durante o próximo mandato autárquico, propondo também a criação de uma bolsa de terras.

Em declarações à agência Lusa, no âmbito da campanha para as eleições autárquicas de domingo, António Lima deu conta das duas principais medidas do partido para o setor da habitação em Braga durante os próximos quatro anos.

"Temos defendido que o índice de habitação pública deve aumentar, porque em Braga nem chega à média nacional. Em Braga, é entre 0,7% e 0,9% e a média nacional já é de 2%. Isso significa triplicar o 0,7% para termos 2%. Calculamos uma média para o mandato de 1.300 habitações. Pensamos que isso é possível sem qualquer problema com o orçamento camarário, com apoios do Estado central e até, eventualmente, da União Europeia", explica o bloquista.

Outra das medidas propostas para a falta de habitação no concelho de Braga é a criação pelo município de uma bolsa de terras.

"Entendemos que a autarquia deve ter uma bolsa de terras que permita cedê-las, nomeadamente, às cooperativas, e há algumas que já estão constituídas e outras que se possam vir a constituir, de preferência até urbanizáveis", sublinha o cabeça de lista do BE.

Segundo António Lima, para que a autarquia consiga fazer uma cidade sustentável, deve assumir a construção das urbanizações.

"Não pode ser o privado a urbanizar aqui, depois aparece outra ilha, não sei onde, e isso cria uma cidade que é impossível programar, nomeadamente ao nível dos transportes públicos e, portanto, deve ser uma situação que deve ser combatida", diz o candidato.

O bloquista e elementos da sua candidatura visitaram esta quinta-feira os terrenos privados onde funcionou a antiga Fábrica Metalúrgica Sarotos, os quais se encontram ao abandono, defendendo que o espaço devia estar a ser usado para construir habitação.

"Isto também para dizer que a desculpa que a maioria que ainda está na autarquia tem apresentado, que é a falta de terrenos no PDM [Plano Diretor Municipal], não serve. Por um lado, porque o PDM também é da responsabilidade deles e não o publicaram em tempo. Mas também porque há muita disponibilidade de terrenos ainda que podiam ser utilizados para habitação pública e privada, e a verdade é que estão sem qualquer utilidade", frisa António Lima.

O executivo municipal de Braga é atualmente constituído por seis eleitos da coligação Juntos por Braga (PSD/CDS-PP/PPM), quatro do PS e um da CDU.

Além de João Baptista, concorrem à liderança da Câmara de Braga João Rodrigues (coligação Juntos por Braga - PSD/CDS-PP/PPM), António Braga (coligação Somos Braga - PS/PAN), Filipe Aguiar (Chega), Rui Rocha (IL), Ricardo Silva (movimento independente Amar e Servir Braga), António Lima (Bloco de Esquerda), Carlos Fragoso (Livre), Francisco Pimentel Torres (ADN) e Hugo Varanda (MPT).

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