A edição de hoje
Líder do PS revela que o partido vai entregar um relatório com o levantamento dos planos que não foram realizados pelo atual executivo do PSD.
O líder do PS defendeu esta terça-feira que há uma baixa taxa de execução dos vários planos de ação apresentados pelo Governo no último ano, prometendo apresentar depois das autárquicas um relatório com esse levantamento que antecipa ser surpreendente.
"O Governo que pare de andar a apresentar 'power points', planos de ação. Para não fazer agora antes das autárquicas, para não dizer que eu estou a fazer por razões eleitoralistas, eu vou apresentar-vos muito em breve o relatório de tudo o que foi executado por parte do Governo dos planos de ação que apresentou há mais de um ano", disse esta terça-feira aos jornalistas José Luís Carneiro no arranque do dia da campanha autárquica, em Almada, distrito de Setúbal.
Antecipando que os jornalistas "vão ficar surpreendidos", o líder do PS não quis revelar os números dessa taxa de execução, de acordo com as contas dos socialistas.
"Vocês vão ter muito de gosto em conhecer nessa altura. É que o Governo, cada vez que aparece um problema, traz um novo plano de ação", enfatizou.
Esta questão surgiu quando, ao lado da presidente e recandidata à Câmara de Almada, a socialista Inês de Medeiros, um morador se aproximou da comitiva para falar dos problemas de falta de luz devido às construções ilegais nos bairros de Penajoia e Raposo, em terrenos que são do Estado.
Este encontro serviu para o líder do PS recuperar as críticas ao primeiro-ministro sobre as declarações de Luís Montenegro em período eleitoral de que as autarquias onde há crescimento de barracas serem governadas por PS e PCP.
"Há cerca de dois anos que a presidente de Câmara procura junto do Governo e junto do ministro das Infraestruturas uma resposta estruturada para construções ilegais em terrenos que são do IRHU. O primeiro-ministro não tem moral, não tem autoridade moral para vir chamar a atenção dos autarcas para um problema que não é deles", acusou.
Carneiro reiterou que estes são problemas "que se podem tornar explosivos se não houver uma resposta integrada do Governo em relação a estas matérias", acusando o Governo de inação e de apenas apresentar planos de ação.
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