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Moedas defende projeto de moderação para Lisboa contra "caos da esquerda radical"

Carlos Moedas sublinhou que a escolha nas eleições autárquicas de domingo é entre "continuar o crescimento ou voltar à estagnação".

09 de outubro de 2025 às 22:43

O recandidato a presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, voltou esta quinta-feira a defender um projeto de moderação e crescimento para a cidade como escolha contra a candidatura de PS/Livre/BE/PAN, que considerou ser "o caos da esquerda radical".

"Se os lisboetas confiarem em nós, nos derem melhores condições para governar, eu garanto-vos: vamos fazer muito, muito mais. Seremos muito, muito mais Moedas do que fomos. Se tivermos mais votos, ainda terão mais Moedas", afirmou o cabeça de lista da coligação "Por ti, Lisboa" - PSD/CDS-PP/IL, lembrando que no atual mandato esteve a governar em minoria e, por isso, "às vezes não podia ser totalmente Moedas".

Num comício com centenas de apoiantes, inclusive o presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, Carlos Moedas sublinhou que a escolha nas eleições autárquicas de domingo é entre "continuar o crescimento ou voltar à estagnação", "avançar ou recuar, moderação ou caos", referindo que o seu projeto, comparado com o de Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), é para "uma cidade em que as pessoas se movam pelo positivo e não pelo negativo."

O social-democrata reiterou ainda que a candidatura de Alexandra Leitão é de "radicalismo" e que "apenas se move pelo ódio", enquanto a sua é "pelo amor entre as pessoas, é pela paz, não é pelo radicalismo".

Carlos Moedas sublinhou que a candidatura PSD/CDS-PP/IL vai "além dos partidos", destacando a presença de "tantos socialistas moderados", tendo na plateia a ex-ministra do Governo do PS Elvira Fortunato.

Também estiveram presentes personalidades políticas do PSD como Manuela Ferreira Leite, Assunção Esteves, Leonor Beleza e Carlos Carreiras, do CDS-PP Assunção Cristas, além dos ministros Fernando Alexandre e Maria da Graça Carvalho.

"Não queremos, e eu sei que os lisboetas não querem, não querem uma cidade que seja controlada por uma esquerda radical, uma cidade que tenha o caos da esquerda radical", insistiu, referindo que o PS é responsável por ter deixado em 2021 "uma cidade esquecida, sem construção de habitação, sem apoios na saúde, com várias obras paradas", inclusive o plano de drenagem, que não foi executado antes "porque não dava votos".

O autarca do PSD criticou também "os vícios do PS" de "prometer e não cumprir" e de reivindicar ser "o dono de tudo, o dono do que não foi feito".

Confiante na "lucidez dos lisboetas" e lembrando que há quatro anos "disseram 'não ao socialista, não ao Partido Socialista'", o recandidato à Câmara de Lisboa frisou que "não se conseguem corrigir 14 anos em quatro anos e muito menos em minoria", numa alusão à governação do PS entre 2007 e 2021.

Do trabalho dos últimos quatro anos, Carlos Moedas destacou o plano de saúde para idosos, a criação de 16 mil empregos e a devolução de 5% de impostos aos lisboetas, assim como a entrega de 2.881 casas e o apoio a 1.300 famílias no pagamento da renda, referindo que com o PS se construíam em média 17 casas por ano.

O social-democrata lamentou também que Alexandra Leitão não tenha ainda falado sobre "as manifestações extremistas" de apoio à Palestina que vandalizaram património público e histórico, nas quais participaram "os seus sócios", numa alusão ao BE.

"Eu sou casado com uma imigrante, mas eu quero uma lei da imigração que regule e traga dignidade aos imigrantes. [...] Em Lisboa, a tolerância tem de ser zero à imigração ilegal e às máfias instaladas na imigração ilegal", declarou Carlos Moedas, agradecendo ao Governo a nova lei e criticando Alexandra Leitão por ter influenciado o voto contra do PS.

Entre os compromissos eleitorais da coligação estão o reforço da polícia, a construção de habitação entre o Vale de Chelas e o Vale de Santo António, 700 casas nos bairros históricos para os jovens, investimento no Parque Papa Francisco, no Parque Florestal de Monsanto e na Tapada das Necessidade, metrobus até Oeiras e novo elétrico 16 até Loures, e a redução das 476 taxas municipais.

"Vamos finalmente poder mudar Lisboa, se tivermos as condições", apontou, sublinhando que a mudança é para "muito melhor", mas para tal precisa de "mais votos".

Sem pedir diretamente maioria absoluta, Carlos Moedas clamou o pedido de "só mais quatro" anos de governação, passando para "só mais oito", acabando a dizer: "Vamos começar por mais quatro."

Além de Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL) e Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), concorrem à presidência da Câmara de Lisboa João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).

Atualmente, o executivo municipal integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" - PS/Livre, dois da CDU e um do BE.

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