Em causa está o protesto contra a ação policial na Rua do Benformoso, "Não nos encostem à parede", em que a socialista já disse que "não foi uma manifestação contra a polícia".
O recandidato a presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, teve esta quarta-feira o apoio do secretário-geral do PSD, Hugo Soares, no apelo ao voto, com ambos a desafiarem a candidata Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN) a falar sobre regulação da imigração.
"Alexandra Leitão esteve presente nas manifestações contra os polícias. Foi aí que ela esteve. Não esteve do lado da lei e da ordem. Foi ela que também teve, de certa forma, peso político no seu partido para que o seu partido [PS] votasse contra a nova lei da imigração", afirmou Carlos Moedas, em declarações aos jornalistas, à margem de uma ação de campanha na freguesia de Campo de Ourique.
Acompanhando as palavras do cabeça de lista da coligação "Por ti, Lisboa", PSD/CDS-PP/IL, de que a candidata socialista à Câmara de Lisboa está "do lado errado" quanto à segurança e à imigração, o dirigente do PSD Hugo Soares desafiou Alexandra Leitão a esclarecer esta quarta-feira, juntamente com a líder do BE, Mariana Mortágua, se entende que "Portugal não deve ter uma imigração regulada".
"É que se vão juntar, precisamente, as duas forças radicais de esquerda que são contra a regulação da imigração", afirmou o secretário-geral do PSD, reforçando a ideia de que Alexandra Leitão apoiou "manifestações contra as forças da autoridade".
Em causa está o protesto contra a ação policial na Rua do Benformoso , "Não nos encostem à parede", em que a socialista já disse que "não foi nunca uma manifestação contra a polícia".
Sobre as notícias do caso Spinumviva, segundo as quais procuradores responsáveis pela averiguação preventiva consideram que deve ser aberto um inquérito-crime ao primeiro-ministro, Luís Montenegro (PSD), Hugo Soares sublinhou que foram "desmentidas passado cinco minutos", com o esclarecimento da Procuradoria-Geral da República de que a averiguação está em curso.
"Todos os portugueses com bom senso se revoltam contra campanhas sujas", considerou o secretário-geral do PSD.
Também Carlos Moedas lamentou o surgimento destas notícias "no meio das eleições autárquicas", quando "o senhor primeiro-ministro já deu todas as explicações", concordando que "é uma vergonha" e recusando qualquer impacto eleitoral: Não terá influência nenhuma, não pode ter."
Nas ruas de Campo de Ourique, com o céu nublado e até alguns chuviscos, a música da comitiva encabeçada por Carlos Moedas prometeu: "Por ti, Lisboa, o sol vai brilhar". Para isso, apelaram ao voto, entrando em cafés e outros estabelecimentos de comércio local, escutando também os problemas dos fregueses, dos transportes à habitação.
Enquanto o recandidato a presidente da Câmara de Lisboa reforçou a ideia de que há quatro anos que faz da rua o seu gabinete, sem "nunca desistir" de solucionar os problemas, o secretário-geral do PSD enalteceu "a adesão" da população ao projeto de Carlos Moedas, "que resolve os problemas concretos da vida das pessoas".
Sublinhando que a escolha na capital é entre a candidatura "moderada" de Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL) e a dos "radicais" de Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), Hugo Soares manifestou-se confiante na vitória do autarca do PSD: "Não tenho dúvida nenhuma, nenhuma, que estamos perante o presidente e o próximo presidente da Câmara Municipal de Lisboa".
O secretário-geral do PSD apostou também na vitória da Câmara do Porto, com a candidatura de Pedro Duarte (PSD/CDS-PP/IL), reforçando o objetivo dos sociais-democratas de ganhar as eleições autárquicas de domingo, com a conquista de mais presidências de câmaras do que o PS, também para recuperar a Associação Nacional de Municípios, ressalvando que "o ponto de partida é muito difícil".
Continuando a distanciar-se das "rendas moderadas" até 2.300 euros/mês do Governo de PSD/CDS-PP, o recandidato à presidência da Câmara de Lisboa reiterou que na capital a aposta é em "habitação acessível", acusando o PS e o BE de "bloqueios" no executivo municipal para a construção de mais casas.
"Fui o primeiro político a falar do aumento da insegurança em Lisboa", expôs Carlos Moedas ao ser questionado sobre os dados a Polícia Judiciária, divulgados hoje, quanto ao aumento de 17% da participação de violações na cidade de 2023 para 2024, ano em que se registaram 75 queixas.
O compromisso do social-democrata passa por exigir ao Governo "mais polícia".
Além de Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL) e Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), concorrem à presidência da Câmara de Lisboa João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).
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