"É um erro porque só há um planeta e, portanto, não se negoceia, ou se tem política para o fim dos combustíveis fósseis ou não se tem", disse.
A eurodeputada Catarina Martins defende para a conferência do clima em Belém "metas muito determinadas para o fim" dos combustíveis fósseis e diz que Portugal devia estar a defender o cumprimento de metas já aprovadas.
"Nós neste momento se cumpríssemos o que já acordámos não era mau", disse Catarina Martins aos jornalistas em Belém, Brasil, onde decorre a 30.ª conferência da ONU sobre o clima, a COP30.
Representando o Grupo da Esquerda do Parlamento Europeu, a eurodeputada, que é também candidata a Presidente da República nas eleições e janeiro, recordou acordos alcançados em anteriores conferências do clima e considerou que Portugal devia estar na COP30 precisamente a defender que se cumprisse o que já foi determinado. "Isso é fundamental e eu estarei a fazer a minha parte para que assim seja".
Catarina Martins assumiu estar em Belém representando a Esquerda e com uma agenda muito forte pelo fim dos combustíveis fósseis, "para que os compromissos que já foram assumidos noutras COP sejam reais", e para que a conferência de Belém seja "uma COP de verdade".
"Temos tido infelizmente COP demais, em que há boas intenções mas depois há muito pouco feito do terreno", disse nas declarações aos jornalistas, falando também de investimentos errados em detrimento de investimentos na segurança dos territórios e na diminuição de emissões e energia mais barata.
Não negando que está no Brasil também como candidata presidencial, afirmando que numa campanha para a Presidência da República a questão das alterações climáticas não pode ficar de fora, Catarina Martins disse estar também para aprender. E explicou: "Porque acho que Portugal pode mesmo ter um papel fundamental numa política climática que seja justa, que apoie as pessoas, que não abandone ninguém".
Defendendo a voz dos povos indígenas e contra uma COP "cheia dos lobistas do petróleo", Catarina Martins criticou também uma aposta nos combustíveis fósseis, de empresas como a Galp, como criticou o que considerou um recuo da União Europeia em relação ao Pacto Ecológico, que leva as empresas a recuarem também nos investimentos na transição.
"É um erro porque só há um planeta e, portanto, não se negoceia, ou se tem política para o fim dos combustíveis fósseis ou não se tem. É um erro para o nosso país, porque o nosso país é um dos países com a maior exposição solar", disse.
E acrescentou: "se em vez de centrais fotovoltaicas gigantes que destroem campos e ambientes, tivéssemos fotovoltaicas descentralizadas, podíamos ter energia mais barata para toda a gente e podíamos ter muito melhor vida em Portugal".
Aos jornalistas falou ainda da possibilidade de o Brasil explorar petróleo na foz do rio Amazonas, reafirmou que a continuação da exploração de petróleo é errada e deve ser travada, e voltou a insurgir-se pela presença "tão forte na COP" dos "lobbystas do petróleo".
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