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COP30: Governo do Pará e centro português de engenharia parceiros na proteção do bioma da Amazónia

"O foco mobilizar tecnologia de ponta - espacial, robótica, inteligência artificial e 'big data' - para acelerar soluções de sustentabilidade e proteção do Bioma da Amazónia", anunciaram em comunicado.

17 de novembro de 2025 às 15:50

O governo do estado brasileiro do Pará assinou um acordo de cooperação com o CEiiA -- Centro de Engenharia e Desenvolvimento para desenvolver soluções de sustentabilidade e proteção do bioma da Amazónia, foi hoje revelado.

"O foco é claro: mobilizar tecnologia de ponta - espacial, robótica, inteligência artificial e 'big data' - para acelerar soluções de sustentabilidade e proteção do Bioma da Amazónia", anunciaram em comunicado os parceiros do memorando firmado durante a 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), que decorre em Belém, no Brasil.

O primeiro projeto conjunto do grupo do trabalho criado pelo memorando realiza-se até janeiro de 2026 e prevê a criação de "um sistema avançado de recolha e análise de dados sobre ocupação de solos e potencial de sequestro de carbono, integrando informação geoespacial e observação da Terra".

"O objetivo é criar ferramentas científicas robustas que suportem políticas públicas, certificação ambiental e novos modelos de financiamento climático", refere o comunicado do CEiiA, sediado em Matosinhos, no distrito do Porto, e do governo estadual do Pará, que participa na ação através da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Educação Superior, Profissional e Tecnológica e da Fundação Guamá.

A parceria prevê ainda o desenvolvimento de projetos inovadores nas áreas do Clima, Florestas e Serviços de Ecossistemas; do Clima e Saúde; da Mobilidade Urbana, Cidades Inteligentes e Cadeias Logísticas; e de projetos especiais envolvendo atores locais, capacitação, treino e mobilidade técnica.

Segundo o comunicado, a cooperação abre portas ao desenvolvimento de novas iniciativas ligadas à monitorização ambiental, robótica e 'big data', inteligência artificial, novos modelos de negócio baseados na bioeconomia e certificação de créditos de carbono com elevado rigor tecnológico.

"A ambição é envolver instituições científicas, empresas e parceiros dos ecossistemas de inovação de ambos os países, promovendo cooperação técnica e transferência de conhecimento entre Portugal e o Brasil", descrevem.

Citado no comunicado, Victor Orengel Dias, secretário de Estado do Pará observa que a parceria reafirma o compromisso "em construir uma ciência conectada às demandas socioambientais da Amazónia, utilizando tecnologias avançadas que agregam valor económico às riquezas naturais da região".

"Esse movimento fortalece o PCT [Parque de Ciência e Tecnologia] Guamá como ambiente estratégico de inovação, pesquisa aplicada e negócios voltados à biodiversidade, impulsionando o desenvolvimento do Vale da Biotecnologia e ampliando oportunidades de integração entre conhecimento científico e crescimento sustentável", afirma.

Gualter Crisóstomo, diretor executivo do Digital Innovation Hub do CEiiA indica, também citado no comunicado, que a cooperação incentiva as entidades envolvidas a "desenvolver conhecimento, produtos e serviços capazes de responder aos desafios da Amazónia --- desafios que são, na verdade, globais".

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