Vice-presidente norte-americana é apontada como favorita para substituir Joe Biden na corrida à Casa Branca.
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Foi a primeira mulher a chegar ao cargo de vice-presidente dos Estados Unidos da América e é agora a esperança dos democratas para impedir o regresso de Donald Trump à Casa Branca, depois de Joe Biden ter desistido da corrida eleitoral. É filha de imigrantes, foi a manifestações quando ainda andava de carrinho de bebé e pode voltar a fazer história. "Temos 107 dias até o dia da eleição. Juntos, lutaremos. E juntos, venceremos", disse.
Depois de sair derrotada nas primárias dos democratas em 2020, Kamala decidiu aliar-se a Joe Biden no momento de enfrentar Donald Trump. Tornou-se vice-presidente e durante o mandato tentou destacar-se pela aplicação de medidas progressistas. Ficou responsável pelo controlo da fronteira com o México, mas a imigração ilegal triplicou em comparação com os anos da presidência de Donald Trump.
Filha de ativistas
Filha de mãe indiana e pai jamaicano, Kamala Harris nasceu em Oakland, Califórnia, em 1964. Os pais, Shyamala Gopalan, investigadora na área do cancro, e Donald Harris, economista, imigraram para os Estados Unidos e conheceram-se quando tiravam uma pós-graduação na Universidade da Califórnia. Estiveram sempre envolvidos no ativismo, tendo levado a filha a manifestações pelos direitos humanos quando era bebé.
Segundo o jornal The New York Times, quando Kamala tinha sete anos, os pais divorciaram-se e ficou entregue à guarda da mãe. Foi a partir dessa altura que se deu mais a conhecer à cultura indiana e africana. "A minha mãe estava determinada a garantir que cresceríamos e nos tornaríamos mulheres negras confiantes e orgulhosas’".
Ao 12 anos, mudou-se para o Canadá com a mãe e irmã, país onde permaneceu até terminar o 12.º ano. Depois de concluir o ensino secundário, voltou aos Estados Unidos para estudar na Howard University, uma escola historicamente negra em Washington, D.C. "A beleza de Howard era que todos os sinais diziam aos alunos que podíamos ser qualquer coisa - que éramos jovens, talentosos e negros, e que não devíamos deixar que nada atrapalhasse o nosso sucesso", escreveu na sua biografia.
Carreira como procuradora
Depois de se formar em Howard, licenciou-se em Direito em 1989, na Universidade da Califórnia, e tornou-se assistente do procurador distrital do condado de Alameda. Foi o arranque de uma carreira de prestígio que incluiu o cargo de procuradora-geral, entre 2011 e 2017, também na Califórnia, onde lutou contra crimes violentos e graves como homicídio ou tráfico de seres humanos.
Harris referiu que se tornou procuradora porque queria mudar um sistema de justiça criminal que "afeta desproporcionadamente as minorias".
Na sua campanha em 2020, Harris prometeu aliviar as detenções em massa e corrigir as desigualdades raciais no sistema judicial. Enquanto procuradora-geral, deu início a uma formação sobre preconceitos implícitos para os agentes da polícia e, como procuradora distrital, lançou um programa que permitia que os delinquentes não violentos que cometiam crimes pela primeira vez pudessem ver as acusações retiradas se terminassem a formação profissional. Porém, os críticos censuraram-na por ter trabalhado em tribunal para manter a pena de morte na Califórnia e por ameaçar pais de alunos que faltavam às aulas com processos crime.
"A elevada taxa de pessoas de cor presas no seu estado natal explica em grande parte a dificuldade que ela tem tido em vender a sua candidatura aos eleitores negros de todo o país", diz um especialista, citado pelo Los Angeles Times.
Pessoa "difícil" para os funcionários
De acordo com o portal Axios, grande parte da equipa de Kamala Harris mudou nos últimos três anos. Dos 47 funcionários listados em 2021, apenas cinco ainda trabalham com a vice-presidente. Essa situação não se verificou aquando do mandato do vice-presidente de Obama, Joe Biden, atual presidente norte-americano.
Alguns ex-assessores disseram que Kamala Harris era muito exigente e chegava a confrontar os funcionários ao ponto de os deixar desconfortáveis.
Não consensual entre os democratas
Apesar de parecer para muitos a escolha óbvia para substituir Joe Biden e enfrentar Donald Trump nas próximas eleições, Kamala não foi mencionada na carta enviada ao presidente norte-americano por 24 democratas. Para alguns democratas séniore,s existe uma certa hesitação sobre se Harris será capaz de vencer o magnata republicano.
Por vezes, os assessores de Harris suspeitavam que a equipa de Biden não queria dar a Harris oportunidades de brilhar para evitar que fosse vista como uma alternativa viável ao atual presidente antes da candidatura deste a um segundo mandato.
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