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Catarina Martins apela a valores do Natal contra quem quer portugueses de "olhos no chão"

"Façamos deste um tempo solidário", disse a candidata presidencial.

23 de dezembro de 2025 às 16:21

A candidata presidencial e ex-líder do BE, Catarina Martins, salientou, esta terça-feira, que o Natal celebra "a recusa da exclusão, a solidariedade e o humanismo" e criticou quem quer os portugueses de "olhos no chão".

"Nestes tempos em que nos querem de olhos no chão, convém lembrar que o Natal celebra as famílias perseguidas, a recusa da exclusão, a solidariedade, o humanismo", salienta Catarina Martins, numa mensagem de Natal divulgada, estaterça-feira.

A mensagem em vídeo começa com Catarina Martins a citar um poema de Alexandre O'Neill intitulado "Portugal": "Ó Portugal, se fosses só três sílabas".

Para a candidata presidencial e eurodeputada, "nas três sílabas de Portugal cabe esse Natal e a luta de todos e todas por quem não tem direito ao seu presente".

"Façamos deste um tempo solidário. Transformemos o abandono em comunhão. Estendamos a mão a quem está ao nosso lado", apelou.

Catarina Martins recorda que este poema foi publicado nos finais dos anos 60 "quando a ditadura impunha a todos os que aqui viviam, a mais profunda miséria, a exploração, o exílio para sobreviver ou a obrigação de matar ou morrer numa guerra contra outras gentes que apenas reclamavam o direito a decidir sobre a sua vida".

Na ótica da candidata a Belém, "o tempo mostrou que Portugal moderno é muito mais do que três sílabas", mas sim "uma democracia construída na recusa da opressão e da guerra", "uma sociedade que soube e sabe acolher", e que "levantou do chão a solidariedade do Serviço Nacional de Saúde, da Escola Pública, da Segurança Social".

"Calhou-nos a sorte que neste Natal ouçamos tanto discutir o que é um português, o que faz de Portugal mais português. Há quem queira semear falsas guerras culturais que só nos diminuem. A nós, que celebramos todos os dias campeões nascidos de mães guineenses, brasileiras, ucranianas de tantas outras latitudes", elogiou.

Catarina Martins deixou ainda uma palavra para os portugueses "que se fazem valer da solidariedade e do respeito mútuo para não deixar ninguém para trás", que "na precariedade, na exclusão e no esquecimento" e mesmo assim "lutam pela justiça, pelo direito à alegria, por um Portugal que é muito mais do que a soma das partes".

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