Para ouvir os problemas da juventude, o candidato presidencial defende que é "mais prático" ir às escolas e universidades.
O candidato presidencial Cotrim Figueiredo manifestou este domingo dúvidas sobre as vantagens de ter um jovem no Conselho de Estado, defendendo que é "mais prático" ir às escolas e universidades ouvir os problemas da juventude.
"Não sou grande adepto desses simbolismos, mas também não posso dizer que é uma péssima ideia, porque nunca estive numa reunião do Conselho de Estado. Agora, imagino um jovem de 20 ou 25 anos numa reunião com 15 pessoas, toda elas acima dos 50, ou 60 ou 70 [anos], a discutir à vez durante três horas e tenho mais pena do jovem do que vejo vantagens nisso", argumentou o candidato presidencial.
Cotrim Figueiredo falava aos jornalistas, na feira da Tocha, em Cantanhede, Coimbra, após questionado sobre a ideia do seu adversário Luís Marques Mendes de haver um jovem no órgão de consulta do Presidente da República.
"Se calhar é mais prático fazer o que eu faço, que é estar permanentemente em contacto com escolas secundárias, com o ensino superior, a falar com eles, com os seus problemas, sentir esta ânsia que sentem de não terem perspetivas de futuro suficientes, tentar entender que a epidemia de saúde mental que grassa nos jovens não é um problema menor e tem de ser tratada e tem a ver com a desesperança", enfatizou.
Na feira, uma das maiores feiras de produtos agroalimentares, vestuário, calçado e outros objetos da Região de Coimbra, Cotrim Figueiredo foi abordado por dois jovens que lhe solicitaram autógrafos, e considerou que "o sucesso" da sua candidatura junto das camadas mais jovens "tem sido mais imediato, mais rápido" mas tem-se espalhado "pelas outras faixas etárias".
Questionado pela Lusa se, ao invés, defenderia a existência de uma espécie de conselho consultivo dos mais jovens junto do Presidente da República, o candidato liberal recusou essa ideia.
"Não precisa, [o Presidente da República] precisa de estar no terreno e falar com as pessoas. Essa ideia que é nas instituições, nos órgãos formais, que se toma conhecimento dos problemas e depois se consegue tomar uma posição que permite influenciar, pela palavra aqueles que nos ouvem, e pela intervenção os governantes que estão de turno, é uma ideia um bocadinho de gabinete, fictícia. Toda a minha vida profissional consegui mudar coisas não por estar fechado num gabinete, a fazer reuniões formais, mas por fazer reuniões de trabalho e contactos diretos com as pessoas e com instituições que as representam", frisou.
Nas declarações aos jornalistas, Cotrim de Figueiredo abordou ainda a visita do primeiro-ministro Luis Montenegro ao território ucraniano, considerando-a um "sinal importante de que Portugal continua do lado da Ucrânia".
"Mas vem, infelizmente, no dia seguinte, a uma reunião do Conselho Europeu, onde se demoraram 16 horas para decidir uma coisa que já deveria estar decidida, em bom rigor, há 10 meses", disse, aludindo ao "apoio inequívoco" financeiro e militar à Ucrânia.
Na Feira da Tocha, houve várias pessoas que identificaram o candidato após terem visto o debate televisivo com André Ventura. Se numa das bancas, Rosa, acabou, com um sorriso meio envergonhado, por confessar não saber quem era Cotrim de Figueiredo, e este aproveitou para se dar a conhecer e ao seu projeto, logo a seguir um vendedor de vestuário, destacou a "grande malha" que o candidato liberal deu, na sua opinião, na televisão, ao adversário apoiado pelo Chega.
Mais à frente, numa banca de joalharia, o proprietário, voz grossa e aspeto corpulento, chamou Cotrim de Figueiredo, apresentando-se como "um cigano que trabalha". Como é que se chama, perguntou o candidato, recebendo como resposta: "Beto de Portugal".
"Grande nome. Eu achava que era eu o beto de Portugal, afinal és tu", retorquiu Cotrim de Figueiredo, perante a gargalhada geral.
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